sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Maratona de Banca - Novembro: Mestre do Prazer - Penny Jordan

Maratona de Banca - Novembro

Tema: Penny Jordan
Livro Escolhido: Mestre do Prazer

Sinceramente, não me lembro o motivo de ter escolhido este livro, provavelmente pela sinopse de vingança e filhos sendo criados longe do pai. Essa é uma temática que, né? Nem precisa dizer. Gosto muito! E não me arrependi. Adorei o livro, apesar de eu ter uma relação meio amor-e-ódio com a Penny. Amo alguns de seus livros e simplesmente, odeio outros.

Título Original:
Master of Pleasure
Copyright © 2006 by Penny Jordan

Protagonistas:
Gabriel Calbrini e Sasha Calbrini


Sinopse:


Levada para a cama pelo milionário do Mediterrâneo por vingança!
Primeiro, o poder... O sexy milionário Gabriel Calbrini jamais perdoou Sasha por tê-lo abandonado para se casar com outro homem. Ao ficar viúva, Sasha tem uma grande surpresa: Gabriel foi nomeado herdeiro da fortuna de seu falecido marido, e tutor de seus dois filhos. Agora, ela está inteiramente em suas mãos!
Depois, a posse... Não importava o quanto ele insista, Sasha está decidida a não ceder a suas inúmeras investidas. Há muito mais em jogo do que o orgulho ferido de Gabriel... Especialmente a única coisa que ele jamais deverá saber...


Resenha:
Eu gostei. Gostei mesmo. Uma história que consegue te prender desde o início. Bem escrita, com suavidade e e com sutileza, que nos permite entender de forma simples o trauma vivido pelo nosso mocinho e até mesmo entendê-lo. E depois, quando ele consegue deixar seus traumas do passado realmente no passado é tão lindo! O modo como decide mostrar a mocinha que realmente a ama é muito fofo. Tenho que ressaltar que o casal tem química  já desde o primeiro encontro - do livro - a gente já conta os caracteres para a primeira pegação. Tenho que confessar, também, que não gostei muito da segunda pegação Ficou me parecendo um estupro consentido. Forte, né? hahaha.. Acho que eu tô sensível, mas acho que a Sasha devia ter negado, principalmente pela forma como ele a trata um pouco mais cedo. Mas ele se redime. Digamos que dessa vez, o mocinho não fez nada que merecesse um sofrimento eterno. Ele, simplesmente, é um playboy que não quer compromisso sério e nem filhos. Regras claras desde o início, ela que se iludiu, como bem sabe.. Não te motivos para odiá-lo. Ela mete o pé, grávida, e casa com o primo de 60 anos dele. Detalhe: Ela tem 18! Resultado: Ele é que acha que tem motivos odiá-la por isso. -  Juro que achei que ia rolar uma chantagenzinha, do tipo, ou você vira minha amante, ou você nunca mais verá os moleques. Mas, não. - Obvio, que ele não sabe que ela estava grávida. O fato é que quase 10 anos depois, ela fica viúva e o primo, que assumiu os gêmeos - uns fofos e espertos, diga-se de passagem - nomeia Gabriel, tutor legal dos meninos, deixando Sasha numa sinuca de bico. Mas, Gabriel é tão afundado em sua própria dor de infância que é cego demais para enxergar a verdade que está bem ali, diante do seu nariz. São os meninos, Sam e Nico que mostram de forma fofíssima, a verdade para ele. Muitos créditos para esses irmãos gostosos!

Ponto Alto:

Ele tinha feito o que prometera. Forçara Sasha a ad­mitir que nenhum outro homem podia satisfazê-la como ele. Então, por que não estava se sentindo vin­gado? Por que o triunfo era vazio? Por que a dor no peito? Por que a vontade de vê-la sorrir para ele com a mesma ternura com que sorria para os gêmeos?
Por que tinha permitido que sua necessidade por ela o possuísse com tal intensidade que fizera sexo com ela não apenas uma, mas duas vezes, sem usar nenhum tipo de proteção? Por que acordava de ma­drugada querendo senti-la perto, querendo mais do que seu grito de prazer durante o sexo?
Porém, mais o quê? O que exatamente queria dela? O coração conhecia a resposta. O coração? Ele não tinha coração; sua mãe destruíra-lhe as emoções praticamente antes de elas se formarem. Nunca tivera medo de amar alguém porque não se acreditava capaz de amar. Então, por que esse sentimento?
A verdade é que Sasha era uma mulher que só um idiota não amaria.
Gabriel olhava a tela do computador sem enxer­gar, incapaz de compreender de onde viera esse pen­samento e igualmente incapaz de rejeitar a verdade que continha. A garota por quem no passado alimen­tara desprezo pelo dano que causara a seu orgulho havia se tornado uma mulher merecedora de respeito e agora tinha o poder de causar muito mais dor em algo bem mais vulnerável que seu orgulho.
Devagar, como um homem perdido num túnel, sem uma lanterna para guiá-lo, Gabriel percorreu cauteloso o território desconhecido do novo mundo de emoções no qual entrara, acovardando-se quando um movimento negligente o despertou para uma ver­dade dolorosa.
Isso era amor? Essa poderosa combinação de força e fragilidade, a necessidade de dar e receber, de que­rer proteger e possuir? Quando pensava no passado, lembrava-se de ter sentido tudo isso por ela, mesmo que negasse.
Amor. Saboreou a palavra, fazendo-a encher a boca, sentindo sua forma e formato enquanto na ca­beça a imagem de Sasha se formou.
— Você pergunta — ouviu Sam dizer.
— Não, você pergunta — insistiu Nico.
Um sorriso brotou, consciente de que o objetivo dessa disputa era outra tentativa de convencê-lo a fi­car do lado deles no assunto das tão desejadas bici­cletas. Levantando-se, foi até a porta, abriu-a e con­vidou os meninos a entrarem.
Os gêmeos trocaram um olhar expressivo, ficando bem juntinhos. Embora o gesto não fosse intencional, era bastante comovente. Ainda eram jovens demais para buscar conforto na presença física do outro, per­cebeu Gabriel ao fechar a porta e sentar. Tendo pas­sado por uma radical transformação, só agora descobria não apenas ter um coração, mas que este era vul­nerável às mais tolas demonstrações de sentimenta­lismo.
— E então? Quem vai me pedir o que quer que seja?

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