Título Original:
Ruthless Magnate, Convenient Wife
Copyright
© 2009 by Lynne Graham
Protagonistas:
Sergei Antonovich e Alissa Bartlett
Sinopse:
O
bilionário russo Sergei Antonovich era conhecido por ter sempre atrizes e
modelos estonteantes ao seu redor. Mas nenhuma delas parecia ser uma noiva
adequada. Desse modo, como ele poderia realizar o grande desejo de sua avó e
lhe dar um bisneto? Havia somente uma alternativa: encarar o desafio como um
negócio. Sem emoção, com um contrato que possibilitaria a Sergei o acordo
perfeito: uma mulher para casar, para lhe dar um filho... e ser esquecida para
sempre!
Resenha:
Primeiramente, quero dizer que este é o segundo livro da série "Noivas Grávidas" da Lynne Graham. Como sempre, eu sempre leio as séries de trás para frente. O primeiro que li foi esse, mas o primeiro que resenhei foi "Marcados pela Paixão". Ainda não li o primeiro, mas é o próximo da minha fila. O que eu posso dizer desse livro? O que eu posso dizer dessa trilogia?? Só posso dizer que são todos maravilhosos! Se querem conhecer a essência da escrita de Lynne Graham, então, leiam esta série, porque é perfeitamente a cara dela! Quem é fã, vai concordar comigo que os livros dessa série, e falo pelo dois que li, são maravilhosos. Com os seus mocinhos absurdamente arrogantes e suas mocinhas um tato rebeldes. Em "Em nome do Desejo", Sergei é o típico machão eu-posso-tudo-porque-tenho-dinheiro-e-sou-bonito e Alissa é a típica mocinha sou-virgem-mas-não-sou-boba. E eu gosto disso! Devo confessar que este é um dos meus tipos favoritos de estórias. Quando comecei a ler, e esta foi a segunda vez que li esse livro, pois na primeira ainda não tinha o blog para poder resenhar, eu não consegui mais parar de ler. Você começa e simplesmente, não consegue parar até chegar a última página. Eu amei o fato do Sergei ser viciado em futebol e de certa forma, querer envolver Alissa nessa paixão. Por um momento, eu o imaginei comprando o time, de tão insatisfeito que ele estava com os resultados. Adorei o jeitinho de ser da Alissa. Adorei o fato de ele ter permitido a ela adotar um cachorrinho. Adorei o modo como eles vão se apaixonando pouco-a-pouco. Muito fofo, o modo como ele conseguiu distinguir a persoNalidade das duas irmãs e saber muito bem a quem ele preferia.
Alissa e Alexa são irmãs gêmeas idênticas em aparência, mas completamente diferente no jeito de ser. Enquanto, Alissa é ingênua e delicada, Alexa é decidida e interesseira. Sergei é um bilionário russo que para agradar a avó decide selecionar uma mulher para se casar e lhe dar um filho, e, óbvio, que tal mulher deve lhe dar a guarda do bebê quando eles se separarem. Alexa se candidata para o cargo, mas com os dados de Alissa, e o final, pula fora deixando sua irmã para ocupar o lugar de esposa de Sergei. Sergei, ao descobrir a farsa obriga a Alexa a manter o casamento, e os dois vão se descobrindo e se apaixonando. Créditos para Sergei, que apesar de decidir selecionar uma esposa, é um fofo! Créditos para Alissa porque eu super gostei dela e créditos para Yelena, avó de Sergei.
Ponto Alto:
***
Ponto Alto:
Sergei se encontrava em uma sala particular e perfeitamente vigiada pela
equipe de segurança, enquanto permanecia confortavelmente relaxado em um sofá,
assistindo a um jogo de futebol na tela gigante de plasma acoplada a uma das
paredes do recinto.
No instante em que viu Alissa entrar na sala, seguida por Borya, ficou
tão surpreso que até se esqueceu do jogo que estava assistindo. A mulher que
ele acabava de ver não se parecia em nada com a foto que ele estudara.
Pessoalmente, ela era muito mais bonita e atraente. O rosto incrivelmente
delicado e os olhos claros exibiam um verde-azulado tão encantador quanto às
águas do oceano. Os cabelos dourados alcançavam a linha da cintura minúscula e
o corpo perfeitamente delineado por curvas acentuadas e generosas. Os lábios
grossos e polpudos. Os seios fartos e firmes. Aquela foto não lhe fazia a
mínima justiça. Além de linda, tratava-se de uma mulher extremamente sexy, ele
pensou ao mesmo tempo em que sentiu os instintos básicos se alertarem.
Quando Alissa olhou para o homem enorme esparramado no sofá ficou
espantada com a agilidade dele em se erguer-se tão depressa. Pelo menos mais de
l,80m de altura e uma poderosa musculatura que parecia exalar testosterona por
todos os poros. E espetacularmente bonito. Os cabelos escuros e penteados para
trás permitiam a visão plena do rosto bronzeado e destacavam o nariz reto e as
linhas quadrangulares do vigoroso maxilar. Ele parecia manter intactos os
atributos másculos primitivos que, nos dias atuais, se tornavam cada vez mais
raros. Os olhos brilhantes e muito escuros fixados nos dela quase a deixaram
sem fôlego.
— Venha sentar-se comigo — ele murmurou. Estou assistindo ao meu clube
jogar. Você gosta de futebol?
— Não. — Alissa respondeu com sinceridade enquanto reparava nas roupas
dele. A camisa de seda listrada com as mangas dobradas até a altura dos
cotovelos, a calça preta estilizada e o paletó jogado num canto do sofá. A
gravata a ponto de cair da beirada da mesinha de centro, onde teria sido
atirada. Ela poderia afirmar, sem medo de errar, que ele não parecia ser do
tipo ordeiro.
— Você não gosta de futebol? — Ele tornou a perguntar, surpreso com uma
resposta tão definitiva. Geralmente as mulheres costumavam dizer que apreciavam
aquele esporte, nem que fosse apenas para agradá-lo.
— Nunca me interessei por futebol. — Alissa afirmou e dobrou com cuidado o
paletó que ele largara no canto do sofá a fim de poder se sentar. A gravata que
agora estava no chão a incomodava, mas ela resistiu à tentação de apanhá-la;
afinal, não era empregada dele. — Aliás, não sou fã de nenhum esporte — ela
completou.
Antes de tomar a se acomodar no sofá, Sergei ordenou que lhes servissem
vodka. Alissa aceitou o drinque e tentou disfarçar a careta de desgosto ao
sentir o líquido queimar-lhe a garganta.
— Também não gosta de vodka? — Ele perguntou, notando as feições
distorcidas no rosto feminino. — Vou pedir um uísque escocês para você. Quem
sabe lhe agrade mais?
— Oh, não! Por favor. Não se preocupe com isso. Eu não estou acostumada a
beber.
— Deveria aproveitar e apreciar bebidas alcoólicas enquanto pode. — Sergei
comentou.
Alissa ficou intrigada com o que ele queria dizer com aquele comentário.
Será que não lhe seria permitido ingerir bebidas alcoólicas enquanto ela fosse
sua esposa? O súbito ruído provindo da TV de uma multidão gritando pela
comemoração de um gol interrompeu os devaneios de Alissa. Ela resolveu
agradá-lo com uma observação entusiasmada:
— Acho que alguém marcou um gol. Está contente?
— O gol foi a favor do outro time, e não do meu — ele resmungou e ela
ficou completamente corada.
— Oh, sinto muito!***
De onde estava ela podia observar Sergei cercado de belas mulheres e
perfeitamente confortável com a situação. Não era novidade para ela saber que
Sergei Antonovich era um mulherengo inveterado. Já havia visto notícias e fotos
em tabloides em que ele aparecia acompanhado de mulheres lindas e famosas,
saindo de boates, veleiros ou em frente do suntuoso prédio no centro de Londres
onde estava localizado um dos seus escritórios, que fazia parte do seu poderoso
império financeiro.
Por um instante Sergei percorreu os olhos ao redor e procurou por
Alissa. Ficou irritado ao vê-la sentada em outra mesa. Em toda a sua vida
nenhuma mulher se atrevera a tratá-lo com tamanha indiferença. E pensar que
deveriam estar casados em uma semana! Ele havia acabado de liberar a notícia
para a imprensa e sua noiva demonstrava sua total inabilidade em cumprir a
parte que lhe cabia.
Alissa bebericava a vodka que lhe fora oferecida enquanto mantinha a
atenção em Sergei, que dançava animado com uma admiradora de cada vez. A
atitude dele decepcionava-a tanto que Alissa considerou que Sergei não tinha a
mínima idéia de como se comportar em público com a mulher com a qual pretendia
se casar. Talvez por isso tivesse que pagar alguém para enfrentar aquele papel
ridículo. Nenhuma mulher que possuísse um pouco de dignidade toleraria ser
tratada daquela maneira. E, se fosse um compromisso real que ela tivesse com
ele, nessa altura, Alissa já teria ido para casa e dado o noivado por
encerrado.
Agora se perguntava por quanto tempo teria que ficar ali sentada
deixando-se passar por tola enquanto ele se divertia com as outras mulheres.
De repente, um homem loiro e elegante aproximou-se da mesa onde ela se
encontrava e a convidou para dançar. Alissa hesitou no primeiro instante, mas
por que deveria ficar ali sentada o tempo todo feito uma prisioneira?
Apesar dos protestos de Borya, ela ergueu-se e aceitou o convite.
Sergei ficou estarrecido ao ver sua futura esposa dançando de maneira
insinuante com outro homem. Ele jamais fora provocado daquela maneira por uma
mulher. Os expressivos olhos escuros se tornaram mais frios do que um inverno
siberiano ao observar que, enquanto Alissa gingava os quadris para acompanhar o
ritmo, a saia curta se elevava ainda mais, revelando as pernas esguias e bem
torneadas.
Aproveitando o breve intervalo, antes que a próxima música começasse a
ser tocada, Sergei dispensou a moça com quem dançava e disparou na direção de
Alissa. Dirigindo um olhar furioso para o parceiro dela, Sergei repousou as
mãos imensas sobre os ombros delicados de Alissa num claro gesto de
autoritarismo:
— Com quem diabos acha que está brincando? — Sergei protestou com os
dentes cerrados.
Alissa espantou-se com tamanha agressividade, que não ficou surpresa ao
ver o cavalheiro que a acompanhava retirar-se apressadamente, antes que Sergei
partisse para a agressão física, como parecia evidente. E, num gesto brusco,
ela liberou os ombros das mãos dele e saiu dali com passos acelerados. Decidiu
voltar para casa não se importando com as conseqüências. O que não tolerava
mais era permanecer na companhia daquele brutamonte.
Sergei estava furioso e sentiu-se ultrajado pela razão de nunca ter sido
desafiado por uma mulher da maneira como ela estava fazendo. Inconformado,
decidiu segui-la. Naquele instante, o celular tocou e Sergei o retirou do bolso
do paletó e atendeu a ligação, ao mesmo tempo em que permanecia caminhando.
Tratava-se do advogado principal que solicitava para que o casamento
deles fosse adiado. Ele precisava de mais tempo para finalizar as investigações
sobre a vida pregressa da candidata.
Sergei estudou a figura de Alissa, que caminhava de cabeça erguida e com
um gingado extremamente sensual nos quadris generosos. Ordenou para o advogado
que encerrasse as investigações e desligou o celular. Sergei acabava de decidir
que levaria aquela mulher para a sua cama e assumiria os riscos, não importando
quais fossem.
Alissa se deteve no balcão da chapelaria para apanhar o casaco de volta.
— O que pensa que está fazendo? — A voz grave de Sergei ecoou atrás dela.
— Estou voltando para minha casa. Não namoro com trogloditas!
— Acontece que não se trata de um namoro — Sergei lembrou a ela. E,
notando que a balconista apenas os olhava, determinou com impaciência: — Ande
logo! Estamos com pressa!
— Não seja tão rude! — Alissa protestou. — A pobre moça não está se
sentindo bem. Por acaso pensa que está no exército?
Sergei deu um longo suspiro para conter o temperamento explosivo. Borya
e os outros seguranças estavam boquiabertos com a cena que acontecia bem diante
dos seus olhos. Que tipo de mulher era aquela com tanta coragem para criticar o
comportamento de Sergei Antonovich?
Sergei comprovou, quando a balconista se afastou para apanhar o casaco,
que a moça realmente estava tossindo e tremia de frio. Ficou surpreso ao ver
que Alissa estava preocupada com uma simples funcionária.
E, por um momento, aquela atitude altruísta o fez lembrar-se de Yelena.
A porta da casa de sua avó era a primeira a ser procurada pelos vizinhos quando
estavam carentes ou necessitados. Ali estava a mulher que poderia representar
exatamente o tipo de esposa que e!e desejava apresentar para a aprovação de
Yelena.
Assim que a moça entregou o casaco para Alissa, ele a auxiliou a
vesti-lo e depois depositou sobre o balcão uma boa gorjeta para a balconista,
como se fosse um silencioso pedido de desculpas.
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