sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Artimanhas do Coração - As Vestes do Amor - Trish Morey

Título Original:
Stolen by The Sheikh
Copyright © 2005 by Trish Morey

Protagonistas:
Khaled Al Ateeq e Sapphire Clemenger

Sinopse:


O sheik Khaled Al Ateeq contratou Sapphire Clemenger para desenhar o vestido de sua noiva. Mas há algo oculto na proposta de Khaled: ela deve acompanhá-lo a seu palácio no deserto, mas fica proibida de conhecer a noiva, o mais estranho é que as medidas do vestido são as mesmas que as dela, e Sapphire logo descobre... que a noiva é ela mesma!


Resenha:

Eu achei fraco! O livro, óbvio! Porque do Khaled, eu gostei! hahahaha.. Óbvio, adoro historias com Sheiks e toda a magia que os envolve. O que eu achei fraca e sinceramente já me cansou, é essa história dos Sheiks praticamente raptarem as mocinhas e depois eles se apaixonam e essa coisa toda. Isso me entediou. Acabei achando os dois sem química. Achei que o Khaled combinou mais comigo.. hahaha.. brincadeirinha.. Mas, agora é sério, faltou emoção. No envolvimento do casal, quero dizer. Tudo pareceu muito frio, muito repentino e sem graça. Os motivos que fizeram Khaled levar Sapphy para Jebbai, ficou me parecendo superficial demais. Sei lá. Já li romances desérticos melhores.. hahahaha.. Se bem que, a primeira vez deles, numa tenda no meio do deserto, eu achei tudo de boa. Nada original, mas muito boa!

Sapphy é uma estilista em ascensão que é convidada por Khaled para desenhar um vestido de noiva para sua "noiva". Para isso, ela deveria largar tudo e ir com ele para seu país, Jebbai. Como a proposta é bastante tentadora e ela vê a chance de alavancar sua carreira de vez, aceita. Mal sabe ela, que tudo faz parte de um mirabolante, e quando digo mirabolante é mirabolante mesmo, plano de vingança, da qual, ela nem imagina porque faz parte.

Ponto Alto:

Aqueles olhos azuis o haviam cativado durante a noite inteira. Durante toda a noite, ele estivera ansioso para que a conversa aparentemente interminável chegasse ao fim. Porque tudo que desejava era ficar a sós com ela.
Mesmo coberta da cabeça aos pés, Sapphy se destacava. Não havia como Sapphire ser confundida com as mulheres locais, apenas porque estava vestindo vestes tradicionais. Não havia como ela pudesse passar sem ser notada.
Tudo que todos podiam ver eram seus olhos azuis, cla­ros e calorosos, brilhando por trás de sua burka de algo­dão. Mas ele podia ver a forma como eles se acendiam quando ela ria, a forma como eles enrugavam nos cantos com deleite, a forma como reagiam quando os outros con­tavam suas histórias sobre travessias pelo deserto ou seus filhos, a forma como eles se enchiam com compaixão quando a história era triste.
Acima de tudo, ele gostava da forma como eles se fixavam nos seus, fixando-se em suas profundezas, antes de se desviarem para longe.
Tudo que ele podia ver eram seus olhos azuis, e eles eram suficientes para deixá-lo paralisado. Mesmo assim, seus pensamentos eram invadidos pela promessa do que havia por baixo da abaya negra. Ele queria despir aquele manto e encontrar a mulher, para explorar sua forma femi­nina e suas linhas ocultas.
E agora, quando seus anfitriões enfim haviam declara­do o fim da noite, ele finalmente tivera sua chance.
Ela segurava as laterais da abaya, evitando olhar para Khaled diretamente enquanto ele a acompanhava até sua tenda.
Esta noite, mais do que nunca, Khaled parecia um sheik. Pela primeira vez não usara as vestes ocidentais com as quais estava acostumada a vê-lo, e que faziam par­te do cotidiano da moderna Hebra. Em vez disso, usava as vestes masculinas tradicionais da região. Com a camisa branca fina, o turbante tradicional com sua corda dupla de pêlos de bode e lã de ovelha, e túnica negra comprida com bordados dourados, Khaled parecia maior que a vida. Um verdadeiro rei do deserto.
Sapphy percebera a forma como ele a observara esta noite, sentira seus olhos nela, e nas vezes em que fora inca­paz de resistir olhar para ele, ficara aprisionada pela autoridade de suas feições, pelo poder puro de seus olhos, pela mensagem poderosa que eles continham.
Ele a queria.
Claro, ela já sentira isso antes. Já percebera o desejo nos olhos e no beijo de Khaled, mas jamais isso tivera o mesmo significado que agora, abalando as resistências de Sapphy enquanto eles percorriam em silêncio o caminho de cascalho que conduzia até sua tenda. Khaled sabia que Sapphy estava de partida, mas mesmo assim a queria.
Por baixo da túnica comprida, o corpo de Sapphy era atormentado por uma miríade de sensações. Seda deslizava por sua pele a cada passo que ela dava, o cinto de metal ondulando suavemente por cima dos quadris, e sininhos tilintando nos calcanhares. Sapphy estava se sentindo fe­minina e sensual de uma maneira como jamais se sentira antes.
Seriam as vestes de seda que jaziam escondidas sob a abaya, ou a forma como Khaled a despira com os olhos durante o jantar, fazendo sua pele pinicar e espalhando uma umidade quente por todo seu corpo?
Isso não importava. O que importava era a realidade Sapphy não podia mais negar.
Ela também o queria.
Aquilo não fazia sentido. Sapphy partiria em breve, re­tornaria para sua vida na indústria da moda em Milão e deixaria o deserto para trás. Fuga e liberdade: essas eram as coisas que ela mais queria, não eram? Fuga e liberdade.
Enquanto Khaled queria o exato oposto. Khaled queria mantê-la aqui para sempre. Embora seus loucos planos de casamento tivessem sido abortados, Sapphy sabia que, se ela permitisse, ele a possuiria.
Alcançaram a tenda de Sapphy, e ele a acompanhou através da abertura, a força do desejo que ela sentia amea­çando ocupar sua mente, soterrando todo o pensamento racional. Subitamente ela não queria lhe dizer boa noite. Queria apenas prolongar este momento, à luz suave de uma luxuosa tenda beduína.
Khaled colocou uma das mãos no ombro de Sapphy, virando-a para si.
— Você tem os olhos mais expressivos que eu já vi.
— Ele levantou a outra mão até a burka de Sapphy, e cor­reu os dedos por cima do tecido. — Usar isso não a inco­modou? Pode ter sido estranho para você.                
— Está tudo bem — disse Sapphy, voz enrouquecida. — Não me importo porque é o costume daqui.
— Bem, você não precisa usar isso agora — disse, le­vando a mão até atrás do pescoço de Sapphy para desa­tar o nó que mantinha a burka no lugar. A burka caiu no chão ao mesmo tempo que Khaled removia o véu. Sapphy automaticamente levantou uma das mãos para alisar os cabelos para trás.
— Seu manto também — disse ele, voz enrouquecida pelo desejo. — Se você quiser.
Ela hesitou, mas apenas por um instante. Era apenas um manto externo, mas ao retirá-lo, que mensagem esta­ria passando para ele?
As vestes de seda que estava usando por baixo dificil­mente constituiriam uma barreira entre eles. Mas a julgar pela forma como seu corpo estava respondendo ao dele, talvez fosse hora de derrubar as barreiras.
Ela desatou, um a um, os nós dos laços que corriam pelas suas costas, do pescoço à cintura.
Quando ela terminou, ele colocou as mãos em seus ombros, abrindo o manto para fazê-lo descer até seus bra­ços, finalmente deixando que seu peso o fizesse cair até o chão, expondo-a ao seu olhar.
Ela prendeu a respiração.
Num sibilo, ele deixou escapar ar entre os dentes. De­pois da severidade e relativa amorfia da abaya, ele es­perara apreciar suas formas femininas nas vestes típicas preparadas pelas costureiras. Mas suas previsões mais otimistas não o haviam preparado para isto.
Ela era uma deusa.
A saia azul que abraçava seus quadris, os fios dourados do tecido cintilando à luz do lampião a cada minúsculo movimento, a silhueta de suas pernas compridas. Mais ouro realçava seus seios, ocultando ao mesmo tempo que acentuavam suas curvas femininas, deixando desnudo seu abdômen.
Sapphy podia não ter ficado feliz quando descobrira que suas roupas tinham sido trocadas na mala, mas nes­te momento parecia não guardar qualquer mágoa contra Khaled. Ele quisera libertá-la dos grilhões de sua vida anterior, para permitir que ela absorvesse plenamente a experiência do deserto sem estar por trás da barreira de suas vestes ocidentais.
E, para ser honesto, ele também fizera isso por interes­se pessoal. Ele estivera ansioso por vê-la sem suas roupas usuais.
Agora que satisfizera sua vontade, decidiu que jamais se cansaria de vê-la assim. Ela era uma festa para os olhos. Seu corpo reagiu da única maneira possível. Sua necessi­dade de possuí-la aumentou ainda mais.
Quando ele não se moveu, ela levantou os olhos apenas um pouco, por medo do que veria nos olhos de Khaled. Não ficou decepcionada. Apreciação quente, vivida e intensa, ardia de suas profundezas negras, seu queixo empinado enquanto ele se esforçava para manter seu autocontrole.
Fagulhas acenderam dentro dela, fagulhas que dispa­raram mensagens aos terminais nervosos que tilintavam e zumbiam. Carne respondeu, expondo pêlos eriçados, mamilos endurecidos.
Quando Khaled inclinou a boca para cobrir a de Sapphy, os sentimentos foram ampliados, porque seu desejo ali­mentava o dela.
Ela sentiu gosto de café, deserto e paixão, o poder que era Khaled vivo em seu beijo enquanto ele movia os lá­bios sobre os dela, enquanto sua língua explorava suas profundezas.
Ele a abraçou e a puxou para si, suas mãos quentes na base de sua coluna, na curva de seu seio.
Pressão cresceu dentro dela, pressão que transformou a dormência entre suas coxas num violento pulsar. As mãos de Sapphy se emaranharam nos metros de tecido que compunham a túnica de Khaled, querendo sentir não suas roupas, mas seu corpo, firme e rijo, junto ao dela.
Ela sentiu todo o poder do desejo de Khaled ao se pres­sionar contra a saliência rija de sua ereção.
— Sapphire — disse Khaled numa voz pouco mais alta que um gemido, sua respiração rápida e entrecortada.
E ela instantaneamente lembrou de ocasiões anteriores, quando ele a beijara e se afastara, deixando-a arfante e faminta por mais. Ela não agüentaria se ele fizesse isso de novo.
Esta muito provavelmente era sua última noite em Jebbai. Sua última noite com Khaled. Sua última chance de satisfazer o desejo incontrolável que sentia quando ele estava próximo. Logo ela estaria de volta a Milão, sozi­nha em seu apartamento, sem Paolo para consolá-la, sem nada para consolar seu arrependimento por ter perdido Khaled.
Portanto, desta vez seria diferente. Desta vez ele não a deixaria insatisfeita. Desta vez ele terminaria o que havia começado.
Sapphy colocou seus braços, em torno do pescoço de Khaled e se levantou até ele.
—  Khaled — sussurrou Sapphy, lábios próximos ao ouvido dele, pressionando beijinhos ao longo de seu pes­coço, mordiscando sua pele e pressionando seus seios contra o peito dele. — Faça amor comigo.


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