Tema: Mocinho que Sequestra Mocinha
Livro Escolhido: Dança da Paixão - Kim Lawrence
Bem, este não é um dos meus temas favoritos, para ser bem sincera. Escolhi este livro, porque achei a sinopse interessante e até que não me decepcionei.
Título Original:
Blackmailed by the Sheikh
Copyright © by Kim Lawrence
Protagonistas:
Karim Al-Ahmad e Prudence Smith
Sinopse:
Herdeiro do
trono de Zafsid, o príncipe Karim está à procura de sua irmã. Suspeitando que a
responsável pelo mau comportamento da menina seja sua professora de inglês,
Prue Smith, ele parte de seu pequeno e próspero reino no deserto em busca de
informações que possam lhe indicar o
paradeiro da fugitiva. Ao conhecer Prue, entretanto, a chama do desejo se
acende e se torna cada vez mais intensa. Mas ele tem uma missão a cumprir, e
proteger sua família vem em primeiro lugar. Por isso, não lhe resta outra
alternativa a não ser aprisionar Prue e obrigá-la a confessar onde está sua
irmã se valendo de suas melhores armas: a paixão e o calor de seus beijos sob o
céu do deserto!
Resenha:
Então, não é um livro inesquecível, é até bem fraquinho, mas eu gostei. Eu achei a Prudence super engraçada, apesar de em algumas partes do livro, ela dar uma modificada. Mas, são bem engraçadas, as cenas dela respondendo do Karim e ele ficando louco da vida, pois não estava acostumado que retrucassem com ele. O romance em si, ficou devendo, achei a química meio fraca, mas achei o Karim TUDÃO! hahaha.. para variar, né? Quase não gosto de sheiks. Dei BOM, porque, apesar do final fofo, poderia ser melhor. E o sequestro acaba não sendo sequestroooo, né?
Prudence é professora da irmã de Karim. Quando a garota some, ele logo acredita que a professora possa estar metida na história, já que ela enchia a cabeça de Susan de ideias revolucionárias. Quando eles localizam a menina, ele a chantageia para que vá para o país dele, para que tome conta de sua irmã - coisa totalmente incoerente, já que ele a considera uma má influência para a irmã. Créditos para Rashid.
Ponto Alto:
Karim
virou-se para ela, exibindo grande contrariedade nas linhas de expressão.
— São
apenas adolescentes... você — ela aumentou o tom de voz e, gesticulando com as
mãos, completou: — Você não é o grande homem poderoso? Aposto que o que
faz é com que crianças se encolham de medo, isso sim!
—
Já irei cuidar de você. Enquanto isso ordeno que fique calada.
— Srta.
Smith, o que está fazendo aqui?
Prudence,
com os olhos faiscando de ira, ignorou a súbita interrupção da jovem princesa e
prosseguiu encarando-o:
— O
que devo fazer enquanto isso? Tremer de medo?
Já
lhe haviam mandado ficar calada, mas nunca com tanta grosseria. Acostumado a
comandar sem ser contestado, era óbvio que nem mesmo passava em sua mente que
ela pudesse ser tão rebelde.
—
Meu Deus, você é o homem mais rude e insensível que já conheci em toda minha
vida. Não vê como sua irmã está assustada? — protestou ela e direcionou o olhar
para Susan:
—
Querida, desculpe-me. Mas...
Nesse
instante, Karim cerrou os dentes e pronunciou algo em árabe assim que a irmã
olhou para Prudence.
— Susan,
me espere aqui — e lançando um olhar para Ian, ele comandou: — Você também.
O
garoto, agora mais aliviado, ergueu os braços para o alto num gesto pacífico.
Karim
aproximou-se de Prudence e, agarrando-a por um dos braços, conduziu-a até o
corredor e fechou a porta atrás deles.
—
Como você ousa? — indignada, ela quis saber.
—
Ousarei fazer muitas coisas, srta. Smith, se não aprender a ouvir de boca
fechada.
A
mesma boca que conseguia distraí-lo, mesmo quando ela não estava gritando ou
protestando algo. Karim olhou-a diretamente nos olhos.
— E
como você pensa que irá...
—
Desse jeito — retrucou ele surpreendendo-a com um beijo feroz.
Com
a respiração bem mais rápida do que quando subira as escadas, ele continuou
encarando-a.
Para
um homem que se orgulhava por ter total controle de suas próprias emoções,
Karim quase não conseguia acreditar no lapso que acabara de cometer. De
qualquer maneira, ele sabia a quem deveria culpar por isso.
Prudence
Smith, com os olhos arregalados e confusos, ergueu uma das mãos e colocou-a
sobre os próprios lábios.
—
Seu bár... bárbaro! — gaguejou ela enquanto lutava para recuperar o fôlego.
— Sou
mesmo! E sugiro que não se esqueça disso, a menos que queira comprovar o quanto
bárbaro eu ainda posso ser — o brilho dos olhos azuis desviou-se da boca de
Prudence, ainda trêmula, e por um breve momento Karim desejou que ela fizesse
algo para ser usado como desculpa Para que ocorresse um segundo
"lapso".
Totalmente
pálida, Prudence avisou:
—
Se me tocar novamente irei...
—
Reagir da mesma forma, retribuindo outro beijo meu?
Ela
tentou retrucar o insulto dele com o desprezo que merecia. Mas não era fácil
quando momentos antes uma onda de excitação lhe dominara o corpo inteiro,
fazendo-a demonstrar fraqueza e rendição. E a tensão piorava ainda mais
enquanto admirava os sensuais lábios dele.
"Então
não olhe!" Era um aviso interior que Prudence tentava seguir a todo custo.
O
silêncio teria sido uma ótima opção, mas ela não se conteve em defender-se:
— Não retribuí seu beijo!
Ele
ergueu uma das sobrancelhas de forma irônica como resposta. Apesar de não ser
necessário, pois a memória recente do gemido que dera enquanto o beijava e a
forma como agarrara a camisa dele já dizia tudo, ponderou ela em pensamento.
Prudence
sentiu as faces esquentarem. Estava completamente embaraçada e também espantada
consigo mesma por ter correspondido daquela maneira, sabendo que ele havia
usado o recurso de beijá-la apenas com o propósito de estabilizar a tensão do
momento. Não iria esquecer-se tão cedo da maneira frágil como se entregara à
ousadia dele.
—
Acredito que muitas mulheres se sentiriam lisonjeadas se tivessem a
oportunidade de fazer parte do seu harém, contudo, não é o meu caso.
—Ainda
bem, porque não tenho vagas no momento.
Com
os dentes cerrados ela forçou um sorriso desejando encontrar uma resposta que
pudesse diminuir o ego "inflado" de Karim.
—
Grata pelo aviso.
Ao
ouvir o comentário dela, Karim deu uma estrondosa gargalhada.
—
Você é um tolo! Fez sua irmã chorar e...'
—
Já chega! Pelo menos uma vez terá de me ouvir — interrompeu-a, declarando: —
Minha irmã chorou porque reconheceu que as atitudes dela poderiam ter tido
sérias conseqüências. Ela sabe muito bem como deve ser o comportamento de uma
pessoa em uma posição privilegiada como a dela.
—
Ser impedida de poder seguir com sua própria vida não soa como um privilégio
para mim. E muito menos ter um irmão que pensa ser o juiz da moral de...
—
Eu não penso. Eu sou. — Ele afirmou, impedindo-a de prosseguir com o que ela
iria dizer.
—
Ainda bem que Susan me assegurou de que nada de imoral aconteceu entre
ela e seu irmão!
Prudence suspirou aliviada.
—
Até que enfim concordou, embora eu já tivesse lhe dito. Está feliz agora?
Ignorando
a ironia dela, ele prosseguiu:
—
De qualquer forma, não estou convencido de que Susan não cometerá esse tipo de
erro outra vez. Enquanto meu pai estiver se recuperando, não terei tempo de
ficar correndo atrás das rebeldias de minha irmã. E foi por causa disso que
decidi tomar essa providência. Para impedir que ela fuja novamente.
— E
por acaso agora pensa em deixá-la trancafiada dentro de casa?
— Apenas
em último caso — e usando um tom mais suave na voz, revelou: — Meus planos,
srta. Smith, incluem você.
Confusa
e desconfiada ao mesmo tempo, Prudence sacudiu a cabeça em um gesto negativo.
—
Não sei o que isso quer dizer — afirmou ela, sem ter a certeza de que realmente
gostaria de saber.
—
Eu quis dizer, srta. Smith, que você terá de retornar à Zafsid conosco.
Será sua tarefa evitar que um episódio como esse ocorra novamente. Foi você
quem deu essa estúpida idéia a Susan e aparenta ser uma das poucas pessoas a
quem ela realmente escuta.
— Dentro
das alternativas contidas no "universo" em que vive, devo dizer que
essa é uma idéia brilhante. Por que não pensei nisso antes?— indagou ela com
ironia e, dando um riso debochado, concluiu: — Sabe, primeiras impressões são
realmente importantes. Quando o vi pela primeira vez achei que fosse um louco.
Mas agora tenho certeza.
Com
as feições severas, Karim não se propôs a retrucar o insulto, contudo, fez
questão de alertá-la:
—
Quando estivermos em meu reino, terá de vigiar sua língua. Você possui um
péssimo hábito de dizer coisas que certamente serão consideradas como
inaceitáveis em Zafsid.
— O
que parece uma ótima razão para que então eu não vá ao seu reino. — Um reino
onde certamente a palavra de Karim era tida como lei. Só de pensar, Prudence
sentiu o corpo arrepiar.
—
Sabe, estou começando a achar que fui injusta com você. Descobri que possui um
ótimo senso de humor. E será que poderia parar de dar esse sorriso, como se
fosse o mais sábio de todos os homens?
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