sábado, 20 de agosto de 2011

Cruel Sedução - Helen Brooks

Título Original:
Cruel Conspiracy
Copyright © 1992 by Helen Brooks

Protagonistas:
Bruno Lachoni e Aline Marcell

Sinopse:


Beijos inesquecíveis... com sabor de paixão!

Graças a um gesto irresponsável de seu irmão gêmeo, Aline Marcell descobriu que estavam devendo a Bruno Lachoni a imensurável quantia de cinqüenta mil dólares! Mas a forma de pagamento que ele impôs era cruel demais: Aline teria de trabalhar para Bruno durante um ano! Ela julgava odiá-lo, mas estava descobrindo outras emoções ao lado desse homem... Nas noites cálidas e estreladas da cidadezinha francesa de Boilane, Aline confrontava-se com a mais pura verdade: desejava Bruno com uma urgência torturante. Sim, todas as vezes que experimentava o sabor dos lábios sensuais sobre os seus, sentia-se valsando aos acordes da sinfonia de verão... ou, para ser honesta, no compasso do amor...


Resenha: 

Mocinha relutante! Odeio mocinhas relutantes demais! Eu não estou dizendo que a mocinha deve se entregar de primeira nem nada disso, mas a Aline foi demais. Mal o homem se aproximava, ela fugia. Aff.. me deu raiva. O livro é envolvente e eu o li rapidinho, mas acho que essa relutância da mocinha em se entregar, estragou um pouco. Ela passa o livro todo atraída pelo homem, depois se descobre apaixonada e toda vez que ele a beijava, ela saía correndo. Acho que isso quebrou um pouco da magia. Repito: Não é que ela tinha que se entregar de primeira, mas também não vi necessidade de sair correndo toda vez. Achei os diálogos um tanto quanto superficiais, também, talvez pelo livro já ser um pouco antigo, mas achei meio chata, essa coisa da mocinha falar sozinha toda hora e os diálogos bobos demais.

Aline é obrigada a trabalhar como assistente pessoal de Bruno por uma ano, para saldar a dívida do irmão gêmeo, que deu um desfalque na empresa. Ao pegá-la remexendo uns papéis, Bruno acredita que ela também está evolvida, então decide "puni-la" também. Com a proximidade gerada pelo trabalho, ambos se sentem atraídos um pelo outro - acho que antes, na verdade, se não ele não obrigaria a ser sua assistente pessoal, um cargp de confiança, para alguém que ele considera ladra - mas Aline reluta em se envolver porque acredita... sei lá em que ela acredita, ela só sabia fugir!

Pontos Altos:

O resto do dia transcorreu em meio a um frenesi de atividades e quando, por fim, sentou-se a sua escrivaninha e percebeu que estava no final do expediente, Aline admitiu que fora bom se deixar envolver pelo trabalho.
— Puxa, o sr. Lachoni sempre trabalha neste ritmo? — perguntou ela, voltando-se para Simon Hughs, um dos programadores com quem dividia a sala.
— Sim, pode ir se acostumando — preveniu-a o jovem que também era inglês. — Depois de alguns meses, a gente começa até a sentir falta quando o sr. Lachoni viaja. Ele é a pessoa mais dinâmica e competente que conheço.
Aline fez uma pequena careta que revelava sua descrença.
— Ora, logo verá que tenho razão, minha cara — brincou o rapaz que tinha uma certa semelhança com Tom Cruise. — Escute, o pessoal do escritório está planejando sair hoje à noite. Descobriram um bistrô maravilhoso há poucas quadras daqui. Não gostaria de vir com a gente, Aline? — convidou-a, exibindo um sorriso charmoso, que com certeza era capaz de fazer muitas garotas suspirarem.
— Lamento, Simon, mas vou precisar que a srta. Marcell fique até mais tarde esta noite — interrompeu-os uma conhecida voz de barítono. Bruno Lachoni estava parado na soleira da porta e fitava os dois jovens com indolência. — Depois a levarei para casa.
— Tudo bem, sr. Lachoni, fica para outra vez então — murmurou o rapaz, antes de voltar a se concentrar no terminal de computador que operava. No entanto, indubitavelmente, estava considerando que se enganara ao convidar a garota do patrão para um passeio.
Aline mordeu o lábio furiosa, ao perceber o que as palavras de Bruno haviam dado a entender. Quem ele pensava que era para comprometê-la perante seus colegas? Além do mais, era evidente que não havia trabalho algum! Em seu modo de ver, Bruno só inventara tal desculpa para impedi-la de se divertir. "Miserável!", praguejou em pensamentos.
— Por favor, srta. Marcell, venha até minha sala — pediu Bruno, e a voz forte e vibrante denotava um leve tom de deboche.
Esforçando-se para controlar sua fúria, Aline o seguiu até a enorme sala da Presidência decorada em estilo moderno e clean.
— Por que fez isto? — inquiriu ela com as faces escarlates de indignação.
— Fiz o quê? — Bruno interrogou, sentando-se na cadeira giratória, ao mesmo tempo em que arqueava as grossas sobrancelhas com fingida inocência.
— Sabe muito bem a que me refiro! — grunhiu Aline entre os dentes. — Depois do que disse a Simon, não vai demorar muito para o pessoal do escritório comentar que sou sua, sua... — calou-se, incapaz de pronunciar o que lhe ia na mente.
— Minha amante? — Bruno atalhou com sarcasmo. — Ora, pelo menos dirão que tenho bom gosto! — Os lábios carnudos se abriram num sorriso cínico.
— Não seja prepotente! — vociferou. — Será que tudo isto é parte de seu plano? Sim, só agora me ocorre que talvez um de seus métodos de punição seja me impedir de ter amigos e conviver tranqüilamente com o resto de meus colegas de trabalho.

***

— Bom dia, pessoal — saudou-os, esboçando um de seus sorrisos mais cativantes.
— Olá. E bom saber que está bem-humorada hoje,. Aline — brincou Wendy, fazendo uma pequena careta que evidenciava-lhe as sardas. — O poderoso chefão entrou aqui feito um terremoto e, pelo que pudemos perceber, o dia vai ser difícil para quem tiver que lidar com ele.
"E quando não é difícil lidar com Bruno Lachoni?", interrogou-se Aline. Entretanto, não ousou verbalizar o que lhe ia na mente. Mantendo o sorriso nos lábios, gracejou:
— Ora, é uma linda manhã e não vou deixar que nada estrague meu bom humor.
— Assim é que se fala, garota! Isto significa que vai mesmo nadar com a gente, certo? — Simon se manifestou, olhando para ela com expressão satisfeita.
— Pode apostar que sim! — garantiu. — Desde que cheguei a Boilane estou ansiosa para fazer este passeio, obrigada por ter me convidado, Simon.
— Pelo visto tem planos para esta noite, Aline — soou a conhecida voz de barítono, vinda da porta que conduzia ao corredor no fim do qual ficava a ante-sala da Presidência.
Lentamente, Aline se voltou e encarou o rosto taciturno de Bruno Lachoni.
— Tenho sim! — afirmou com exagerada inflexão de voz. Odiava a maneira como Bruno teimava em interferir em sua vida diante dos demais funcionários. Reconhecia que havia um mês que não a importunava, contudo, tinha consciência de que a história da transferência da escrivaninha não fora de todo esquecida por seus colegas de trabalho.
— Lamento desapontá-la, minha cara, mas terá que adiar este compromisso — escarneceu Bruno, pouco se importando com os olhares curiosos atraídos por seu comentário. — Vou receber dois representantes do Governo francês que pretendem comprar nosso projeto, e, com certeza, precisarei que fique até mais tarde para me auxiliar com os relatórios e toda a transação oficial. — Durante um breve instante, fitou-a com uma mescla de desdém e zombaria, então, ignorando a fúria que divisava nos olhos castanhos, deixou alguns papéis sobre a mesa de Marjorie e saiu da sala tão sorrateiramente quanto entrara.

Classificação:





2 comentários:

Lexis disse...

Concordo com vc LU. mocinhas relutantes demais deixam a leitura num ritmo desgastante, tira o brilho do livro.
bjus

Leitura Entre Amigas disse...

Aff essas mocinhas, algumas dela podem estragar o livro todo! Não gosto de mocinhas assim.
Beijos
Elidiane

Leitura entre Amigas
leituraentreamigas.blogspot.com

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