quarta-feira, 30 de maio de 2012

Herdeira do Escândalo - Michelle Reid

Título Original:
Mia´s Scandal
Copyright © 2010 by Harlequin Books S.A.

Protagonistas:
Nikos Theakis e Mia Bianchi-Balfour

Sinopse:


Uma herdeira ilegítima, um homem de sucesso...

Enquanto trabalhava esfregando o chão, Mia sonhava com uma vida melhor. Até descobrir que era uma das herdeiras dos Balfour, uma das dinastias mais ricas do mundo... Quando conheceu de fato a família, ficou apavorada. Porém, ganhou uma grande oportunidade de aprender sobre a alta sociedade ao ser contratada para trabalhar com o magnata grego Nikos Theakis. Ele mesmo tivera uma vida difícil, mas aprendeu a conquistar tudo aquilo que queria... Nikos só não imaginava que a doçura e a integridade de Mia o fizessem repensar todas as suas convicções...


Resenha:

Ahhhh! Primeiro livro da série "Noivas Balfour", que escrito pela Michelle Reid, começou com o pé direitoooo! Nossa! Demais! Eu comecei a ler e não consegui parar mais, até ler a última palavra. A química entre Nikos e Mia era tão forte, que parecia que eu podia sentir fora do livro. Adoro livros onde existe química entre o casal. Dá gosto de ler. hahaha.. Mia, como a primeira Balfour e ilegítima, se saiu muito bem, apesar de, as vezes, achar ela meio me-pisa-que-eu-deixo. Tudo bem, deu para relevar, apesar de achar que ela não deveria ter engravidado tão rápido e que deveria ter, de alguma forma, ter se feito mais de difícil depois da descoberta do bebê, pois era o que ele merecia. Eu não gostei do fato de ele ter tomado o controle da situação e ela ter permitido isso tão facilmente. Não depois do modo como ele agiu após terem feito amor.

Emily descobriu aos 21 anos que era filha ilegítima do bilionário Oscar Balfour, após ter sido criada em meio a pobreza. Ao perceber que a filha não conseguia se adaptar em meio a vida de luxo dos Balfour, Oscar pede ajuda a Nikos Thekis, um empresário que ele ajudou a crescer. Ele pede a Nikos que dê um emprego a Mia e a introduza na sociedade. O que ele não poderia imaginar era a poderosa química entre os dois. É muito legal, ver Nikos tentar resistir a forte atração entre os dois, por respeito a Oscar e morrendo de ciúmes de qualquer homem que se aproximasse dela, apesar de não dar o braço a torcer e culpá-la por flertar com todos. Vale muito a pena conferir. Terminei este, já morrendo de vontade de ler o segundo. 


                 *** Série Noivas Balfour ***

1-    Herdeira do Escândalo – Michelle Reid 
2-    Herdeira do Orgulho- Sharon Kendrick
3-    Herdeira da Inocência – Índia Grey
4-    Herdeira da Sedução – Kim Lawrence
5-    Herdeira da Lição- Kate Hewitt
6-    Herdeira do Segredo- Carole Mortimer
7-    Herdeira do Infortúnio- Sarah Morgan



Ponto Alto:

Nikos baixou os olhos para as fotos, revelando uma expressão de desgosto antes de pôr as imagens de lado.
— Este artigo diz que Brunel negou saber de onde vinham os ferimentos da mulher. Ele alega que ela lhe armou uma cilada.
— Com que propósito ela faria isso? — perguntou Mia.
— Para receber a grande quantia que acabou recebendo?
— E quanto ao bebê?
— Podia ser o bebê de qualquer homem — disse Nikos com indiferença.
— Mas essa é uma maneira muito cínica de ver a situação — argumentou Mia. — Você sabe disso como um fato, e...
— Você não pode saber com certeza que a versão de Brunel não é verdadeira — interrompeu Nikos com lógica incisiva. — Suspeito que a verdade resida no meio das duas versões, mas uma vez que nenhuma delas foi provada, nós nunca saberemos. — Deixando a folha sobre a mesa, ele a olhou. — Então, diga-me novamente, por que você incluiu isso em seu relatório?
Mia hesitou, não querendo responder aquela pergunta.
— Eu... não gosto dele — finalmente confessou. Desta vez, Nikos arqueou ambas as sobrancelhas.
— Mas você só o encontrou uma vez, outro dia durante o almoço.
— Ele tem um... jeito estranho.
Nikos inclinou-se para a frente e comandou:
— Explique isso.
— Eu... Não. — Sentindo-se enrubescer, Mia abaixou o olhar.
— Você vai explicar, Mia — disse ele com dureza. — E vai fazer isso agora!
— Por que você está zangado comigo? — perguntou ela. — Instruiu-me para encontrar tudo que eu pudesse sobre Lassiter-Brunel. Eu achei estes artigos. Preferia que eu fingisse não os ter encontrado?
Ela estava tentando mudar de assunto, reconheceu Nikos, enquanto se lembrava do almoço de negócios que eles haviam tido com John Lassiter e Anton Brunel no começo da semana. Os dois homens tinham boa aparência e eram arrogantemente autoconfiantes, características normais em pessoas que lutavam por sucesso.
Todavia, sua assistente estivera usando um vestido vermelho sexy, que marcava os seios generosos. O pequeno bolero que usara em conjunto também não escondia muita coisa. Com os cachos sedosos ao redor do rosto, ela parecia uma flor exótica em um salão cheio de homens de terno. Cada vez que seus olhos azuis passeavam ao redor da mesa, os dois homens perdiam o rumo da conversa.
Um sentimento que Nikos não queria experimentar o fez se levantar.
— Eu quero saber por que você decidiu que não gosta de Anton Brunel. Ele falou alguma coisa para ofendê-la? Flertou com você?
Desejando agora que não tivesse começado aquilo, Mia meneou a cabeça.
— Não...
 — O quê, então?
— Não foi... nada! — Seus olhos se arregalaram em alarme quando ele rodeou a mesa e parou diante dela. Intimidada pela postura machista, Mia deu um passo atrás. — O que... isso lhe importa? — gaguejou.
— Apenas responda a pergunta. — Nikos se aproximou novamente, segurando-lhe os braços e obrigando-a a ficar onde estava.
A pressão dos dedos dele enviou um calor para seus ombros, levando Mia a falar, numa tentativa de sufocar a sensação.
— Ele... falou algo que me ofendeu... quando estávamos saindo e você conversava com John Lassiter.
— O que ele disse? E olhe para mim quando falar comigo — ordenou Nikos. — Sinto-me enfurecido quando você desvia os olhos dessa maneira.
Respirando fundo, Mia obedeceu a ordem, vendo uma chama nos olhos escuros que nunca tinha visto ali antes. Por um segundo, esqueceu sobre o que eles estavam falando, enquanto absorvia esta nova descoberta fascinante e...
— Fale — comandou Nikos.
Mia piscou.
— Ele... alegou que eu estava lhe dando olhares interessados, então fez uma observação sobre você e eu — esclareceu ela. — É culpa sua, Nikos! Você me faz segui-lo como um cachorrinho na coleira! Olha furiosamente para mim se eu me mexo, se eu sorrio. Toca meus cabelos, meu braço, meus dedos se eu os descanso sobre a mesa. Circula minha cintura quando nós andamos! Olhe para você agora — acusou Mia, irada. — Está me segurando à sua frente como se tivesse algum direito especial de fazer isso! Aquele homem horrível deve ter interpretado erroneamente os sinais que você dava, e ousou dizer que gostaria de apreciar uma pequena fatia do que... você estava obtendo de mim!
Nikos soltou-lhe os braços como se ela o tivesse queimado. Mia quase perdeu o equilíbrio. A expressão perplexa no rosto dele a fez rir.
— Você não sabe que faz isso, sabe? — murmurou ela. — Não tem ideia de que faz todas essas coisas que acabei de descrever. Bem, é verdade, e ele presumiu, pelo seu comportamento, que nós somos... íntimos. E me perguntou se eu queria encontrá-lo uma tarde, quando você não estivesse disponível.
Nikos transformou-se em pedra na frente dela. Abalada pelo que acabara de lhe contar, Mia tentou se recompor. Nas duas semanas que estava trabalhando para ele, Nikos a vinha tratando mais como sua escrava do que como sua assistente pessoal. Arrastava-a para todos os almoços de negócios. Tirava-a da cama quase de madrugada para que ela o acompanhasse a cafés da manhã a trabalho, também. Se Mia falava, ele não gostava; se ela sorria,, ele não gostava. Se ela olhava ao redor, Nikos tocava-lhe o braço para chamar sua atenção, olhando-a de maneira condenatória. Então, deixava-a no seu apartamento no começo da noite... para que ela se recuperasse, Mia presumia, enquanto ele saía e se divertia com quem quisesse.
— Então vamos cancelar a negociação com Lassiter-Brunel.
Voltando ao presente tarde demais para captar o que ele dissera, Mia viu que ele rodeara a mesa e se sentara novamente.
— Cuide disso — instruiu Nikos, devolvendo-lhe o arquivo agora fechado.
— Cuidar... do quê? — gaguejou Mia e, quando ele a olhou com expressão furiosa, acrescentou: — Desculpe-me, mas eu não entendi o que você disse antes.
— Meu domínio do idioma inglês é tão ruim assim? — zombou Nikos.
— Não. — Ela o odiava. — Eu... perdi a concentração... por um momento.
Nikos imaginou o que Mia diria se ele lhe pedisse para gaguejar com aquela voz encantadoramente rouca que ela acabara de desenvolver, naquela noite, enquanto deitava nua sob ele em sua cama?
Theos! Ele praguejou em silêncio. Somente duas semanas daquilo e ela já o estava enlouquecendo.
Ele realmente fazia todas aquelas coisas que Mia tinha listado, ou só estava tentando provocá-lo?
Sua nova assistente pessoal podia não gostar dele, mas o desejava com um fervor que não conseguia esconder, embora não tivesse ciência de que era tão transparente.
E era por isso que Anton Brunel sentira as vibrações sexuais durante aquele almoço, decidiu Nikos. Culpa de Mia, não sua. E quanto aos toques dos quais ela o acusara... isso só acontecia dentro da cabeça imaginativa de Mia.
Ela podia excitá-lo como nenhuma mulher já havia sido capaz, mas Nikos não a queria em sua cama!
Oscar nunca o perdoaria.
Suspirando, retomou a discussão:
— Ligue para John Lassiter, e diga-lhe que eu não estou mais interessado em fazer negócios com eles.
— Eu? — Mia arfou. — Mas eu não quero...
— E traga-me um café — interrompeu ele, pegando sua caneta.
Se isso não a ensinasse a ser menos provocativa, então nada ensinaria. O negócio de Lassiter-Brunel valia diversos milhões no papel. Frugal por natureza, Mia Bianchi-Balfour iria ficar boquiaberta diante da perda de um negócio tão lucrativo.
— E lembre a Fiona de que eu ficarei fora por duas horas durante o almoço.
— Mas... Nikos, por favor, eu não sei como fazer o que você quer!
— Fazer um café? — zombou ele com crueldade.
— Dizer a alguém que um acordo vai ser cancelado!
— Então você está prestes a aprender mais uma coisa nova — replicou ele. — E para sua informação, eu não aprovo casos, romances e nem mesmo amizades no escritório. Portanto, pare de flertar comigo pela maneira que se veste ou que me olha. Ou pelo jeito que pôs o arquivo de Lassiter-Brunel na minha frente, esperando que eu lesse e questionasse seus motivos, de modo que você pudesse me contar o que Brunel presumiu sobre nós. Isso foi irritante e infantil. Não existe nós. O resto que você falou só existe em sua cabeça. Agora tenho algumas ligações para fazer.
Dispensada, horrorizada, arrasada, Mia virou-se e saiu da sala sobre pernas que tremiam.
Irritante e infantil.
— Eu o odeio — sussurrou depois que estava do outro lado da porta.

***

— Você me lembra de uma gata feroz de quem tentei ser amigo quando criança. Num minuto, ela era terna e graciosa, roçando seu corpo elegante contra mim, e no minuto seguinte, punha as garras para fora e me arranhava.
— Eu nunca me rocei contra você! — negou ela, sentindo o rosto quente ao se lembrar do jeito que se movera em direção a ele na noite anterior. — Nem o arranhei com minhas garras — acrescentou para encobrir o que dissera antes. — E se eu o lembro de sua amiga gata feroz, então você me lembra de nosso burro — defendeu-se de maneira furiosa.
— O... quê?
— Túlio, o nosso burro — explicou ela. — Num minuto, ele está dócil e lindamente relaxado, no próximo, age como se não ocupasse o mesmo planeta de todos os outros.
—Você está me acusando de ser emocionalmente instável? Mia olhou para as luzes do farol.
— Eu não posso prever como você vai falar comigo no próximo minuto. Túlio é igual. Só que ele não fala... apenas me olha como se dissesse: "Não estou mais com vontade de ser bonzinho com você", e então ele não é. — Mia deu de ombros, depois apontou: — O farol abriu.
— Um burro. — Nikos virou à direita, então acelerou. — Grazie, cara — murmurou com sarcasmo, enquanto entrava num pequeno estacionamento perto dos bancos do rio, desligava o motor e descia.
Mia sorriu internamente diante da expressão no rosto dele.
Então ela o insultara e estragara o dia de Nikos. Ótimo, pensou, porque ele havia arruinado o seu com suas atividades noturnas espalhadas por todos os jornais!
Mia tinha o direito de se sentir zangada sobre isso? Provavelmente não; mas se sentia, de qualquer forma.
Detestava-o. Esperava que Lois Mansell fosse a pior amante que ele já levara para cama. E não estava com ciúme! disse a si mesma, furiosamente. Estava apenas...
Nikos abriu a porta de passageiro, e assim que ela pôs os saltos no chão, ele fechou os dedos ao redor de seu braço para ajudá-la a se levantar. Chegando à frente dele com mais impulso que o necessário, Mia quase colidiu com o peito largo, chocando-se o bastante para erguer a cabeça.
Eles se entreolharam... os olhos escuros de Nikos avisando-a para tomar cuidado com seu próximo movimento, enquanto os olhos azuis de Mia o desafiavam a fazer algum comentário que a diminuísse.
Mas Nikos optou por um tipo diferente de ataque. Relaxou os cantos da boca esculpida, deslizou uma mão ao redor da nuca exposta de Mia, então abaixou a cabeça e capturou lhe a boca num beijo ardente!
Aquilo foi tão inesperado e tão íntimo que Mia foi incapaz de fazer qualquer coisa, exceto permitir que ele explorasse os contornos de sua boca com uma sensualidade que a deixou enraizada no lugar.
Atordoada, tropeçou quando ele levantou a cabeça novamente. Ofegante e tremendo, olhou-o.
— Diferente humor, cara — sussurrou ele. — Sinceramente, espero que Túlio não seja tão aventureiro.
Mia arfou. Como se sentisse que merecia a reação dela, Nikos assentiu com a cabeça; soltou-a e virou-se abruptamente para o jovem homem que se aproximara sem que Mia percebesse.
— Pegue a bagagem do porta-malas e entregue-a para o meu piloto. Depois leve o carro de volta — instruiu, dando as chaves para o outro homem.
Ainda muito abalada para prestar atenção na parte sobre o piloto, Mia deu uma olhada para ver com quem Nikos estava falando, e percebeu que era o homem do departamento de contabilidade com quem ela almoçara no dia anterior, e também viu que os olhos dele estavam arregalados em choque.
Mia enrubesceu violentamente. Nikos Theakis a beijara em plena luz do dia na frente de outro membro de seu staff.
— Você... você fez isso de propósito! — acusou ela, tremendo.
Nikos pegou-lhe por uma das mãos e puxou-a para longe do carro.
— Ele precisava saber qual é sua possibilidade com você.
— Posição? Eu não entendo esta coisa de possibilidade comigo — disse Mia, quase correndo para poder acompanhar os passos dele.
— Ele foi o homem que a deixou plantada ontem à noite.
— Não foi!
— Foi — insistiu Nikos. — E acabo de declarar o que ele precisava saber.
— Pode me explicar do que você está falando? — Puxando com força sua mão capturada, ela fez com que ambos parassem diante de um edifício branco com portas de vidro na entrada. Mortificada, com os lábios ainda queimando, forçou-se a olhá-lo.
Nikos encarou-a de volta, a expressão fria e arrogante.
— Eu a vi entrando com ele no meu foyer ontem na hora do almoço — confessou Nikos. — Quando ele sair do estado de choque no qual eu o coloquei, vai perceber que, de agora em diante, você está fora dos limites, se ele quiser manter o emprego.
Totalmente atônita pela armadilha de Nikos, Mia não conseguiu falar mais uma palavra. Virou a cabeça para olhar o carro vermelho, ao lado do qual o homem do departamento de contabilidade ainda se encontrava parado, como se estivesse em estado de choque.
— Você... me beijou para que ele visse — sussurrou ela.

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