sexta-feira, 30 de março de 2012

Acordos Nupciais - Lições de Amor - Sharon Kendrick

Título Original:
Italian Boss, Housekeeper Bride
Copyright © 2007 by Sharon Kendrick

Protagonistas:
Raffaele de Feretti e Natasha Phillips

Sinopse:

Raffaele de Feretti tinha inúmeras mulheres a sua disposição, mas precisava de uma noiva de conveniência... e a pessoa perfeita para isso era Natasha, sua governanta tímida e sem graça. Mas seria necessário reinventar Natasha... E quando uma nova mulher surge à sua frente, Raffaele não consegue acreditar que seja a mesma Natasha. Agora, eles precisam suportar um noivado de mentira, sem terem de fingir uma atração de verdade...


Sinopse:

Não é um livro ruim... se você conseguir ultrapassar a página 50! Nossa! Achei o começo beeem maçante. O meio dá uma esquentada boa, mas o fim, me desapontou um pouco.Talvez, porque eu sempre espere demais. Mas, tudo bem. Dei um REGULAR, para não esculhambar de vez.

Natasha é governanta da casa de Raffaele há alguns anos, mas ele nunca reparou realmente nela. Natasha, por ser mãe solteira, é bem reservada e nunca se expõe demais. Talvez, por isso, Raffaele nunca tenh reparado nela, até que sua irmã é internada numa clínica de reabilitação e ele precisa despistar a imprensa. É quando, seu advogado, tem a brilhante ideia, de que Raffaele deve espalhar a notícia de que está noivo e vai se casar, para tirar o foco de sua irmã doente. E adivinha em quem eles pensam para desempenhar o papel de noiva-com-prazo-de-validade??? Natasha, claro! O problema, é para desempenhar este papel, Natasha passa por uma verdadeira transformação, atraindo Raffaele absurdamente, e ele não desiste até levá-la para cama. Porém, depois que consegue... 

Ponto Alto:


A porta bateu forte uma noite na semana seguinte, e Natasha levantou os olhos, vendo Raffaele entrar inesperada­mente, despenteado pelo vento e com gotículas de chuva no sobretudo escuro. A habitual onda de amor a engolfou, só que, desta vez, estava mais aguda, mais forte, devido à ausência e ao fato de que agora ela conhecia os lábios e o corpo dele, e sabia como seria a vida como sua mulher. Sen­tiu as pernas trêmulas ao vê-lo largar a pasta, sem ousar se mexer ou falar, com medo de fazer algo humilhante, como implorar que ele a beijasse e a levasse lá para cima, para a cama dele.

Vagarosamente, ele tirou o sobretudo, notando como ela parecia pálida, sem a alegria e a cordialidade habituais. Ele a observou, uma veia pulsava agitada na base do pescoço dela. Lembrou que a tinha beijado ali.
— Como vai, Tasha? Como ele parecia formal.
— Vou bem. E você? Boa viagem?
— Produtiva — ele respondeu sucintamente, e se afastou do brilho suave dos lábios dela.
Deu alguns telefonemas e depois desceu para a cozinha, onde o fogão irradiava calor e uma caçarola borbulhava com algo que cheirava a ensopado. Natasha olhava para ele como um animalzinho assustado que tinha ouvido um ruído amea­çador no meio do mato.
— Quer um... café?
Ela normalmente nem perguntava. Ele sacudiu a cabeça.
— Na verdade, preciso de uma bebida.
Uma bebida? Ele geralmente nunca bebia antes do jantar.
— Você não me disse que ia chegar.
— Quer dizer, não a avisei? — Ele sorriu melancolicamente ao abrir uma garrafa de vinho e erguê-la, oferecendo a ela. Natasha sacudiu a cabeça. — Quis surpreendê-la.
Ai, mas isso era horrível. Medonho. Como pisar em algo tão frágil que qualquer passo em falso destruiria completa­mente? Ela precisava falar antes que isso acontecesse.
— Ouça, Raffaele. Preciso falar com você.
— O que é? — ele perguntou, servindo-se de vinho e to­mando um gole. A bebida relaxou um pouco a tensão, que parecia uma tira de ferro apertando forte a sua testa.
— Tenho novidades.
Os dedos dele apertaram o copo, e ele o pousou na mesa.
— Não está grávida?
Ela percebeu o horror que gelara a voz dele, e o tom géli­do confirmava o que mais temia — forçou-a a entender que a decisão que tinha tomado era a melhor para todos.
— Não, não estou. — Corou, furiosa com ele por ter toca­do nesse assunto, porque era a última coisa que queria falar. Estava tentando esquecer isso. Precisava esquecer. — Estou tomando pílula.
— Ora, vamos... nenhum contraceptivo é infalível, cara. Você, mais do que ninguém, sabe disso. — Viu a expressão cho­cada no rosto de Natasha. — Não devia ter dito isso. Desculpe.
— Não, por favor. Não se desculpe. Afinal, é verdade. — Ela havia prometido a si mesma que não fugiria mais da verdade. Respirou fundo. — Escute, tive uma conversa com o diretor da escola do Sam outro dia.
— É mesmo? — ele perguntou cortesmente, imaginando qual a relevância disso. — Espero que ele não esteja tendo problemas.
Natasha se eriçou toda.
— Pelo contrário. Está se saindo excepcionalmente bem. Tão bem, na verdade, que lhe ofereceram uma bolsa de estudos numa escola maior. — Ela fez uma pausa. — Em Sussex.
— Sussex? — ele repetiu, sem entender nada, ignorando a expressão de orgulho materno dela. Os olhos se estreitaram. — Mas isso fica a quilômetros daqui.
— Fica, sim — ela concordou, falando com tanta vivacidade que achou que a voz ia rachar com o esforço. — E é um lugar lindo. Você devia ver a escola. Bem no campo... com espaços enormes para a prática de esportes.
— Mas você mora aqui — ele protestou. — Como diabos ele vai chegar à escola? Ou você pretende interná-lo?
Nem morta!
— Não. Ele vai... nós vamos morar lá. Houve uma pausa.
— Nós? — ele repetiu baixinho. — Está planejando com­prar uma casa lá? Ou alugar uma?
Será que ele estava deliberadamente se referindo à in­segurança econômica dela para provar alguma coisa? Para fazê-la reconhecer como dependia dele? Bem, não dependia! Natasha endireitou os ombros, sua reserva natural desapare­cendo sob o olhar determinado que dirigiu a ele.
— Na verdade, nem um nem outro. A escola me ofereceu o posto de supervisora assistente... e há um chalezinho no terreno da escola incluído no pacote. Podemos nos mudar quando quisermos antes do Natal.
Ele a olhava fixamente.
— Você? Supervisora assistente? — Seus olhos se es­treitaram. — Madonna mia, Tasha... é um emprego para velhas!
— Na verdade, é o emprego perfeito para alguém como eu! — ela replicou.
Ele queria agarrá-la, apertá-la nos braços e exigir que ela ficasse. Mas talvez fosse esse o objetivo dela. Raffaele ficou imóvel. Seria? Seria isso mais uma tentativa de manipulação numa vida inteira de mulheres tentando forçá-lo a fazer o que elas queriam?
— Talvez você esteja tentando forçar a minha barra — ele observou suavemente.
Ela o fitou e franziu a testa.
— Acho que não estou entendendo...
— Não está? — A boca curvou-se num sorriso cruel quando ele observou como Natasha estava linda... como os cabelos bem penteados brilhavam, como estava elegante na camisa de linho que usava com o jeans apertado. — Descon­fio que você apreciou muito todo o luxo que nosso relacio­namento falso lhe proporcionou, não foi? Talvez mais até do que você previra. Talvez por isso tenha concordado tão prontamente em fazer sexo comigo, e se adaptado com tanta facilidade ao papel de noiva. — Seu rosto ficou sombrio. — Mas talvez o resultado final do nosso pequeno caso não tenha sido de seu agrado, mia bella... quem sabe você queria levá-lo a um outro nível?
— Não sei do que você está falando.
— Não sabe? — Ele deu uma risada breve. — Estou fa­lando de casamento! Não seria conveniente para você ter um status oficial aqui... como minha esposa? Hum? — Arrogan­temente, ele levantou as sobrancelhas escuras, vendo o rubor que cobria as faces dela. Seria culpa? — E que maneira me­lhor de conseguir isso do que ameaçar ir embora, com toda a perturbação que isso causaria?
Por um instante, ela achou que tinha entendido mal. Mas a expressão sombria de uma emoção desconhecida no rosto dele provou o contrário. Ela sacudiu a cabeça, o coração ba­tendo tão depressa que até pensou que fosse desmaiar.
— Como pode pensar isso de mim? — ela perguntou. — Como pode, Raffaele? Imaginar que eu seria capaz de tal comportamento desonesto? Fui para a cama com você por­que quis... porque não pude evitar. — Porque sei que morre­ria se não fosse. — Não houve segundas intenções.
Mas ele tinha lutado consigo mesmo e lutado contra as aspirações das mulheres por tanto tempo que não conseguia acreditar nela. Natasha por acaso imaginava que ele ia im­plorar para que ficasse? Que confessaria que precisava dela — ele, que não precisava de ninguém?
— Ora, então vá, Tasha. Vá e desperdice a sua vida, enter­rando-se numa escola perdida sabe-se lá onde.
— Em vez de me enterrar aqui? — ela perguntou calma­mente.
Ele ouviu a acusação e repeliu-a.
— Isso foi opção sua — ele disse, em voz igualmente calma.
Sim. Ele tinha razão. Sua vida era o resultado do que ha­via feito. Ela se acomodara numa rotina previsível, talvez esperando secretamente que algo a arrancasse daquela exis­tência confortável. E era o que tinha acontecido.
Talvez a acusação de Raffaele tivesse mais base do que ela gostaria de admitir — pois não havia uma parte dela que tinha sonhado um final feliz para o conto de fadas que ela viveu nos braços dele?
Seria isso o que se chamava "querer ser melhor do que era"? Será que o convívio com o sheik tinha lhe virado a cabeça? Ou sua habilidade surpreendente para encantar des­conhecidos em jantares de caridade?
Ela engoliu seco.
— Quanto... quanto tempo você quer de aviso prévio?
— Vá assim que quiser — ele disse rispidamente. — Pos­so ligar para uma agência e substituí-la na mesma hora.
O que mostrava exatamente quanto ela era importante para ele. Era um lembrete triste, mas, talvez, muito significativo. Pelo menos não lhe restaria nenhuma ilusão de que Raffaele a queria,
— Muito bem. Vou tratar de tudo o mais depressa possí­vel. — Ela atravessou o aposento até a porta, e quando che­gou lá hesitou, virando-se, para dar com ele olhando para ela, o rosto uma máscara de indiferença fria. — Só mais uma coisa, Raffaele.
— Sim? Vai precisar de referências, imagino? Natasha estava zonza, imaginando se ele sabia o poder que tinha para magoá-la. Então era assim que tudo ia ter­minar... quase quatro anos de intimidade, com ele se ofere­cendo para escrever algumas palavras sobre ela? Mas não havia sido uma verdadeira intimidade, não é? Era o que ela imaginava que a intimidade fosse. Porque queria se sentir amiga íntima dele. Porém, na vida, as coisas não acontecem como a gente quer que aconteçam. Especialmente quando se trata de amor. Ela concordou.
— Sim, obviamente gostaria de referências... mas, na ver­dade, estava pensando em Sam.
Sam. Pela primeira vez a máscara escorregou, e Raffaele sentiu uma tristeza apertando-lhe o coração, porque ele tinha se afeiçoado ao menino.
— Do que se trata? — ele perguntou asperamente.
Ela abriu a boca para dizer que Sam ia sentir saudades dele, mas, no último instante, mudou de idéia. Se ela fizesse disso uma grande coisa, não seria mais uma acusação que ele lhe atiraria? Que ela procurava um padrasto rico para o filho?
— Ele foi muito feliz aqui — ela disse. — Obrigada.
A dignidade calma da fisionomia dela retorceu algo no íntimo dele.
— Prego — ele disse rudemente, e depois deu as costas a ela e se serviu de mais vinho.


Classificação:






3 comentários:

Mi disse...

Oie! :D

Pela sua resenha, eu não leria o livro...
Mas eu gostei do trechinho, viu?! haha

:*
Mi
Inteiramente Diva

Apaixonada por Romances disse...

Oi Lu,

Eu corro desses livros da coleção Jessica, sempre as histórias são assim: Uma meia-boca e a outro ruim.


Beijos
Luciana
Apaixonada por Romances
http://www.apaixonadaporromances.com.br/

Luciana Miranda disse...

Pois é, Lulu!!

Eu já deveria ter aprendido! Mas insisto no errooo.. hahahaha..

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