segunda-feira, 14 de maio de 2018

Laços do Passado - Chantelle Shaw - Atados Pelo Desejo 2

Título Original:
Trapped By Vialli´s Vows
Copyright © 2016 by Chantelle Shaw

Protagonistas:
Leandro Vialli e Marnie Clarke
Sinopse:

Marnie Clarke fica horrorizada ao descobrir que Leandro Vialli considera o caso que tiveram um sórdido segredo. Com o coração partido, ela decide fugir… grávida. Agora, para assegurar o seu legado, Leandro precisa convencer Marnie a ficar a seu lado. A oportunidade perfeita surge quando ela perde a memória em um acidente. Convencê-la de que eles estavam noivos não foi difícil. Porém, antes que Leandro pudesse dizer “eu aceito”, Marnie volta a se lembrar de tudo!


Resenha:

Eu costumo gostar de ogros. Bastante. Mas olha, do Leandro, eu não consegui de jeito nenhum. Eu o achei um homem totalmente desprovido de sentimentos, que faz a Marnie de gato e sapato e o pior é que ela, de certa forma, deixa. Tudo por causa da atração irresistível que essas mocinhas tem com esses mocinhos, que basta eles darem um olhar mais ardente, ou tocá-las e elas caem moles na cama. Que nervoso que me dá! Leandro é exatamente desse tipo. Aquele tipo que quando não quer conversar, apela para o sexo. Irritante. Eles moravam juntos, mas não sabem absolutamente nada da vida um do outro. Como assim? Ele não fazia ideia que ela frequentava uma faculdade. E ela não fazia ideia e nem nunca questionou onde ele ia quando passava um final de semana por mês sozinho em Paris. Eu achei esse tipo de relacionamento surreal.De verdade. Não me imagino morando com alguém e só fazendo sexo, por um ano inteirinho, sem ter qualquer tipo de conversa mais pessoal. Complicado. Da Marnie, por outro lado, eu gostei bastante. Adorei o fato de ela ser super inteligente e ter conseguido um estágio na NASA. Sim, senhores. Na NASA. Amei que ela não estava, no fim das contas, disposta a perder a oportunidade de carreira fantástica que recebeu, pelo "caso" com o Leandro. Ou a falta dele. Devo dizer que o Leandro foi um cretino na forma que agiu em relação a perda de memória dela. Bem, ele é um cretino em vários momentos. Ele só a via mesmo como um objeto sexual até ele finalmente perceber que a amava e isso me deu muita agonia. O livro é bom, mas eu criei um ranço irremediável por ele e não consegui apreciar tanto a leitura. Pelo enredo que era muito bom, eu dei quatro estrelas.

Marnie conheceu Leandro quando trabalhava como garçonete para poder pagar sua faculdade de astronomia. Coisa que ele não fazia ideia. Ele sempre achou que ela era uma simples garçonete e a tratava "diferente" por causa disso. Eles moram juntos, mas não sabem nada da vida pessoal do outro. Ele sempre faz questão de deixar claro que ela é apenas amante dele e que jamais se casaria com ela, com isso, ela decide aceitar seu estágio na Califórnia, eles se separam, mas ela acaba descobrindo que está grávida e acaba perdendo a memória. Assim, ele elabora uma trama para se casar com ela e não perder o seu filho.


Pontos Altos:

Determinado a provar que estava no controle, ele a possuiu com ferocidade, até
que ela atingiu o clímax sussurrando seu nome, curvando os dedos em seus ombros,
enquanto o corpo tremia com a força da liberação. Leandro esperou que ela se
acalmasse, então a rolou de bruços e penetrou-a novamente, satisfação o preenchendo
quando ela enterrou o rosto nos travesseiros para abafar os gritos no momento que teve
um segundo orgasmo.
Somente então ele se permitiu liberar seu próprio orgasmo. Jogou a cabeça para
trás e não pôde conter um gemido de êxtase.
Depois, quando Marnie estava aconchegada em seus braços e ele lhe acariciava
os cabelos, Leandro assegurou-se de que seu orgasmo fora tão intenso porque ele se
obrigara a esperar. Provara que o que tinha com Marnie não era especial... era apenas
sexo muito bom.
Satisfeito com sua avaliação, ele levantou-se e foi para o banheiro. Voltando ao
quarto alguns minutos depois, Leandro tirou um pacote de sua pasta e entregou-lhe.
— Abra-o — instruiu ele, quando ela pareceu surpresa. — É um presente.
O coração de Marnie alegrou-se. Leandro atrasadamente se lembrara do
aniversário de namoro deles? — Ela removeu o papel e olhou para o livro, intitulado
Observação de Estrelas para Iniciantes.
— Lembro-me de você ter mencionado, quando estávamos no iate na França, que
tinha interesse em estrelas e planetas, e pensei que pudesse achar o livro útil — disse ele
casualmente.
Marnie tentou não se sentir desapontada que Leandro não lhe dera um presente
mais pessoal. Um livro não era muito romântico, e ele não mencionara o aniversário de
namoro deles, mas disse a si mesma que ele escolhera o presente que acreditara que ela
gostaria.
— O livro é ótimo, obrigada.
Ela saiu da cama e vestiu um roupão, antes de andar para a penteadeira e pegar
sua escova de cabelo. Sentia-se nervosa. Parecia rude explicar que ela lera um livro
similar sobre astronomia, quando tinha 15 anos, o qual a inspirara a obter seu diploma no
assunto. Todavia, não poderia continuar adiando contar-lhe sobre a oferta de estágio na
NASA que recebera.
Respirou fundo.
— Leandro, nós precisamos conversar.
— Humm? — Ele estava checando mensagens no celular e deu-lhe um olhar
breve. — O casamento da sua prima foi bom?
— Sim, foi lindo. — Marnie se permitiu ser distraída da conversa que precisava ter
com ele. — Meus tios ficaram desapontados que você não compareceu. Tia Susan nos
convidou para visitá-los em setembro. Ela também nos ofereceu a casa de praia deles, e
pensei que pudéssemos ficar lá por um fim de semana.
— Infelizmente, é impossível. Eu estarei em Florença no próximo mês inteiro.
Ela o olhou.
— Você não me disse que vai viajar de novo.
Ele deu de ombros.
— Tenho uma agenda cheia. Não posso atualizá-la de todas as minhas viagens de
negócios.
— É uma viagem de negócios, então? — Marnie ouviu o tom desconfiado em sua
própria voz e reconheceu que soava como sua mãe.
Leandro estreitou os olhos, mostrando que estava irritado com suas perguntas.
— É claro que é uma viagem de negócios. Eu recentemente comprei um teatro
abandonado lá e pretendo supervisionar o trabalho de renovação.
Leandro andou para onde Marnie estava sentada, diante da penteadeira, e abriu as
laterais do seu roupão. Abaixando a cabeça, traçou os lábios sobre seu colo.
— Quero que você vá para Florença comigo.
— Quer dizer, que eu o visite enquanto você estiver lá?
— Não, quero que more lá comigo. A casa é muito linda. Quando criança, eu passei
muitos momentos felizes lá, com minha mãe e meus avós.
Aquelas poucas semanas que ele passara em Florença, todos os verões, longe de
seu pai rígido e do apartamento sem alma de Nova York, eram as memórias mais felizes
de sua infância, pensou Leandro. Ele nunca levara uma namorada à casa com a qual
tinha tantos elos emocionais, mas estava confiante de que não ultrapassaria os limites do
caso deles, se a levasse para Villa Collina. A alternativa seria perder tempo viajando nos
fins de semana entre Florença e Londres para visitá-la.
Marnie pareceu incerta, e ele adivinhou o motivo.
— Entendo que talvez você não consiga um mês de folga no seu emprego no bar,
mas venho pensando que seria melhor se você não trabalhasse, em absoluto. Seria
conveniente se você pudesse viajar comigo.
— Conveniente? — repetiu Marnie. Leandro parecia querer aprofundar o
relacionamento deles e estava lhe pedindo para acompanhá-lo em suas viagens a
negócios. Como ele reagiria à notícia?, imaginou ela, desejando que tivesse sido mais
aberta com ele.
— Eu não posso ir a Florença com você, mas não é por causa do meu emprego
como garçonete. Na verdade, eu já pedi demissão no bar.
Leandro arqueou as sobrancelhas.
— Qual é o problema, então?
— Eu... recebi uma oferta num programa de estágio em pós-graduação, para
estudar astrofísica no centro de pesquisa da NASA, na Califórnia. Isso significa que eu
terei de morar na América pelos próximos nove meses.

***

Enquanto o silêncio se estendia entre eles, o tic-tac do relógio parecia
ensurdecedor.
Leandro olhava-a com expressão atônita.
— Não tenho certeza se entendi. Por que a NASA estaria interessada numa
garçonete?
O orgulho de Marnie foi ferido.
— Eu só trabalho meio período como garçonete. No resto da semana, faço
faculdade. Recebi o resultado dos meus exames enquanto você estava em Nova York e
descobri que ganhei notas honrosas em astrofísica.
— Parabéns, então — disse Leandro. — Eu não tinha ideia de que você estava
fazendo faculdade. Por que manteve segredo disso?
— Eu não sabia se passaria nos exames finais, e se eu tivesse fracassado... pelo
menos, somente eu saberia.
Ela engasgou, sentindo-se tímida ao revelar uma parte de si mesma que vinha
escondendo de Leandro, porque seu sonho era tão importante que ela temia que ele não
entendesse.
— Todos para quem eu contei sobre meu desejo de ter uma carreira em astronomia
disseram que eu não teria chance. Minha mãe falou que eu deveria estudar para um
trabalho “adequado”, e nem os professores na escola acreditaram que eu era inteligente o
bastante para ir à universidade. Eu era considerada “estranha”, porque era a única garota
que gostava das aulas de ciências.
— Eu ainda acho estranho você ter escondido uma parte tão importante da sua
vida de mim.
Marnie disse a si mesma que Leandro não estava magoado. Como poderia estar,
quando ele estabelecera as regras do relacionamento deles e desencorajara conversas
sobre suas vidas pessoais? Ele sempre mantivera distância emocional.
— Eu não sou a única que guardo segredos. Você nunca me contou o motivo de
suas viagens frequentes a Paris.
— Não tenho obrigação de lhe dar uma explicação — replicou ele, com uma
arrogância que a irritou. A foto no jornal de Leandro com Stephanie ainda a perturbava.
— Alguns dias atrás, nós completamos um ano de namoro — disse Marnie,
trêmula. — O fato de estarmos juntos por um ano não me dá o direito de perguntar por
que você passa um fim de semana por mês em Paris... e com quem?
As palavras saíram antes que ela pudesse contê-las. Em sua cabeça, Marnie ouviu
sua mãe acusando seu pai de infidelidade, e refreou-se de questioná-lo sobre a modelo
francesa.
— O direito? — repetiu ele perigosamente. — Se você fosse minha esposa, eu lhe
daria o direito de me questionar, mas não é e nunca será minha esposa. Você é minha
amante.
As palavras foram como um golpe na alma de Marnie. Ela levantou-se e virou-se
para encará-lo.
— Eu não sou sua amante.
Ele franziu o cenho.
— É claro que é. Você mora de graça na minha casa...
— Eu lhe disse diversas vezes que deveria me mudar, mas você pôs defeito em
todos os apartamentos que encontrei, insistindo que eu deveria ficar na sua casa até
achar um lugar adequado.
— Não acredito que você queria morar em nenhum daqueles lugares precários que
me mostrou.
— Eu não posso pagar nada melhor. E, embora eu não pague aluguel para morar
aqui, sempre me sustentei. Certo, comi os jantares que sua governanta preparou, mas
contribuo com as despesas da casa, comprando meus próprios mantimentos... assim
como as vodcas para seus martinis e seu favorito caviar russo.
— E quanto ao vestido de grife que você usou na festa?
Leandro raramente verificava as despesas da casa. Estava desconcertado ao
saber que Marnie contribuía com tais custos. Sua amante anterior ficara feliz que ele
pagara tudo, e ele não entendia por que Marnie queria ser diferente.
— Eu paguei pelo vestido com minhas economias, e sempre paguei por minhas
roupas e itens pessoais com o salário que recebia no bar. Nunca usei o cartão de crédito
que você me deu. Não quero perder minha independência. Isso traria uma mudança
fundamental no nosso relacionamento.
— Nosso relacionamento? Não estamos num relacionamento.
Marnie encolheu-se, magoada pelo tom gelado dele.
— Como você chama o que temos, então?
— Você é minha amante e, por diversos meses, nós temos apreciado um caso
sexual. Em algum momento, esse caso vai acabar, e iremos seguir para o próximo
capítulo de nossas vidas.
A cor drenou do rosto dela.

Classificação:









Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...