terça-feira, 22 de agosto de 2017

Flores do Desejo - Sopro de Vida - Kim Lawrence

Título Original:
Pregnant By The Greek Tycoon
Copyright © by Kim Lawrence

Protagonistas:
Angolos Constantine e Georgie Kemp

Sinopse:

Tudo o que o magnata grego desejava era... seu filho. 


Após um casamento relâmpago com Angolos Constantine, Georgie estava grávida e certa de que ele ficaria encantado. Mas, em vez disso, ele a mandou "sair de sua vida e nunca mais voltar". E foi exatamente o que ela fez. Assim, ele jamais viu seu filho... até agora. 
Angolos não achava que pudesse ter filhos... e não está preparado para deixar seu pequeno milagre escapar. Mesmo que Georgie pareça odiá-lo, ele terá o que considera seu... a qualquer preço.




Resenha:


Ah! Esse é típico livrinho que eu gosto! Li rapinho, porque não conseguia parar! Adorei a forma como aconteceram as coisas, apesar de achar que, talvez, o Angolos pudesse ter sofrido mais com o que fez com a Georgie. Assim, eu sei que com tudo o que ele passou, ele sofreu bastante também, mas eu digo em relação as dificuldades que ela teve na gravidez, o parto, onde ela esteve sozinha. Ele merecia ouvir essas coisas e se corroer um pouco mais. Mas eu adorei a forma como ele ficou sabendo que o menino era sim, filho dele. O livro não tem enrolação. Vai direto ao ponto e isso é ótimo. Também gostei bastante de como Georgie toma a decisão de reatar o casamento de maneira firme, sem ficar fazendo doce. Há vários livros com essa temática onde as mocinhas fazem um doce eterno para reatarem o casamento e isso acaba ficando cansativo. Georgie se decide e vai em frente. Enfrenta a família numa cena que eu achei bem pesada, porque por outro lado também compreendi a atitude do pai dela, que foi quem lhe deu apoio quando do abandono. Dei 4 estrelinhas, porque poderia ter tido epílogo. Eu adoro!


Georgie e Angolos se conhecem numa praia da Inglaterra, quando ele acabava de receber a notícia de que finalmente estava livre. Devido a todo o problema que passou, Angolos teme perder tempo e em um mês, está se casando com a menina inglesa pela qual se apaixonou praticamente a primeira vista. Passa uns meses de casamento, Georgie descobre que está grávida, e Angolos, que acredita que não pode ter filhos, acha que ela o traiu e a expulsa sem grandes explicações. Anos depois, um amigo procura Angolos para dizer que talvez ele deva reconsiderar, pois viu o menino e é o seu próprio retrato. Créditos para Georgie. Eu adorei a nossa mocinha. E para a mãe de Angolos, porque num momento decisivo, ela é o suporte que Georgie mais precisa e eu achei isso bem fofo.



Pontos Altos:

"- Meu... problema...? Mas eu não tenho... - Paul parou e observou com uma expressão cômica de incredulidade enquanto o amigo trocava palavras com a morena, que não pareceu nada feliz com o que escutou. Segundos depois, Angolos estava ao seu lado de novo.
- Vamos sair daqui - sugeriu Angolos. - Tem um bar ali na esquina. Podemos conversar. 

A primeira coisa que Paul pensou em dizer quando pe­diram as bebidas foi: 
- Deixe-me esclarecer uma coisa. Não estou aqui para lhe pedir dinheiro emprestado, Angolos. 
- Eu sei muito bem que nem todos os problemas se re­solvem com dinheiro, Paul. - Seu olhar grave deixou o outro homem desconfortável. - Mas, se o seu problema puder ser resolvido com dinheiro, eu vou resolvê-lo, queira você ou não. - Então ele sorriu calorosamente. - Meu ami­go, se não fosse por você, eu nem estaria aqui. 
- Besteira! 
O evidente desconforto de Paul fez Angolos sorrir com dentes muito brancos, contrastando com o rosto moreno. 
- Sua modéstia britânica chega a ser engraçada, Paul -observou ele secamente. Apoiou os cotovelos na mesa e se aproximou do outro com expressão atenta. - Então, qual é o problema? 
- Eu não diria que é um problema... É só que o doutor Monroe se aposentou e seus pacientes foram repassados a nós... - Paul respirou fundo ao ver a testa franzida de An­golos e prosseguiu rapidamente. - Ontem, meu sócio foi chamado para uma emergência e eu vi o nome dos novos pacientes. - Engoliu em seco. - Georgie... sua Georgie está entre eles. 
A expressão de Angolos permaneceu a mesma, mas seu jeito de pegar a bebida e levar aos lábios pareceu estranho. Quando pôs a bebida na mesa de novo, ele olhou nos olhos do outro. 
- Ela está doente? 
- Não, não! 
Os ombros de Angolos relaxaram quase imperceptivelmente. 
Angolos reconheceu por dentro que aquilo era algo per­verso, mas considerando que três anos e meio atrás ele havia amaldiçoado a esposa infiel com todas as suas forças, a possibilidade de ela estar doente agora talvez tivesse des­pertado algum instinto primitivo de vingança. 
- Na verdade, ela pareceu estar muito bem... um pouquinho magra, talvez - comentou Paul. - Ela sempre teve bons ossos. 
- Não tenho o menor interesse em saber da parte estética dela. - O maxilar de Angolos enrijeceu enquanto o outro ho­mem olhou para ele com ceticismo. - E não me lembro de você me dizer que Georgie tinha bons ossos quando veio me falar que casar com ela seria o maior erro de minha vida... 
- Ah, bem, eu temia que você estivesse... 
- Maluco? Pois no final você estava certo mesmo. - Ele se aproximou mais um pouco. - Ela pediu para você inter­ceder? Pensei que você tivesse mais juízo e não fosse se deixar levar por... 
O doutor pareceu indignado. 
- Na verdade, parceiro, tenho a séria impressão que você é a última pessoa com quem ela gostaria de entrar em con­tato - revelou com toda a franqueza. 
- Realmente! 
- Georgie ficou bastante chocada ao me ver. Na verdade - admitiu ele -, achei que ela fosse sair correndo do consul­tório. E, quando eu toquei no seu nome, ela pareceu... - Ele parou. Não havia palavras para descrever a expressão nos olhos daquela jovem mãe. - Não pareceu muito contente - completou Paul. 
Angolos se recostou à cadeira, abriu um botão da jaque­ta e cruzou os braços. 
- Mesmo assim, aqui está você. 
- Sim. E é duro. Mirrie é bem melhor neste tipo de coi­sa do que eu. 
Neste ponto, se a conversa fosse com outra pessoa, An­golos já teria mandado a pessoa passear, mas, como era Paul, ele controlou a impaciência. 
- A questão, Angolos, é que ela trouxe o garoto. - A expressão de Angolos não estava nada encorajadora, mas Paul persistiu. - Você já viu...? 
- Não, nunca vi o garoto - respondeu Angolos glacialmente. 
- É um menino ótimo, e nada mimado. Georgie tem feito um bom trabalho, mas, pelo que percebi, ela está sem dinheiro. 
Os lábios de Angolos se retorceram em uma expressão de revolta. 
- Então é isso, ela está bancando a pobrezinha. Eu de­posito uma quantia mais do que suficiente todo mês para as necessidades da criança. Se Georgette ficou gananciosa e se por um acaso tem esperança de conseguir mais dinheiro de mim, pode esquecer. Ela já me fez de bobo uma vez... 
- Ela sinceramente não tocou no assunto "dinheiro". Angolos, se ela quisesse arrancar dinheiro de você... Você viu quanto aquele roqueiro que negou a paternidade de uma criança teve que pagar à mãe depois do exame de DNA? 
- Pois o DNA a impediria de continuar fazendo a crian­ça passar por minha. Se ela está tão desesperada, devia vender sua história para algum tablóide sensacionalista. -Suas narinas inflaram e ele tamborilou os dedos na mesa. - Seria bem o estilo dela. 
- Será que ela já não teria feito isso, se quisesse? E, se quisesse dinheiro, posso imaginar que o divórcio teria um acordo financeiro bem vantajoso para ela. 
- Só por cima de meu cadáver. 
- Sinto que você diga isto. De verdade. 
- Esperava que não chegasse a esse ponto - replicou Angolos. - Por acaso estamos dando voltas? 
- Sim, bem, na verdade é... a questão do DNA... 
- Que questão do DNA? 
- Tem certeza que o teste daria negativo! 
- Certeza...? - Angolos olhou para o amigo com incre­dulidade. - Logo você me faz uma pergunta destas? A qui­mioterapia salvou minha vida, mas me deixou estéril. Minha única chance de ser pai está armazenada em algum lugar a não sei quantos graus abaixo de zero. 
- Falta de sorte - disse Paul, bastante consciente da iminente paternidade do amigo. 
- Falta de sorte? - Angolos deu um risinho de canto de boca. - Sim, suponho que tenha sido falta de sorte. Contudo, considerando que, sem o tratamento, e mais importante, sem seu diagnóstico precoce, eu não estaria aqui, posso me con­siderar sortudo, sim. 
- Mas não é uma situação fácil. 
- Intelectualmente, na verdade. Não tenho problema com a situação, mas, de alguma forma, não importa quantas vezes eu diga a mim mesmo que a masculinidade de um homem não está na contagem de espermatozóides, ainda sinto... - Deu um risinho sardônico e olhou nos olhos de Paul. - Quem sabe Georgette não estava certa e eu não passo de um machista irrecuperável... 
- Há dúvidas quanto a isso? 
A resposta fez Angolos dar um sorriso amargo. 
- Por isso você nunca contou a ela sobre a quimioterapia e o câncer? Estava com medo que ela... - Paul deu um sor­riso constrangido. - Desculpe, eu não devia... 
- Se eu estava com medo que ela me achasse menos homem, é isso? O que você acha, Paul? 
- Acho que, se eu soubesse o que se passava em sua mente, eu seria o único - respondeu o amigo com franqueza. - Sabe, quando se trata de responder a perguntas, você é mais escorregadio que um político. Se quer minha opinião, você estava errado. Sei que Georgie era jovem, mas ela sempre me pareceu bastante madura... 
- Madura o bastante para me trair e tentar fazer o produ­to de suas aventuras amorosas se passar por meu filho. 
Paul fechou a cara. 
- Bem, quanto a isto, Angolos.. 
- Vai querer discutir a infidelidade de minha esposa? 
- Claro que não. 
- Se descobriu quem era o amante dela... - No final, ela acabou se recusando a reconhecer sua culpa e a dizer o nome do amante. Apesar de Angolos saber quem era. - Saiba que não estou mais interessado. 
- Quem sabe não havia amante nenhum? 
As sobrancelhas escuras de Angolos se contorceram quando ele deu um sorriso revoltado. 
- Amante nenhum...? O que está querendo dizer? Que ela ficou grávida do Divino Espírito Santo? 
Paul levantou a mão. 
- Angolos, me escute. Sei que este tipo de quimioterapia à qual você se submeteu normalmente causa infertilidade, mas há exceções... Você não fez nenhum teste... 
- Não, como também não passei pela orientação psico­lógica, que, pelo jeito, queria me fazer ficar contente por ser menos homem. 
- Sim, você na época deixou bem claro o que achava da orientação psicológica. 
- Não se pode alterar o que acontece, apenas aceitar. 
- Terrivelmente fatalista. 
- Nós, gregos, somos fatalistas. 
- Você é a pessoa menos fatalista que já conhecia na vida. E, às vezes, conversar ajuda... Mas não vim aqui para dis­cutir os benefícios de conversar para desabafar. 
- Você vai me dizer o que tem para dizer ou não vai? 
- O garoto é seu. 
O rosto de Angolos foi tomado por um espasmo de raiva. Paul observou, alarmado, o amigo respirar fundo várias vezes e dizer, com voz bastante controlada: 
- Até você, Paul? 
- Você vai querer acabar comigo, eu sei, mas tenho de dizer mesmo assim. O garoto, Angolos, é você sem tirar nem pôr. E não estou dizendo que ele é parecido, ele é sua répli­ca em miniatura. Não há qualquer sombra de dúvida: Nicky é seu filho. 
- Isso é alguma piada, Paul? 
- Tenho um senso de humor negro, Angolos, mas não sou cruel. Se não acredita em mim, sugiro que confira por si mesmo. 
- Não vou embarcar nesta fantasia. 
- Eles estão na casa de praia. 
- Não tenho intenção de ir a lugar nenhum atrás dessa mulher. 
- Bem, isto é contigo, mas se eu fosse você... 
Os olhos de Angolos cintilaram. 
- Mas não é. Você tem uma esposa à sua espera em casa, você vai segurar seu filho nos braços logo... - Ele viu o choque no rosto do amigo, e pior ainda, a compaixão que apareceu em sua expressão. - A verdade, Paul - acrescentou Angolos em tom mais moderado -, é que eu o invejo. Nun­ca menospreze o que você tem."


***


"Georgie parou na porta do escritório. Angolos olhava pela janela. Ela não pôde deixar de perceber que ele es­tava tenso. 
- Que surpresa! Não esperava por você agora. 
- Claro que não. 
No momento em que ele abriu a boca, Georgie teve certeza de que havia algo errado. Quando ele virou, a ex­pressão em seu rosto só confirmou. 
- O que houve? As reuniões de trabalho não foram boas? 
- Eu as cancelei. 
Ela arregalou os olhos. Angolos lhe dissera que eram reuniões muito importantes. 
- Por quê? 
- Porque não agüentava ficar longe de minha adorada esposa. 
- Não precisa me dizer se não quiser. Só estava tentando ser solidária. Não precisa ser sarcástico. 
- Onde você esteve... Ou será que não devo perguntar? A pergunta e o jeito dela trouxeram perplexidade ao rosto dela. 
- Claro que pode perguntar. Precisa ficar pisando em ovos assim? 
Ele arqueou uma sobrancelha e olhou para ela com raiva. 
- Estou sublimando... O que eu quero mesmo é apertar esse seu pescoço infiel. 
Georgie não pôde acreditar naquilo. 
- Não faço a mais vaga idéia do que você está dizendo, mas sei que já estou farta disto - disse ela, levantando-se. - E de você. 
- Não me dê as costas quando eu estiver falando. Ela se virou de novo. 
- Você não está falando, está gritando comigo. Está irritado e está sendo terrivelmente desagradável. Mas, falando comigo, você não está. - Ela levou a mão à cabeça, num gesto de extremo cansaço. - Posso lhe dizer algo engraçado? Quando vi seu carro fiquei animada, feliz. - E parou de falar, odiando ouvir a própria voz embargada. 
- Então, ele não ligou para você? Achei que ele iria... 
- Ele...? 
- Theos! Posso agir como idiota quando se trata de você, Georgette, mas não lhe aconselho a me tratar como idiota. 
- Não faço idéia do que você está falando - reclamou ela. 
- Estou falando - começou Angolos a dizer, aproximando-se lentamente dela como se fosse uma pantera prestes a dar o bote em sua presa - da visita que fiz ao seu apartamento. 
- Você foi ao meu apartamento? 
Angolos a observou e viu surpresa, mas nenhum traço de culpa em seu rosto. 
- Você é melhor atriz do que eu pensava. 
- Imagino que isto não seja um elogio... Ele não respondeu. 
- Por que você foi ao meu apartamento? 
- Eu fui porque uma pessoa que se dizia seu senhorio telefonou dizendo que ainda havia coisas suas lá e que você havia prometido levar tudo hoje... mas porque eu fui lá não importa. 
- Hoje? Ele me deu até o final da semana! - exclamou, indignada. - Desculpe lhe incomodar. Alan vai levar tudo para mim. 
Ele lançou-lhe um olhar hostil. 
- Foi o que ele me disse. 
- Ele estava lá? 
- Ah, sim... Estava. 
Georgie suspirou. 
- Imagino que as coisas tenham ficado estranhas, não? Angolos levantou as sobrancelhas. 
- Estranhas? 
- Bem, você nunca gostou dele... 
- E isto lhe surpreende? 
- Não muito. Mas eu gostaria que você se esforçasse um pouco. Na verdade, ainda bem que ele estava lá, ou você não teria entrado. Você não tem a chave. 
- Devo admitir que ainda não tinha pensando em como sou sortudo. 
- Por favor, não fique assim. Eu tive um dia pesado. 
- O meu não foi nenhuma maravilha. 
- Quer falar sobre isso? 
A tentativa de Georgie de ser uma esposa compreensiva foi recebida com tamanha hostilidade que ela chegou a se encolher. 
- Devo entender isto como não, certo? Alan deixou recado? 
- Não! - A voz dele soou como se fosse um tiro de revólver. - Ele não deixou recado, e não espere ouvir falar dele tão cedo, a não ser que ele seja mais idiota do que eu penso. 
- Você foi horroroso com o Alan, não é? Agora vou ter que ligar para ele e pedir desculpas. 
- Pedir desculpas? - repetiu Angolos, incrédulo. - Pedir desculpas por mim? - Encarou-a com revolta. - Você não vai pedir desculpas por mim. Aliás, você não vai falar com aquele homem de novo. Nem vai vê-lo mais. Deixei bem claro para o seu... Alan, que, se ele se aproximar de você novamente, vou quebrá-lo inteirinho. 
- Você o quê? Ficou maluco? 
- Há boas chances de eu ter ficado maluco. Estou malu­co porque me casei com você, e estou maluco por não ter quebrado o pescoço dele. Entretanto, acho que o desgraçado entendeu o recado. Ele sabe o que vou fazer se ele se apro­ximar de você de novo. 
Georgie ficou pálida de raiva e choque. 
- Ah, pelo amor de Deus! - ela estava literalmente tremen­do de tão aviltada ao se aproximar de Angolos. - Você acha que vou me deixar intimidar por este tipo de coisa? - Ela es­petou o dedo no peito dele. - Porque lhe garanto que você não me intimida. Você só está mostrando o brutamontes que é. Como ousa tratar meu amigo assim? E quem você pensa que é para determinar quem pode e quem não pode ser meu ami­go...? - Georgie fechou os olhos e balançou a cabeça. - E eu que pensei que isto poderia dar certo... 
- O que mais me ofende é que você pôs meu filho em contato com aquele homem! 
- Contato? Nicky conhece Alan desde sempre. Alan é ótimo para ele. - Compreendendo, enfim, ela o encarou atônita. - En­tão é esse o problema, não é? Achei que você fosse um monte de coisas, porém nunca achei que você fosse homofóbico. Bem, eu não me importo com seus preconceitos, mas não vou deixar você transmiti-los a Nicky. Para seu governo, Alan tem sido um bom amigo há anos e não vai deixar de ser só porque você é um babaca asqueroso - terminou ela, quase sem fôlego, 
Angolos não reagiu de imediato, Não fez nada. Nem piscou. 
- O que você falou? - perguntou, enfim, com voz tensa. 
- Não lembro - respondeu, arrasada e trêmula. - Homofóbico? 
- Vai negar, agora? 
- Claro que vou, droga! 
- É mesmo? Então me dê outra razão para agir desse modo. 
Ao ver que ele não respondia, Georgie percebeu que ele estava assustadoramente tenso, com o corpo retesado. 
- Você está bem? 
Sem dizer nada, ele caminhou até a escrivaninha e abriu a agenda em uma página em branco, para a qual ficou olhan­do até dizer: 
- Achei que ele fosse seu amante."

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