terça-feira, 31 de outubro de 2017

Aliança do Desejo - Carol Marinelli

Título Original:
Italian Boss, Ruthless Revenge
Copyright © 2008 by Carol Marinelli


Protagonistas:
Lazzaro Ranaldi e Caitlyn Bell
Sinopse:

O bilionário italiano Lazzaro Ranaldi elege as mulheres da mesma forma que escolhe seus carros: elas devem ser esbeltas, sexies e facilmente substituíveis por um modelo mais novo. No entanto, há algo de tentador em Caitlyn... Ele acredita que ela não seja tão inocente quanto parece, e não será feito de tolo. Lazzaro se vingará... expulsando-a de seu coração... e lhe impondo sua aliança!


Resenha: 

A primeira coisa que eu preciso dizer nesta resenha é que a sinopse acima, apesar de oficial, não tem muito a ver com o livro. Lazzaro é sim, um milionário, mas em nenhum momento da história ele é mostrado com um playboy fútil que troca de carros ou mulheres como quem troca de roupa. Ao contrário, ele é bastante disciplinado e focado no trabalho. E ele não lhe impõe aliança alguma. Na verdade, ele não lhe impõe nada. Eles se rendem uma atração que sentiram desde o primeiro minuto que se conheceram, mas existe muita água que rola por baixo dessa ponte. Lazzaro perdeu o irmão gêmeo num acidente horrível e se sente extremamente culpado, a ponto de não conseguir encarar o restante de sua família sem sofrer. E sofre calado. Não se perdoa de jeito nenhum. Esse é seu grande trauma. Mas cabe dizer, que Lucca, o irmão gêmeo, não era flor que se cheirasse, mas Lazzaro amava demais o irmão e assumiu culpas que na verdade não lhe pertenciam. Somente Caitlyn, com seu imenso amor consegue enxergar isso e falar a verdade bem na sua cara. Que o irmão não era nenhum santo e não é porque morreu que Lazzaro deveria esquecer dos problemas que ele causava. Eu gostei muito da Caitlyn. Apesar dessa atração louca que ela sentia pelo Lazzaro, leia-se amor, ela conseguiu sempre ser bastante centrada, menos quando ele se aproximava e chegava a menos de dois passos dela, aí então, ela perdia toda a sensatez. Acho que até eu. Cabe dizer, para as meninas que curtem, que Lazzaro tem uma cicatriz no rosto, causada no dia da morte do irmão. Eu não vou entrar muito em detalhes dessa parte, porque é realmente o grande enredo que move o livro. O dia da morte de Lucca. Eu gostei bastante da história e o casal tinha muita química. Teve até epílogo. Dei 4 estrelinhas.

Caitlyn conheceu Lazzaro enquanto era estagiária em um de seus hotéis. Eles se sentem bastante atraídos um pelo outro e ele lhe dá até mesmo uma carona pra casa, porém algo acontece que os afasta. Anos depois, Caitlyn trabalha de camareira para terminar seus estudos quando sofre uma tentativa de abuso sexual por parte do cunhado de Lazzaro e ao pedir demissão, Lazzaro resolve fazer dela sua assistente. Em meio a proximidade e viagens, eles se rendem a atração que sempre sentiram um pelo outro e acabam se tornando amantes. Mas Lazzaro é caliente na cama e frio durante o dia. Caitlyn não sabe bem o que pensar, mas não consegue resistir a tentação, quando ele se aproxima. - mas até que não dá raiva. Caitlyn não é nenhuma tonta - Já Lazzaro, apesar de enlouquecidamente atraído por ela, sabe que ela guarda um segredo sujo - na cabeça dele, porque não era nada demais, mas o trauma que ele tem não o ajuda a ver as coisas assim -  e não consegue se entregar de todo. Lágrimas e sofrimento estão no cardápio. Preciso dizer que a cena onde eles tem a briga "final" e ela quase é estuprada pelo cunhado nojento, considerei bastante forte. Mexeu comigo.

Pontos Altos:

Usando apenas a calça, e mesmo assim sem abotoar o botão, molhado do banho, enxugando o queixo recém-barbeado, o normalmente impecável Lazzaro! Embora ela não ousasse olhar, ele era, certamente, uma beleza estonteante, exótica. A pele escura, morena, que até então Caitlyn só vis­lumbrara pelo colarinho ou pelas mangas arregaçadas, estava exposta. 
— Estou atrasado... — O cabelo úmido caiu na testa e o cheiro almiscarado da colônia de barbear misturada à pele úmida quase a asfixiou quando ele passou por ela. Mas não era a colônia pós-barba que lhe apertava a garganta, prendendo o ar em seus pulmões, e sim o homem em si. — Café? 
Uma pergunta simples, desnecessária, praticamente, já que graças à cafeína conseguira se manter de pé a semana anterior. Mas, embora Caitlyn tivesse tomado mais café com ele do que pudesse contar, tudo agora parecia diferente, por estar na casa dele e ele preparar o café. 
— Café? — Ele franziu a testa diante da mudez dela, do aceno hesitante, encabulado. Depois virou as costas, o que não ajudou muito. 
Enfiou as unhas na palma da mão quando, ele se esticou e abriu o armário superior, o simples movimento permitindo-lhe vislumbrar os músculos definidos. Ela realmente torcia para que ele se vestisse, torcia para que pudessem dar início trabalho. 
Pois com Lazzaro seminu na cozinha seu raciocínio flutuava como folhas ao vento, e ela só esperava que ele não pegasse três xícaras e que a visita dele não fosse se unir a eles ou, pior ainda, que Lazzaro não fosse levar para ela o café. 
Sorte da mulher que acordasse com ele... 
As folhas presas num redemoinho, os pensamentos voaram. Sonhava com o paraíso: aquele rosto normalmente inescrutável sorrindo para ela com ternura depois de acordar e em seguida sentindo aquela boca grossa acordando-a com um beijo lento. 
— Tome... 
Diferente da sua, a mão dele estava absolutamente firme ao entregar-lhe a xícara de café, ao oferecer-lhe uma visão frontal do peito dele, e ela não conseguia tirar os olhos dele, simplesmente não podia. Sentou-se num banco na cozinha e engoliu em seco quando ele se inclinou sobre ela e colocou um banco ao seu lado, oferecendo-lhe uma generosa visão das axilas ao espreguiçar. Havia lido em algum lugar que as mulheres não deveriam raspar aquela parte do corpo, que o cabelo debaixo do braço era carregado de fragrâncias capazes de deixar um amante zonzo. 
Não importava quem tivesse escrito isso, a pessoa deveria estar certa, pois independente de Lazzaro ter ou não acabado de tomar banho, algo animal acontecia. Sua cabeça girava quando o ar entre eles pareceu parar. O mamilo dele estava próximo a seu rosto e ela teve vontade de lambê-lo. Pensamentos tórridos, desconhecidos a invadiam — pensamentos íntimos. Esta era a manhã deles. Ela mergulhou em seus devaneios e deu-lhes um toque elaborado. Assim seriam todas as manhãs... 

Céus, ela era maravilhosa. Um feixe de nervos, talvez, mas absolutamente, absolutamente maravilhosa. 
A última semana tinha sido difícil ao extremo: Lazzaro esperando que ela cometesse um erro, esperando que ela se entregasse e revelasse seu verdadeiro caráter. Só que até hoje ela tinha sido uma brisa de ar puro entrando e saindo de sua sala com seu sorriso largo, encantando todos os colegas e, principalmente, o chefe! Sem dúvida, desempenhava bem sua função. Na verdade, seria extremamente eficiente tão logo aprendesse mais alguns detalhes básicos. 
Por vezes, na verdade, se esquecia de quem ela era... 
Em momentos como este, a rigor esquecia que ela era pri­ma de Roxanne. Lazzaro viu as mãos dela no colo, os joe­lhos balançando e teve vontade de pará-los. Queria prender as pernas dela entre suas coxas, queria apossar-se daquela boca e prová-la. Por que ele não conseguiu se sentir assim a noite passada? Mandy, ou seria Mindy?, falara sem parar. Por mais linda que fosse, nem se dera ao trabalho de calá-la com um beijo, nem se excitara, o que para ele era extrema­mente preocupante. Excitar-se em qualquer ocasião nunca fora um problema, exceto na noite anterior. Motivo pelo qual pedira ao motorista para levar Mandy para casa. Depois de um rápido drinque, ele alegara cansaço. 
Contudo, não estava cansado agora, na verdade estava bem desperto. O ar, pesado de excitação; o calor saindo de sua boca o aquecia. A respiração dos dois se misturava. Ele percebia como a curva de seus seios subia e descia ra­pidamente e parecia que os dois tinham se beijado. Ele po­dia ver a língua dela passando pelo lábio superior. Ambos em silêncio, ambos se fitando, ambos sentindo — sentindo algo impossível de negar —, essa onda de energia que fluía entre eles vez por outra. Um gelo que raramente precisava ser quebrado... 
— Podemos subir? Acabar de vez com...? — Com voz baixa e rouca, os olhos sorriam para os dela. 
Se alguém, em alguma circunstância, dissesse isso, ela morreria. Mas, em vez disso, riu, agradecida por ele ter percebido, feito uma brincadeira, permitindo que ela também agisse assim. 
— Acho que não posso andar assim o dia todo... seria ex­tremamente constrangedor! 
— Bem, melhor se acostumar — censurou-o. — Chequei sua agenda e, certamente, não há tempo para essas bobagens. De qualquer forma, acabei de me maquilar. 
Ele riu e, surpreendentemente, ela não estava mais rubo­rizada. Na verdade, percebeu Caitlyn, estava flertando. Ela, Caitlyn Bell, a última virgem da face da Terra, a menos ex­periente sedutora viva, na verdade provocava o homem mais sexy do mundo. E até que se saía bem, percebeu, quando ele a tentou um pouco mais, e demonstrou arrependimento quando ele sorriu e se afastou. 
— Que pena! 
Agora ela podia pegar a xícara e dar um gole. 
— Que pena! — ele repetiu. — Teria sido maravilhoso, você sabe.

***

— Caitlyn, não transei com Bonita. Nunca faria isso. Acredite em mim. 
— Bonita não é o problema. — Lágrimas em profusão escorriam-lhe pelo rosto. Sentiu-se pateticamente agradecida quando ele pegou uma caixa de lenços de papel e a estendeu para ela. — Não consigo me acostumar a seu jeito, Lazzaro. Uma hora você é afetuoso, em seguida frio. Não compreendo por que algumas vezes parece me odiar. 
— Olha, podemos começar do começo? —A voz normal­mente serena, falava rápido, interrompendo-a. — Podemos esquecer tudo que passou e começar de movo? 
— Podemos? — Ela realmente não tinha certeza. 
— Eu posso — afirmou Lazzaro. 
— E não vai me odiar novamente de manhã? 
— Nunca odiei você — confessou. — Como posso odiá-la quando tudo que faço é desejar você? 
Mas não era o bastante. Ela sabia, mas não podia mais fazer perguntas, pois a boca de Lazzaro estava na sua e era, com certeza, mais doce do que a verdade. 
A boca devorava-a — a sofreguidão igualando-se à dela —, e a terra tremeu quando ele se aproximou mais. Ela ouviu o zíper do vestido quando ele o desceu, o arrepio de frio nas costas, e preparou-se para sentir a mão dele em suas nádegas. Naquele instante, ela o teria perdoado por ir direto ao ponto, mas ele não o fez. Cada centímetro, cada espaço foi acariciado com tamanha habilidade que sua calcinha estava encharcada quando, finalmente, ele desabotoou-lhe o sutiã. Mas, em vez de tirar a parte de cima do vestido, de despi-la, ele abaixou a cabeça e beijou-a por cima do vestido e da renda do sutiã, os dentes mordiscando-lhe a aréola, seu vestido que exigia lavagem a seco, nem seco nem limpo enquanto ele continuava. As mãos gulosas puxaram as alças do vestido e milhares de pedrinhas de vidro cascatearam pelo chão, esmagadas pelos pés apressados em se verem livres das roupas. Mas não havia tempo. Caitlyn gemia de desejo por ter o sedento mamilo na boca de Lazzaro, e se ele não o tivesse feito, ela imploraria. 
Doeu. 
Mas foi uma dor deliciosa, quando a boca repuxou-lhe o mamilo, esticando-o. Ainda com o mamilo entre os lábios, sorriu para ela e voltou a sugar, de um jeito indecente, até Caitlyn gemer, a mão tentando tirar-lhe o cinto, a calça. Um desejo havia sito satisfeito, mas ela queria mais, enquanto ele ainda a sugava, e ela tentava ver livre de coisas sem impor­tância para alcançar o que realmente importava. 
Ela estava nua da cintura para cima e ardia da cintura para baixo, mas mesmo assim ele concentrou-se nos seios, enquanto lhe descia a calcinha. Como a cama estava longe demais, usaram a penteadeira, o espelho frio contra as cos­tas, a superfície dura sob as nádegas. 
Mas, definitivamente, o prazer compensava o desconfor­to os espelhos em ângulo permitiam infindáveis visões de seu corpo. Recostou a cabeça em seu ombro. Observou o reflexo dos corpos, viu os braços retesarem-se quando ele deslizou para dentro dela, viu as próprias pernas enrascadas em sua cintura e o puxou para mais perto. Viu a marca das mãos dela no bumbum. 
— Lazzaro... — Deixara de olhar o espelho; lambia, mor­dia o ombro salgado, cerrando os lábios ao tentar se segurar. 
Mas, felizmente, ele não demorou. Investiu com força e ela se agarrou a ele, e já não sabia se as batidas eram de alguém no quarto ao lado ou do espelho contra a parede, e não importava onde estavam quando ele arqueou o corpo. Não sabia como, mas ele penetrou-a ainda mais fundo... Não sabia como ele conseguia extrair dela mais do que imaginava ser capaz de dar.

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