Título Original:
Mia´s Scandal
Copyright © 2010 by Harlequin Books S.A.
Protagonistas:
Nikos Theakis e Mia Bianchi-Balfour
Sinopse:
Uma herdeira
ilegítima, um homem de sucesso...
Enquanto
trabalhava esfregando o chão, Mia sonhava com uma vida melhor. Até descobrir
que era uma das herdeiras dos Balfour, uma das dinastias mais ricas do mundo...
Quando conheceu de fato a família, ficou apavorada. Porém, ganhou uma grande
oportunidade de aprender sobre a alta sociedade ao ser contratada para
trabalhar com o magnata grego Nikos Theakis. Ele mesmo tivera uma vida difícil,
mas aprendeu a conquistar tudo aquilo que queria... Nikos só não imaginava que
a doçura e a integridade de Mia o fizessem repensar todas as suas convicções...
Resenha:
Ahhhh! Primeiro livro da série "Noivas Balfour", que escrito pela Michelle Reid, começou com o pé direitoooo! Nossa! Demais! Eu comecei a ler e não consegui parar mais, até ler a última palavra. A química entre Nikos e Mia era tão forte, que parecia que eu podia sentir fora do livro. Adoro livros onde existe química entre o casal. Dá gosto de ler. hahaha.. Mia, como a primeira Balfour e ilegítima, se saiu muito bem, apesar de, as vezes, achar ela meio me-pisa-que-eu-deixo. Tudo bem, deu para relevar, apesar de achar que ela não deveria ter engravidado tão rápido e que deveria ter, de alguma forma, ter se feito mais de difícil depois da descoberta do bebê, pois era o que ele merecia. Eu não gostei do fato de ele ter tomado o controle da situação e ela ter permitido isso tão facilmente. Não depois do modo como ele agiu após terem feito amor.
Emily descobriu aos 21 anos que era filha ilegítima do bilionário Oscar Balfour, após ter sido criada em meio a pobreza. Ao perceber que a filha não conseguia se adaptar em meio a vida de luxo dos Balfour, Oscar pede ajuda a Nikos Thekis, um empresário que ele ajudou a crescer. Ele pede a Nikos que dê um emprego a Mia e a introduza na sociedade. O que ele não poderia imaginar era a poderosa química entre os dois. É muito legal, ver Nikos tentar resistir a forte atração entre os dois, por respeito a Oscar e morrendo de ciúmes de qualquer homem que se aproximasse dela, apesar de não dar o braço a torcer e culpá-la por flertar com todos. Vale muito a pena conferir. Terminei este, já morrendo de vontade de ler o segundo.
*** Série Noivas Balfour ***
1- Herdeira do Escândalo – Michelle Reid
2- Herdeira do Orgulho- Sharon Kendrick
3- Herdeira da Inocência – Índia Grey
4- Herdeira da Sedução – Kim Lawrence
5- Herdeira da Lição- Kate Hewitt
6- Herdeira do Segredo- Carole Mortimer
7- Herdeira do Infortúnio- Sarah Morgan
Ponto Alto:
Nikos baixou os
olhos para as fotos, revelando uma expressão de desgosto antes de pôr as
imagens de lado.
— Este artigo
diz que Brunel negou saber de onde vinham os ferimentos da mulher. Ele alega
que ela lhe armou uma cilada.
— Com que
propósito ela faria isso? — perguntou Mia.
— Para receber a
grande quantia que acabou recebendo?
— E quanto ao
bebê?
— Podia ser o
bebê de qualquer homem — disse Nikos com indiferença.
— Mas essa é uma
maneira muito cínica de ver a situação — argumentou Mia. — Você sabe disso como
um fato, e...
— Você não pode
saber com certeza que a versão de Brunel não é verdadeira — interrompeu Nikos
com lógica incisiva. — Suspeito que a verdade resida no meio das duas versões,
mas uma vez que nenhuma delas foi provada, nós nunca saberemos. — Deixando a
folha sobre a mesa, ele a olhou. — Então, diga-me novamente, por que você
incluiu isso em seu relatório?
Mia hesitou, não
querendo responder aquela pergunta.
— Eu... não
gosto dele — finalmente confessou. Desta vez, Nikos arqueou ambas as
sobrancelhas.
— Mas você só o
encontrou uma vez, outro dia durante o almoço.
— Ele tem um...
jeito estranho.
Nikos
inclinou-se para a frente e comandou:
— Explique isso.
— Eu... Não. —
Sentindo-se enrubescer, Mia abaixou o olhar.
— Você vai
explicar, Mia — disse ele com dureza. — E vai fazer isso agora!
— Por que você
está zangado comigo? — perguntou ela. — Instruiu-me para encontrar tudo que eu
pudesse sobre Lassiter-Brunel. Eu achei estes artigos. Preferia que eu fingisse
não os ter encontrado?
Ela estava
tentando mudar de assunto, reconheceu Nikos, enquanto se lembrava do almoço de
negócios que eles haviam tido com John Lassiter e Anton Brunel no começo da
semana. Os dois homens tinham boa aparência e eram arrogantemente autoconfiantes,
características normais em pessoas que lutavam por sucesso.
Todavia, sua
assistente estivera usando um vestido vermelho sexy, que marcava os seios
generosos. O pequeno bolero que usara em conjunto também não escondia muita
coisa. Com os cachos sedosos ao redor do rosto, ela parecia uma flor exótica em
um salão cheio de homens de terno. Cada vez que seus olhos azuis passeavam ao
redor da mesa, os dois homens perdiam o rumo da conversa.
Um sentimento
que Nikos não queria experimentar o fez se levantar.
— Eu quero saber
por que você decidiu que não gosta de Anton Brunel. Ele falou alguma coisa para
ofendê-la? Flertou com você?
Desejando agora
que não tivesse começado aquilo, Mia meneou a cabeça.
— Não...
— O quê, então?
— Não foi...
nada! — Seus olhos se arregalaram em alarme quando ele rodeou a mesa e parou
diante dela. Intimidada pela postura machista, Mia deu um passo atrás. — O
que... isso lhe importa? — gaguejou.
— Apenas
responda a pergunta. — Nikos se aproximou novamente, segurando-lhe os braços e
obrigando-a a ficar onde estava.
A pressão dos
dedos dele enviou um calor para seus ombros, levando Mia a falar, numa
tentativa de sufocar a sensação.
— Ele... falou
algo que me ofendeu... quando estávamos saindo e você conversava com John
Lassiter.
— O que ele
disse? E olhe para mim quando falar comigo — ordenou Nikos. — Sinto-me
enfurecido quando você desvia os olhos dessa maneira.
Respirando
fundo, Mia obedeceu a ordem, vendo uma chama nos olhos escuros que nunca tinha
visto ali antes. Por um segundo, esqueceu sobre o que eles estavam falando,
enquanto absorvia esta nova descoberta fascinante e...
— Fale —
comandou Nikos.
Mia piscou.
— Ele... alegou
que eu estava lhe dando olhares interessados, então fez uma observação sobre
você e eu — esclareceu ela. — É culpa sua, Nikos! Você me faz segui-lo como um
cachorrinho na coleira! Olha furiosamente para mim se eu me mexo, se eu sorrio.
Toca meus cabelos, meu braço, meus dedos se eu os descanso sobre a mesa.
Circula minha cintura quando nós andamos! Olhe para você agora — acusou Mia,
irada. — Está me segurando à sua frente como se tivesse algum direito especial
de fazer isso! Aquele homem horrível deve ter interpretado erroneamente os
sinais que você dava, e ousou dizer que gostaria de apreciar uma pequena fatia
do que... você estava obtendo de mim!
Nikos soltou-lhe
os braços como se ela o tivesse queimado. Mia quase perdeu o equilíbrio. A
expressão perplexa no rosto dele a fez rir.
— Você não sabe
que faz isso, sabe? — murmurou ela. — Não tem ideia de que faz todas essas
coisas que acabei de descrever. Bem, é verdade, e ele presumiu, pelo seu
comportamento, que nós somos... íntimos. E me perguntou se eu queria
encontrá-lo uma tarde, quando você não estivesse disponível.
Nikos
transformou-se em pedra na frente dela. Abalada pelo que acabara de lhe contar,
Mia tentou se recompor. Nas duas semanas que estava trabalhando para ele, Nikos
a vinha tratando mais como sua escrava do que como sua assistente pessoal.
Arrastava-a para todos os almoços de negócios. Tirava-a da cama quase de
madrugada para que ela o acompanhasse a cafés da manhã a trabalho, também. Se
Mia falava, ele não gostava; se ela sorria,, ele não gostava. Se ela olhava ao
redor, Nikos tocava-lhe o braço para chamar sua atenção, olhando-a de maneira
condenatória. Então, deixava-a no seu apartamento no começo da noite... para
que ela se recuperasse, Mia presumia, enquanto ele saía e se divertia com quem
quisesse.
— Então vamos
cancelar a negociação com Lassiter-Brunel.
Voltando ao
presente tarde demais para captar o que ele dissera, Mia viu que ele rodeara a
mesa e se sentara novamente.
— Cuide disso —
instruiu Nikos, devolvendo-lhe o arquivo agora fechado.
— Cuidar... do
quê? — gaguejou Mia e, quando ele a olhou com expressão furiosa, acrescentou: —
Desculpe-me, mas eu não entendi o que você disse antes.
— Meu domínio do
idioma inglês é tão ruim assim? — zombou Nikos.
— Não. — Ela o odiava.
— Eu... perdi a concentração... por um momento.
Nikos imaginou o
que Mia diria se ele lhe pedisse para gaguejar com aquela voz encantadoramente
rouca que ela acabara de desenvolver, naquela noite, enquanto deitava nua sob
ele em sua cama?
Theos! Ele praguejou em
silêncio. Somente duas semanas daquilo e ela já o estava enlouquecendo.
Ele realmente
fazia todas aquelas coisas que Mia tinha listado, ou só estava tentando
provocá-lo?
Sua nova
assistente pessoal podia não gostar dele, mas o desejava com um fervor que não
conseguia esconder, embora não tivesse ciência de que era tão transparente.
E era por isso
que Anton Brunel sentira as vibrações sexuais durante aquele almoço, decidiu
Nikos. Culpa de Mia, não sua. E quanto aos toques dos quais ela o acusara...
isso só acontecia dentro da cabeça imaginativa de Mia.
Ela podia
excitá-lo como nenhuma mulher já havia sido capaz, mas Nikos não a queria em
sua cama!
Oscar nunca o
perdoaria.
Suspirando,
retomou a discussão:
— Ligue para
John Lassiter, e diga-lhe que eu não estou mais interessado em fazer negócios
com eles.
— Eu? — Mia
arfou. — Mas eu não quero...
— E traga-me um café
— interrompeu ele, pegando sua caneta.
Se isso não a
ensinasse a ser menos provocativa, então nada ensinaria. O negócio de
Lassiter-Brunel valia diversos milhões no papel. Frugal por natureza, Mia
Bianchi-Balfour iria ficar boquiaberta diante da perda de um negócio tão
lucrativo.
— E lembre a
Fiona de que eu ficarei fora por duas horas durante o almoço.
— Mas... Nikos, por
favor, eu não sei como fazer o que você quer!
— Fazer um café?
— zombou ele com crueldade.
— Dizer a alguém
que um acordo vai ser cancelado!
— Então você
está prestes a aprender mais uma coisa nova — replicou ele. — E para sua
informação, eu não aprovo casos, romances e nem mesmo amizades no escritório.
Portanto, pare de flertar comigo pela maneira que se veste ou que me olha. Ou
pelo jeito que pôs o arquivo de Lassiter-Brunel na minha frente, esperando que
eu lesse e questionasse seus motivos, de modo que você pudesse me contar o que
Brunel presumiu sobre nós. Isso foi irritante e infantil. Não existe nós. O
resto que você falou só existe em sua cabeça. Agora tenho algumas ligações para
fazer.
Dispensada,
horrorizada, arrasada, Mia virou-se e saiu da sala sobre pernas que tremiam.
Irritante e
infantil.
— Eu o odeio — sussurrou depois que estava do outro
lado da porta.
***
— Você me lembra
de uma gata feroz de quem tentei ser amigo quando criança. Num minuto, ela era
terna e graciosa, roçando seu corpo elegante contra mim, e no minuto seguinte,
punha as garras para fora e me arranhava.
— Eu nunca me
rocei contra você! — negou ela, sentindo o rosto quente ao se lembrar do jeito
que se movera em direção a ele na noite anterior. — Nem o arranhei com minhas
garras — acrescentou para encobrir o que dissera antes. — E se eu o lembro de
sua amiga gata feroz, então você me lembra de nosso burro — defendeu-se de
maneira furiosa.
— O... quê?
— Túlio, o nosso
burro — explicou ela. — Num minuto, ele está dócil e lindamente relaxado, no
próximo, age como se não ocupasse o mesmo planeta de todos os outros.
—Você está me
acusando de ser emocionalmente instável? Mia olhou para as luzes do farol.
— Eu não posso
prever como você vai falar comigo no próximo minuto. Túlio é igual. Só que ele
não fala... apenas me olha como se dissesse: "Não estou mais com vontade
de ser bonzinho com você", e então ele não é. — Mia deu de ombros, depois
apontou: — O farol abriu.
— Um burro. —
Nikos virou à direita, então acelerou. — Grazie, cara — murmurou com
sarcasmo, enquanto entrava num pequeno estacionamento perto dos bancos do rio,
desligava o motor e descia.
Mia sorriu
internamente diante da expressão no rosto dele.
Então ela o
insultara e estragara o dia de Nikos. Ótimo, pensou, porque ele havia arruinado
o seu com suas atividades noturnas espalhadas por todos os jornais!
Mia tinha o
direito de se sentir zangada sobre isso? Provavelmente não; mas se sentia, de
qualquer forma.
Detestava-o.
Esperava que Lois Mansell fosse a pior amante que ele já levara para cama. E
não estava com ciúme! disse a si mesma, furiosamente. Estava apenas...
Nikos abriu a
porta de passageiro, e assim que ela pôs os saltos no chão, ele fechou os dedos
ao redor de seu braço para ajudá-la a se levantar. Chegando à frente dele com
mais impulso que o necessário, Mia quase colidiu com o peito largo, chocando-se
o bastante para erguer a cabeça.
Eles se
entreolharam... os olhos escuros de Nikos avisando-a para tomar cuidado com seu
próximo movimento, enquanto os olhos azuis de Mia o desafiavam a fazer algum
comentário que a diminuísse.
Mas Nikos optou
por um tipo diferente de ataque. Relaxou os cantos da boca esculpida, deslizou
uma mão ao redor da nuca exposta de Mia, então abaixou a cabeça e capturou lhe
a boca num beijo ardente!
Aquilo foi tão
inesperado e tão íntimo que Mia foi incapaz de fazer qualquer coisa, exceto
permitir que ele explorasse os contornos de sua boca com uma sensualidade que a
deixou enraizada no lugar.
Atordoada,
tropeçou quando ele levantou a cabeça novamente. Ofegante e tremendo, olhou-o.
— Diferente
humor, cara — sussurrou ele. — Sinceramente, espero que Túlio não seja
tão aventureiro.
Mia arfou. Como
se sentisse que merecia a reação dela, Nikos assentiu com a cabeça; soltou-a e
virou-se abruptamente para o jovem homem que se aproximara sem que Mia
percebesse.
— Pegue a
bagagem do porta-malas e entregue-a para o meu piloto. Depois leve o carro de
volta — instruiu, dando as chaves para o outro homem.
Ainda muito
abalada para prestar atenção na parte sobre o piloto, Mia deu uma olhada para
ver com quem Nikos estava falando, e percebeu que era o homem do departamento
de contabilidade com quem ela almoçara no dia anterior, e também viu que os
olhos dele estavam arregalados em choque.
Mia enrubesceu
violentamente. Nikos Theakis a beijara em plena luz do dia na frente de outro
membro de seu staff.
— Você... você
fez isso de propósito! — acusou ela, tremendo.
Nikos pegou-lhe
por uma das mãos e puxou-a para longe do carro.
— Ele precisava
saber qual é sua possibilidade com você.
— Posição? Eu
não entendo esta coisa de possibilidade comigo — disse Mia, quase
correndo para poder acompanhar os passos dele.
— Ele foi o
homem que a deixou plantada ontem à noite.
— Não foi!
— Foi — insistiu
Nikos. — E acabo de declarar o que ele precisava saber.
— Pode me
explicar do que você está falando? — Puxando com força sua mão capturada, ela
fez com que ambos parassem diante de um edifício branco com portas de vidro na
entrada. Mortificada, com os lábios ainda queimando, forçou-se a olhá-lo.
Nikos encarou-a
de volta, a expressão fria e arrogante.
— Eu a vi
entrando com ele no meu foyer ontem na hora do almoço — confessou Nikos.
— Quando ele sair do estado de choque no qual eu o coloquei, vai perceber que,
de agora em diante, você está fora dos limites, se ele quiser manter o emprego.
Totalmente
atônita pela armadilha de Nikos, Mia não conseguiu falar mais uma palavra.
Virou a cabeça para olhar o carro vermelho, ao lado do qual o homem do
departamento de contabilidade ainda se encontrava parado, como se estivesse em
estado de choque.
— Você... me
beijou para que ele visse — sussurrou ela.
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Teste!!
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