domingo, 1 de janeiro de 2012

Passado que Condena - Lynne Graham

Titulo Original:
The Cozakis Bride
Copyright © by Lynne Graham

Protagonistas:
Nikos Cozakis e Olympia Manoulis

Sinopse:


Casamento?...Sob as condições dele!

A mãe de Olympia necessita de um tratamento médico dispendioso.
O que Olympia pode fazer? Deixar o orgulho de lado e pedir a Nikos Cozakis para reconsiderar a idéia de casamento, dez anos depois de terem rompido?
Olympia não tem escolha. E Nikos concorda, com uma condição: ele quer um filho. Mas Olympia sabe que ele quer mais… Quer uma oportunidade para vingar-se dela!


Resenha:

Own! *-* Esse livro é fofo demais! Eu adoroooo! É um dos meus livros favoritos da Lynne! O Nikos é um fofuxoooo! E eu adoro a Olympia! Tá certo, que tem horas que a gente tem vontade de dar uns tapas nele, mas se não fosse assim, não seria um livro da Lynne, né? Mas é muito fofo, a gente perceber, que, apesar da Olympia se achar gordinha e inadequada, o Nikos sempre foi apaixonado por ela, desde a adolescência e toda a raiva que ele sentia era fruto do ciúme. Adoro! Adoro livros que mostram a convivência do casal na vida cotidiana. Como vão se acostumando um ao outro e baixando a guarda, mesmo sem querer. Eu dou nota dez para esse livro! Perfeito! Super Recomendo!

Olympia e Nikos foram noivos na adolescência, mas uma intriga arquitetada pela prima dele, os separaram, fazendo com que Nikos tivesse ódio moral dela e seu avô a expulsasse da Grécia. Dez anos depois, a mãe de Olympia está muito mal de saúde e ela apela pela ajuda de seu avô, mas o mesmo ainda guarda muito rancor e diz que somente a ajudaria se ela se casasse com Nikos. Nikos se aproveita dessa trama para enredar Olympia em sua própria teia, porém, o que ele não imagina é que ele estaria mais enredado do que ela.

Pontos Altos:

       — Nikos, que horas são?
       — Duas da tarde. Não comemos e nem saímos do camarote, desde que chegamos a bordo. Imagino que minha tripulação deve estar satisfeita com minha virilidade.
       — Eu estou! — Olympia falou, sem pensar, e corou.
       Estranho como a luz do dia eliminava qualquer traço de intimidade, ela reconheceu, tarde demais. O comentário faria Irini morrer de vergonha.
       — É... Foi bom — Nikos admitiu, sem emoção. — E por que não seria? Eu sabia que combinaríamos sexualmente.
       Olympia cerrou os lábios machucados. Um grande senti­mento de rejeição envolveu-a. Teve de esforçar-se para encarar Nikos de novo.
       — O nosso entendimento será restrito à uma cama, Olympia, não se esqueça disso. Partirei por alguns dias. Não sei quando voltarei.
       — Espero que não seja logo.
       Nikos se dirigiu à porta.
       — Ligarei para avisar se eu estiver grávida. Com um pouco de sorte, você não terá de retornar!
       Nikos virou-se, brusco, e fitou-a, ultrajado.
       — Contudo, devo avisá-lo de que todos os seus esforços po­dem ter sido em vão. Não estou em meus dias férteis.
       — Olympia como pode ser tão cruel? Não deve referir-se à concepção de nosso filho dessa maneira!
— Que tola sou... — Olympia mal se reconheceu na pessoa que falava. — Esqueci como você é emotivo e sensível! Desculpe-me.
       Olympia percebeu que Nikos fechava os punhos e regojizou-se.
       — Você é minha esposa.
       — Não sou, não. Sou sua parceira nesse empreendimento. A sócia da cama — Olympia lembrou-o, tão irada quanto ele.
       — Não tenho dúvida de que gostaria de ver-me perder o controle e tornar-me violento. Assim, poderia divorciar-se, ficar livre e milionária. Não é mesmo?
       Estranho como a idéia não a deixava feliz.
       — Pode procurar amparo legal, Olympia. Aliás, era o que deveria ter feito antes de assinar o contrato matrimonial.
       — É mesmo?
       — Pode achar que sou o maior crápula do mundo, mas, se você for embora por sua vontade, deixará nosso filho para trás e sairá de nosso casamento tão pobre como entrou. Meus advogados disseram que você nunca assinaria um contrato tão punitivo. Achavam que ficaria histérica ao ler a primeira cláusula e, se chegasse até a final, precisaria ser ressuscitada. Porém, eles não a conheciam como eu a conheço.
       — Sério?
       — Você só pensa em dinheiro. E lembrar que um dia te amei de verdade...

***

       Eram apenas oito horas, mas Olympia relutou em voltar a se deitar. Resolveu tomar banho. Deitada na água perfumada, lembrou-se dos termos do contrato do casamento e suspirou.
       Nikos mudara muito. Ainda que se ausentasse por vezes e usasse o escritório a bordo do Aurora, ficava muito tempo com a esposa. De volta à terra firme, Olympia não via razão par que a situação não se prolongasse.
       Secou-se com uma toalha macia e pensou que Nikos satisfizera-lhe os desejos. Durante toda a vida, sonhara em viajar pelos lugares que conhecia apenas por leituras. Nas semanas anteriores o iate aportara em Maiorca, na Córsega, Sardenha e na Sicília, onde viram praias ensolaradas, mares resplandecentes, estradas tortuosas e extravagantes, além de cenários maravilhosos.
       Nikos não perdia a oportunidade de demonstrar que a achava irresistível. Ainda assim, Olympia não tinha pressa de contar-lhe a novidade. Como poderia ter certeza de que eles se entenderiam dali para a frente? Nikos nunca mencionava o futuro.
       — Tenho uma queixa a fazer. Onde você estava, quando eu acordei?
       Nikos estava à soleira, com os cabelos escuros desalinhados, a barba por fazer, o olhar sonolento e brilhante, um sorriso matreiro nos lábios.
       — Nikos...
       — Pedi o café da manhã... para mais tarde. — Apontou o espetacular banheiro revestido de mosaicos. — Vamos tomar um banho, e você me dirá no que estava pensando... É melhor que tenha sido em mim, pethi mou.
       Corada, ela esfregou o rosto no ombro dele.
       — Em quem mais seria? — Olympia tirou o penhoar e entrou com o marido debaixo do chuveiro.
       — Estou atrasado — ele murmurou, entre beijos ansiosos que a deixaram trêmula e inflamada. — Temos visitas. Theos mou... não ligo a mínima para os outros!

***

       — Não é possível que tenhamos voltado ao que aconteceu naquele maldito estacionamento! — Nikos passou os dedos pe­los cabelos e lançou-lhe um olhar furioso.
       — Não acredito em você, porque você não acredita em mim, porque não temos um casamento, e sim um contrato de negócios.
       — Cale a boca e me escute!
       Olympia meneou a cabeça.
       — Eu cumpri minha parte no acordo.    .
       Nikos abriu os braços, numa demonstração de fúria.
       — Se usar de novo o termo "negócio"...
       — Fique sabendo que estou grávida! Agora, saia desta casa e deixe-me sozinha! .
— O quê?!
       — É, você empenhou-se bastante no projeto, não é mesmo?
       — Está tão nervosa que nem sabe o que está dizendo. Theos mou... você está grávida — repetiu, com evidente orgulho e satisfação. — Sua maluca... Poderia ter se machucado ao tentar me agredir!
       Olympia piscou, desconcertada com a mudança de atitude do marido.
       Nikos curvou-se e ergueu-a-no colo, com todo o cuidado.
       — Você não deve fazer mais cenas como esta. Precisa ficar deitada e se manter calma... pensando no bebê. — Subiu a escada e levou-a até o quarto delea
       — Nikos, acabei de pedir que deixasse esta casa.
       — Você não fala sério.
       — Falo!
       Nikos deu um suspiro profundo e deitou-a na cama.
       — Você está histérica, meu bem.
       Olympia sentou-se
       — Não estoul                                             
       — Não vou discutir sobre isso. É vidente que está aborrecida, e com razão. Gisele deve ter me enganado.
       — Você imagina que pode conseguir o que quiser só porque estou grávida. Pois não pode! Tenho minha mãe e meu avô para tomar conta de mim. Se não sair daqui agora, vou para seu iate!
       — A tripulação está de licença... e o único meio de transporte é o helicóptero.
       — Não tem o direito de fazer mais isso comigo.
       — Odeio baixar o nível, mas, se você se sente dessa maneira, por quê permitiu que fizéssemos amor hoje à tarde?
       — Aquilo foi sexo. Eu o usei porque quis!
       Nikos fechou as pálpebras e virou o rosto.
       — Aposto que imagina que sou louca por você, mas não sou. Crê que eu seria tola o suficiente para gostar de um sujeito que se casou comigo só para ficar com a fortuna de meu avô?
       Nikos ergueu a cabeça, muito sério.
       — Você é mesmo uma piada! — Olympia condenou, com amargura feroz. — Um ser tão superior, e ainda assim casou-se com uma mulher que considera uma à-toa só para ficar com o império Manoulis!
       Depois de alguns momentos de imobilidade, Nikos, muito pálido, virou-se e saiu do quarto.
       — E não volte! — Olympia berrou. Ela ficou ali sentada, encurvada e escutando o silêncio, com os olhos rasos de água. E se fosse verdade o que ele dissera sobre Gisele?
       Abraçou-se. Se Nikos não acreditava nela, não tinha por que crer nele. E por que ficara tão zangado quanto à palavra "negócio"?
       Nikos tivera quatro semanas para dizer que a amava e não o fizera. E, afinal, Olympia também tinha seu orgulho. Aliás, era tudo o que lhe restara, além do fato de carregar um filho de Nikos no ventre. Depois de uma noite de sono, ela se sentiria melhor.

Péricles, o irmão mais moço de Nikos, apareceu cinco dias mais tarde.
       — Olá, Péricles! — Olympia cumprimentou-o com um sorriso vacilante, ao encontrá-lo no salão de teto abobadado.
       Péricles observou-lhe os olhos inchados e a ponta vermelha do nariz.
       — Você não está com boa aparência, Olly. Estaria mentindo, se dissesse outra coisa.
       Olympia custou a conter as lágrimas.
       — Nikos não chora, mas o humor de meu irmão parece um gatilho pronto a disparar a todo instante.
       — Onde ele está?
       — Em seu apartamento em Atenas, trabalhando. Mamãe afirmou que o casamento de vocês foi um erro, e Nikos brigou com ela. Papai quis defender mamãe, e posso jurar que Nikos esteve a ponto de agredi-lo por isso. Se não está feliz, Olly, tente lembrar-se de que não é o único membro da família que sofre. Nós não costumamos estapear-nos à mesa do jantar!
       — A culpa não é minha.
       — Posso sentar-me, ou pertenço ao campo inimigo?
       — Imagine! Fique à vontade. — Olympia concedeu, envergo­nhada por sua falta de civilidade. — Quer tomar alguma coisa?
       — Não, obrigado. Preciso apenas de cinco minutos de seu tempo. Nikos não deve saber que estive aqui Se ele souber, cortará minha cabeça!
       — Não seria correto eu discutir sobre Nikos com você.
       — Mas escutar você pode. Foi aquela sujeira publicada nos jornais uma semana após o casamento que causou os problemas entre vocês? Responda com um simples aceno. Isso não é con­versar sobre Nikos.
       Olympia fez que sim à indagação.
       — Muito bem. Nikos passou aqueles dias bebendo como uma esponja, em um chalé alugado na Suíça. Descobri isso por acaso. Quando vi aquela notícia no jornal, tentei avisar Nikos, e não o localizei. Como sou teimoso, não descansei até encontrá-lo. E meu irmão não gostou de ser encontrado.
       — Ele estava bebendo... sozinho?
       — Não, Damianos lhe fazia companhia. Como Damianos detesta álcool, pode imaginar como era agradável a atmosfera na Suíça. Nikos ficava bêbado e Damianos fazia-o engolir café amargo com regularidade.
       — Por que ele estava bebendo, Peri?
       — Ele "tinha uns probleminhas a resolver".
       — E por que na Suíça?                                       
       — Não há muitos lugares no mundo para se esconder, quando se deve estar em lua-de-mel e se é muito conhecido. As paisagens dos Alpes são ideais para isso.
       Ambos se entreolharam, em silêncio.
       — Nikos explodiu quando lhe contei sobre as notícias sensacionalistas e passou o dia discutindo o caso com seus advogados. Posso garantir-lhe que não voltaria a encontrar-se com Gisele, depois do escândalo.
       — Você é a favor dele...
       — Se Nikos estivesse com Gisele, eu diria que não era de minha conta e que seria melhor você sair dessa.
       — Nikos é mulherengo. — Olympia mordeu o lábio inferior.
       — Bem, antes de você surgir na vida dele há dez anos, sim. Depois de vocês terem desmanchado, também... Mas nunca quando esteve presente, Olympia. E muito menos agora!


Classificação:














3 comentários:

Jessica Oliveira disse...

Apesar de ser suspeita para falar, pois sou fanática pelos livros da LG, eu A-D-O-R-O essa estória. Nos livros atuais dela é difícil encontrar um enredo tão bom quanto esse, não sei parece que ela está muito mecânica na hora de desenvolver o enredo dos livros. Espero que isso seja apenas uma fase e que ela volte a escrever como antigamente.

Beijos e um feliz 2012!

Romances e Livros

Marla Almeida disse...

Odeio a maneira como Nikos trata Olympia em algumas partes do livro, mas adoro a parte da escada, acho hilário o modo como ele age ao descobrir que ela esta grávida, muito fofo.
*_* Bye !

Beatriz disse...

É um bom romance que desperta vários sentimentos no leitor como raiva e pena ao mesmo tempo. Tive pena da mocinha por ser julgada por todos como uma vagabunda, ninguém deu ouvidos a ela. As famílias dos dois lados, tanto do mocinho quanto da mocinha não passavam de uns esnobes, fingidos, metidos a moralistas... Não senti muita firmeza no mocinho mulherengo, que sempre estava envolvido com alguma mulher, tanto no passado quanto no presente, ele não conquistou minha simpatia! É aquela coisa de sempre, é muito mais fácil julgar e jogar a culpa nos outros para encobrir suas próprias safadezas!!!

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