sábado, 25 de maio de 2013

Maratona de Banca 2013 - Abril 2: Refém da Paixão - Sara Craven

Maratona de Banca 2013 - Abril Reserva

Autora Reserva: Sara Craven
Livro: Refém da Paixão

Título Original:
The Virgin Wedding Night
Copyright © 2007 by Sara Craven

Protagonistas:
Roan Zandros e Harriet Flint

Sinopse:

Procura-se um noivo...
Harriet Flint precisa se casar antes de completar 25 anos se quiser receber sua herança: Gracemead, a imensa propriedade onde foi criada por seu avô. Após vários candidatos, sua última esperança é Roan Zandros, um pintor grego arrogante e sedutor que decide aceitar um casamento de "mentirinha"... durante algum tempo.

Mas nem tudo é o que parece ser ...
Roan, na verdade, tem outros planos. Após a consumação do casamento. Harriet descobre que ele não é o artista pobretão que aparentava ser, e que o dinheiro não era sua motivação para se casar.
Agora, Roan tem Harriet sob seu poder. E, como seu legítimo esposo, ele exigirá todos os seus direitos de marido... e amante!


Resenha:

A história desse livro, me lembrou muito, uma novela venezuelana que assisti a pouco tempo e que amei! "Un Esposo para Estela". Nela, a protagonista também coloca um anúncio no jornal procurando um marido, para poder receber uma herança. O mocinho também é herdeiro de uma cadeia de hotéis internacionais e também, se apresenta para ela, como pobretão, sem dizer quem é na verdade. Mas as semelhanças acabam por aí. Primeiro: Na novela, eu AMEI a mocinha. No livro, achei ela arrogante demais. Por mais traumas que tivesse, até a minha paciência, ela tirou. Segundo: o desenrolar do romance na novela foi muito mais fofo. No livro, foi uma verdadeira batalha de vontades. Ela, doida para estar com ele, mas batendo pezinho e ele querendo estar com ela, mas querendo que ela o procure primeiro. A verdade é que eles passaram boa parte do livro separados e isso me irrita um pouco. Imagina, se você arruma um marido, ainda que de conveniência, grego, lindo de morrer, você não ia usá-lo para sua conveniência? Pois é, a Harriet, não. Ficou fazendo doce. Ganhou minha antipatia eterna. Dei Bom.

Ponto Alto:

Uma hora depois, seca e perfumada, vestiu um de seus pijamas de seda de cor pêssego e começou a pentear os cabelos, curtindo a sensação deliciosa do tecido sobre os braços enquanto fazia o movimento lento e ritmado da escovação.

Finalmente se sentia relaxada.
Ouviu o barulho de uma porta abrindo e fechando, não muito longe dali. Só podia ser o vizinho, pensou. E surpreendeu-se ao perceber que o ruído vinha de um local perto demais para o seu gosto.
Por um instante, ficou imóvel, mal conseguindo respirar, afirmando para si mesma que aquilo era fruto da própria imaginação, que era impossível que aquela fosse a porta do seu apartamento, pois sempre a trancava ao chegar em casa.
Arrependeu-se de não ter um aparelho de telefone no quarto. O celular tinha ficado na bolsa, que estava na sala.
Não, não tinha com que se preocupar, tranqüilizou-se. O porteiro nunca deixaria que alguém entrasse sem antes interfonar avisando. E George era um brutamontes que havia servido na Marinha por muitos anos. Os últimos acontecimentos a estavam deixando tensa e paranóica, só podia ser isso.
Respirou fundou e deixou de lado a escova. Foi na ponta dos pés até a sala, só para certificar-se de que sua mente estava lhe pregando peças.
Lá, parou petrificada, quase sufocou com falta de ar que sentiu como se alguém a estrangulasse.
- Kalispera, Harriet mou - Roan Zandros disse suavemente e sorriu. Estava no centro da sala, ainda vestido com a roupa com que havia aparecido no cartório. Apenas não usava a gravata.
- O que está fazendo aqui? -Apesar do susto conseguiu falar de forma fria e controlada. As pernas tremiam tanto que quase teve o impulso de se apoiar em algum lugar para recobrar o equilíbrio.
- Onde mais deveria estar? - Ele soltou a bolsa que carregava em um dos ombros no sofá e, em seguida, o terno. Os olhos escuros a desafiavam:
- Acabamos de nos casar, esqueceu?
- Como conseguiu entrar aqui?
- O porteiro me deu a cópia. Fiquei de devolver amanhã de manhã.
O significado daquelas palavras deixou Harriet arrepiada. Aquilo não podia estar acontecendo. Ele não estava ali, invadindo sua privacidade, seu espaço... e vendo-a apenas com um tecido de seda transparente sobre o corpo.
Algo que não passou despercebido por ele, que passeava lentamente o olhar por todo o corpo de Harriet, dos pés descalços à cabeça. Seu sorriso alargou-se.
Ela não podia perder tempo preocupando-se com o a vestimenta. O importante era ser firme e manter a dignidade, para expulsá-lo de sua casa.
- Isso para mim é novidade.
- O quê? Que há uma cópia das chaves da sua casa?
- Não, que George tenha dado as chaves para um estranho. Ele pode perder o emprego por causa disso.
- Por possibilitar a união de um homem com sua esposa na noite de núpcias? - Ele fez que não com a cabeça. - Não creio.
De repente a garganta de Harriet ficou seca.
- Não me importa, quero que devolva as chaves para ele. E vá embora.
- Sinto muito, mas hoje quem dá as cartas sou eu. Não saio daqui até amanhã.
- Se está querendo bancar o engraçadinho, desista, porque a brincadeira é de muito mau gosto. Agora, pela última vez, saia daqui.
- Não estou brincando. - Roan retirou a gravata. -Nem vou embora.
Os olhares se encontraram. O dele era frio e intransigente. O dela, indignado.
- Porque estou aqui para consumar o casamento. Vim reivindicar o que é meu por direito, agapi mou. - Ele então suavizou o tom. - Uma das poucas coisas boas que sobraram desse contrato rigoroso que me fez assinar. - Fez uma pausa. - E da qual faço questão de tirar todo o proveito.
As palavras deixaram Harriet atônita. Conseguiu falar com dificuldade, pois a voz lhe falhava:
- Você só pode ter perdido a razão. Nosso acordo especificava que não viveríamos juntos. Sabia disso e aceitou.
Ele respondeu gentilmente:
- Concordei que não dividiríamos o mesmo teto. Mas se fazia questão de me negar seu corpo, deveria ter explicitado isso. Como não o fez, Harriet mou, não estou quebrando nem promessa nem contrato.
Por isso, havia passado tantas horas no escritório de Isabel, concluiu ela, revisando cada vírgula do contrato. Estava procurando uma brecha, um jeito de conseguir se vingar dela.
Idiota, imbecil, xingava-se mentalmente. Como pôde ignorar algo tão simples? Nunca lhe havia ocorrido a possibilidade de que ele desejasse...
- Isso é ridículo. Deixei bem claro que nunca tive a intenção de ser sua noiva neste sentido.
- No entanto, nunca levou em consideração que essa fosse minha única intenção. - Ele fez uma pausa para que ela digerisse suas palavras. - Mas não tenho planos de me mudar para cá de vez, Harriet mou - disse maliciosamente, olhando ao redor as paredes vazias, a madeira pálida e os móveis pretos.
- Acho o ambiente clean demais para o meu gosto. Por isso, pretendo passar apenas a noite.
Retirou as abotoadeiras e começou a desabotoar a camisa, sorrindo para ela.
- Espero que a sua cama seja mais atrativa que a sala. Estou ansioso para descobrir.


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