sexta-feira, 20 de maio de 2011

Bodas com o Inimigo - Helen Bianchin

Título Original:
Bride, Bought and Paid For
Copyright © Helen Bianchin 2009

Protagonistas:
Xavier DeVasquez e Romy Picard

Sinopse:


O preço do bilionário...

Romy Picard fará qualquer coisa para impedir que seu pai idoso vá para a prisão. Mas o único que pode ajudá-la é o milionário que lhe roubou a inocência e o coração três anos antes... O arrogante Xavier DeVasquez poderia retirar todas as acusações contra o pai de Romy com um estalar de seus dedos, mas ele vê nisso uma oportunidade de possuí-la novamente. Dessa vez, no entanto, Xavier se certificará de que ela estará sempre ao seu alcance... e sob suas condições...


Resenha:

Por mais repetitiva que seja essa historinha do bilionário chantagear a mocinha para se casarem ou se tornarem suas amantes, eu confesso que é uma das minhas favoritas. Ainda mais se ele tem descendência espanhola.. affff.. aí, acabou para mim! Simplesmente a-do-ro! Pq todos os livros de espanhóis que eu leio, eles são, realmente, para lá de calientes. Já peguei uns italianos mornos, mas espanhóis.. ui³³³.. nunquinha! E o Xavier não deixa a desejar. Gostei do modo como ele conduziu as coisas. Depois que se casam, não fica aquela historinha de jogar na cara o tempo inteiro q se casou por chantagem, ou ameaças de que se ela voltar atrás, o pai dela é quem vai sofrer. Eles se casam e aí, começa a se desenrolar uma outra história. Eles tentam se ajustar e construir uma nova vida para eles, deixando, ou pelo menos, tentando deixar o passado para trás. Claro que ela fica ansiando pela felicidade plena que a palavra "Amor" pode trazer, mas também, gostei que ela não ficou sentada esperando acontecer. Ela foi aproveitando o que lhe era dado. Se ela achava que só podia ter sexo dele, então ela não desperdiçaria. É gostosinho de ler, como eles vão desenrolando a vida cotidiana. Gostei bastante, e, creio, que se não estivesse na TPM teria gostado ainda mais.

Romy é professora e apesar de passar por várias adversidades, não desiste de continuar lecionando, mesmo casada com um dos homens mais ricos do país. Ela é forte, independente e sensata. Ele, apaixonado, apesar de relutante. Créditos para os dois. Mas achei, que ele poderia tê-la defendido mais em certos momentos. E achei que ficou faltando um epílogo. Adoro epílogos.

Pontos Altos:

O toque de seu celular a tirou dos pensamentos, e Romy o pegou, vendo o nome de Xavier na telinha.

O cumprimento frio dele a fez se defender de imediato:
— Eu tentei ligar para você, mas caiu na caixa postal — explicou Romy.
Xavier estivera ligando para o hospital, para a escola, organizando um voo, mas não deixou transparecer.
Romy tinha alguma idéia do quanto o telefonema de Maria o afetara? Do misto de raiva e medo que sentira... com predominância do medo. Não tanto pelo que havia acontecido, mas pelo quão horrível poderia ter sido.
Ora, ele poderia ter perdido Romy.
Que tola! Enfrentando um idiota drogado na posse de uma arma.
Seu sangue esfriou com o mero pensamento.
— Eu estou bem.
Ela possuía uma força interior admirável, mas escondia um coração mole e um grau de vulnerabilidade.
— Não.
— Você está zangado.
Você não tem idéia. Mas ele não falou.
— Nós precisamos conversar. E logo.
— Tudo bem.
Xavier sentiu a reserva na voz dela e conseguiu um sorriso fraco.
— Então, como foi o seu dia? Ele quase riu. Quase.
— Está prestes a melhorar.
— Suponho que vai jantar com colegas de trabalho.
Xavier entrou no quarto, removeu o paletó e jogou-o na cadeira mais próxima. Então afrouxou a gravata, tirou sapatos e meias, pôs o celular sobre a cômoda... e atravessou para o banheiro.
Romy arfou quando a porta se abriu, arregalando os olhos numa mistura de choque, surpresa... e mais alguma coisa que nem podia começar a definir.
— O que você está fazendo aqui? —As palavras escaparam antes que ela pudesse pensar.
Sem tirar os olhos dela, Xavier removeu a gravata e começou a abrir a camisa.
— Você imaginou que eu permaneceria em Sidney? Bem... sim.
— Não havia necessidade de que você voltasse.
— Você acha que não?
Os ombros largos, o peito nu com músculos definidos a fizeram arfar, e então entreabrir os lábios no momento em que ele desceu o zíper da calça.
— O que você está fazendo? — O som pareceu um pouco estrangulado, até mesmo para seus próprios ouvidos.
— Compartilhando seu banho. — Xavier descartou a calça, depois tirou o relógio e colocou-o sobre a pia de mármore.
— Eu estou bem — murmurou Romy quando ele lhe segurou a cabeça entre as mãos e fechou a boca sobre a sua num cumprimento que lhe tirou o fôlego.
Romy estava inconsciente sobre tempo e lugar enquanto se entregava às carícias sensuais da língua dele numa exploração que falava sobre posse.
No momento em que Xavier levantou a cabeça, ela só conseguiu olhá-lo, sem palavras.
— Verdade? — Xavier a liberou a fim de se livrar da cueca, então entrou na água aromática.

***

Andar descalços ao longo da areia branca era uma forma poderosa de conectar-se com a natureza, como uma comunhão com o universo imenso. Eles andaram de braços dados na beira da água, e foram em direção a um promontório rochoso distante.
Ao chegarem lá, Romy esperou que eles se virassem e voltassem, mas Xavier se sentou sobre uma pedra lisa e a puxou para si, posicionando-a sobre seu colo de frente para ele.
Romy arregalou os olhos quando ele lhe segurou o rosto nas mãos e fechou a boca sobre a sua num beijo tão gentil que a fez se inclinar a fim de aprofundar o contato.
O leve aroma do óleo usado na massagem permanecia no corpo de ambos, e Romy inalou profundamente quando ele trilhou os dedos ao longo de seu pescoço, despertando cada terminação nervosa de seu corpo.
Houve uma sensação de perda quando ele levantou a cabeça, e os olhos de Romy se dilataram ao ver o calor aparente nos de Xavier. Ele deu um sorriso preguiçoso.
— Você vai compartilhar o resto de sua vida comigo? — perguntou Xavier suavemente, e viu a incerteza momentânea brilhar nos olhos dela.
— Eu pensei que este fosse o plano.
— Meu — concordou ele calmamente. — Mas não seu, no início.
Aquela era a hora da verdade? De confrontar os problemas do passado e, esperançosamente, resolvê-los?
— Não — admitiu Romy. — Eu o detestei pelo que você fez.
Sua honestidade levou um sorriso irônico aos lábios de Xavier.
— E agora?
Ela deveria falar? Desnudar seu coração, sua alma?
— Não muito.
— Ajudaria se eu dissesse que amo você?
Romy sentiu sua boca tremer, e seus olhos se inundaram de lágrimas enquanto ele lhe traçava o lábio inferior com o polegar.
— Somente se isso for sincero.
— De maneira inequívoca — respondeu ele. — Além da razão.
Aquilo era tudo que ela queria ouvir; entretanto, ficou sem palavras momentaneamente.
— Imaginei que eu pudesse ser imune — continuou Xavier, sorrindo lindamente. — Um cínico endurecido no total controle de suas emoções. Ou assim pensei. Até que você entrou na minha vida. — Os olhos dele escureceram com paixão. — E a preencheu com luz. E amor — acrescentou.

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