terça-feira, 12 de abril de 2011

Um tantinho de Poesia...

Olá!!!


Eu também adoro poesias, então, decidi criar aqui no blog, uma "coluna" chamada Um tantinho de Poesia..., onde recito textos, poemas ou poesias maravilhosas de maravilhosos escritores.


Como estou ainda estou lendo o qual pretendia escrever o próximo post - e que sorte, eu ando tendo, porque tô achando ele chatinho a beça, espero que melhore - então, para não ficar sem postar nada hj, vou estrear a coluna trazendo uma poesia de Pablo Neruda chamada "Me Gusta Cuando Callas". Colocarei, além do original em espanhol, a tradução em português.




Me Gusta Cuando Callas
Me gustas cuando callas porque estás como ausente, y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca. Parece que los ojos se te hubieran volado y parece que un beso te cerrara la boca. 
Como todas las cosas están llenas de mi alma emerges de las cosas, llena del alma mía. Mariposa de sueño, te pareces a mi alma, y te pareces a la palabra melancolía. 
Me gustas cuando callas y estás como distante. Y estás como quejándote, mariposa en arrullo. Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza: déjame que me calle con el silencio tuyo. 
Déjame que te hable también con tu silencio claro como una lámpara, simple como un anillo. Eres como la noche, callada y constelada. Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo. 
Me gustas cuando callas porque estás como ausente. Distante y dolorosa como si hubieras muerto. Una palabra entonces, una sonrisa bastan. Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.


***


Gosto quando te calas

Gosto quando te calas porque estás como ausente,e me ouves de longe, minha voz não te toca.Parece que os olhos tivessem de ti voadoe parece que um beijo te fechara a boca.
Como todas as coisas estão cheias da minha almaemerge das coisas, cheia da minha alma.Borboleta de sonho, pareces com minha alma,e te pareces com a palavra melancolia.
Gosto de ti quando calas e estás como distante.E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:Deixa-me que me cale com o silêncio teu.
Deixa-me que te fale também com o teu silêncioclaro como uma lâmpada, simples como um anel.És como a noite, calada e constelada.Teu silêncio é de estrela, tão longínquo e singelo.
Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.Distante e dolorosa como se tivesses morrido.Uma palavra então, um sorriso bastam.E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.







Pablo Neruda
Poeta Chileno
12 de julho de 1904, Parral (Chile)
23 de setembro de 1973, Santiago (Chile)

Neftali Ricardo Reyes, mais conhecido pelo pseudônimo de Pablo Neruda, nasceu em Parral, a 12 de julho de 1904, e morreu em Santiago, a 23 de setembro de 1973. Filho de um ferroviário, estudou francês durante dois anos no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile, participando ativamente da vida política estudantil.

Nomeado cônsul-geral do Chile em Rangún, na Birmânia, em 1927, Neruda continuaria sua carreira diplomática em Djacarta, Madrid (durante o período da Guerra Civil Espanhola) e México, onde foi embaixador de 1940 a 1942. Eleito senador em 1945, permaneceu exilado em Paris de 1948 a 1952. Em 1971, foi mais uma vez nomeado embaixador do Chile, agora em Paris, e recebeu o Prêmio Nobel de literatura.


Um comentário:

Mimi disse...

Arrasou na poesia. Ambos lindos.

bjks

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