domingo, 8 de abril de 2012

Herdeiros do Desejo - Chantelle Shaw

Título Original:
The Spanish Duke´s Virgin Bride
Copyright © 2007 by Chantelle Shaw

Protagonistas:
Javier Herrera e Grace Beresford

Sinopse:


Um homem com coração de ferro...

O duque Javier Herrera é um impiedoso bilionário es­panhol. Ele aprendeu da forma mais difícil a jamais se apaixonar. Agora, precisa se casar se quiser herdar o banco da família.

... e uma chance de realizar sua vingança...

Grace Beresford é a filha de um homem que lhe deu um prejuízo de milhões. É a oportunidade perfeita para Javier se vingar e conseguir uma esposa que lhe convenha.

Vingança, paixão... e um casamento de conveniência!

Não importa que Grace o odeie. Tudo que ele quer é seu corpo. Ainda que o rejeite, conseguirá ela resistir a seus instintos e se contentar em ser sua esposa apenas no papel?


Resenha:

Primeiramente, quero desejar a todos uma Feliz Páscoa! Que não esqueçamos o verdadeiro significado que é a ressurreição do nosso Cristo!

Mas, voltando ao livrinho, devo confessar que este espanhol mandão me encantou. Ele me fez virar a madrugada lendo, porque simplesmente, não conseguia parar! Eu não sei se vocês sabem, mas os espanhóis são os meus favoritos. Claro, que amo os gregos e os italianos também, mas não sei, livrinhos com espanhóis mexem comigo. E o Javier não foi diferente. No começo, achei ele assustador. Imagina, soltar o cachorro em cima da pobre Grace, com o risco da coitada cair de um precipício e depois ainda chamar a polícia... mas depois... depois.. ahhhh - suspira alto  *-* - ele fica tudo de bom! Um charme, carente e apaixonado. Imagina um homem enormemente arrogante colhendo rosas e se machucando com os espinhos só para te agradar. Grace, que sortuda! Estava no lugar certo, na hora certa. 

Javier precisa se casar para herdar o banco da família, que já era seu por direito, mas segundo o testamento do avô, ele só herdaria com essa linda cláusula. Grace está desesperada, porque seu pai desviou milhões do banco de Javier e procura-o para pedir que ele retire a denúncia contra seu pai, que encontra-se muito doente, em troca de que ela trabalhe para quitar a dívida. Piada, né? O próprio Javier aponta para ela que ela precisaria trabalhar a vida toda para pagar uma dívida de aproximadamente 3 milhões. Mas, é aí que eu digo que a Grace estava no lugar certo, na hora certa, pois o tempo está se esgotando e ele tem que arrumar um noiva. Tcha-ram! O que vocês acham que acontece? Ele propõe que ela se case com ele em troca do perdão da dívida! Que castigo mais aterrorizante, não? Ainda mais com um marido lindo, rico, atencioso, que passa a te tratar apaixonadamente, mesmo sem perceber e que ainda é capaz de abrir mão do banco da família, que era seu maior desejo inicial, por você! Realmente! Pobre Grace! hahaha..  Só me irritou, e ao mesmo tempo, não, o fato de a Grace relutar tanto para se entregar, porém, achei os motivos dela válidos. O problema é que como todo bom romance, nós queremos ver isso acontecer. Créditos para Javier!

Ponto Alto:

**Desculpem! É um mega spoiler, mas não posso deixar de colocar!**

Grace saiu do banheiro e parou de repente, ao ver Javier sentado na beira da cama. Ele perdera peso, notou Com um arrepio. O rosto estava mais fino, com profundas marcas ao redor da boca, mas ainda era o homem mais belo que ela conhecera, e seu coração acelerou.
Ele a tratara com muita gentileza nas últimas se­manas. Ela estava convencida de que, sob a fria re­serva, havia um coração caloroso. Apesar do modo como o tratara, com extrema desconfiança, jamais a culpara pela perda do bebê. Talvez ele não achasse necessário, já que ela se culpava. Soubera que es­tava grávida de modo tão repentino que não tivera tempo de aceitar aquela gravidez antes que sua feli­cidade fosse por água abaixo. Chorara até sentir que seu coração iria explodir, pela perda do pequenino que carregara tão pouco tempo. Mas, nas últimas noites, suas lágrimas eram de desespero, ao encarar o fato de que Javier jamais a amaria.
Ele a olhou de relance, enquanto ela se aproxi­mava, antes de dirigir a atenção para as fotografias espalhadas sobre a cama.
— Presumo que a mulher na cadeira de rodas é sua mãe — disse ele com calma, olhando o sorriso sereno da mulher que legara a Grace sua delicada beleza. — Eu não sabia que ela não andava.
Grace balançou a cabeça e pegou uma das fotos.
— Infelizmente, mamãe perdeu o uso das pernas logo no início da doença. Os tubos de alimentação e de oxigênio foram colocados no final, mas mesmo durante seus piores momentos ela jamais deixou de sorrir — disse ela, com a voz cheia de orgulho e amor pela mãe.
— Você cuidava dela em casa?
— Sim. No início meu pai e eu cuidávamos dela. Mais tarde, quando a dor ficou muito intensa, ele contratou enfermeiras. Era caro, assim como as via­gens até Lurdes e outros lugares do mundo, onde as promessas de cura milagrosa eram tudo a que ele podia se agarrar. Nada funcionou, claro — disse ela com tristeza. — Ele a amava tanto que faria qual­quer coisa para salvá-la... Inclusive roubar de você. Apesar de tudo o que aconteceu, não o culpo. Ela era o amor da vida dele, mas não espero que você compreenda.
— Você acha que, porque jamais experimentei o amor, não sou capaz de reconhecê-lo e respeitá-lo nos outros? — perguntou Javier secamente.
Ela o olhou surpresa.
— Uma vez você me disse que não acreditava no amor.
Javier enrubesceu.
— Dios, eu disse um monte de bobagens... Você vai jogar tudo de volta na minha cara? Qualquer um que visse estas fotos perceberia o amor entre eles. Seu pai deve ter ficado arrasado com a morte de sua mãe. Se eu a tivesse escutado da primeira vez em que a vi, talvez entendesse os motivos do que ele fez e sentisse simpatia, em lugar de me vingar amargamente, forçando você a casar comigo.
O rosto dele se contorceu, e Grace quase cho­rou ao ver a profundidade de sentimentos em seus olhos.
— Não foi isso que aconteceu — sussurrou ela. — Eu tinha uma escolha, e escolhi casar com você.
Javier olhou para a foto, e a entregou a Grace.
— Você só aceitou minha proposta por amor a seu pai. Não era o que você queria. A felicidade do casamento deles é um modelo para o seu futuro, mas o que eu lhe dei? Um frio contrato de negó­cios... E a exigência que você fizesse promessas tão importantes para você, sabendo que estaria mentin­do. Eu vi seu rosto na capela, Grace. Sei como lhe doeu dizer aquelas palavras para mim, e não para o homem que você amava e com quem viveria o resto da vida — ele se aproximou da lareira e ficou olhando as chamas. — Resolvi que você deve voltar para a Inglaterra — disse ele de repente, quebran­do o silêncio entre os dois. — Você está tão pálida e triste... Precisa passar algum tempo com pessoas que a amem.
— Entendo — Grace sentiu uma pontada de dor, mas não queria demonstrar o quanto ele a magoa­ra. Não podia estar mais claro que ele nada sentia por ela, pensou enxugando as lágrimas. Provavel­mente estava farto de vê-la chorar o tempo todo. Mordeu os lábios até sangrarem e falou sem emo­ção:
— Quando você quer que eu vá embora?
— Quando você preferir... Amanhã, se quiser — a indiferença dele era uma faca em seu peito, e ela abafou um soluço. — Grace... Quero que você saiba que os meses em que você esteve aqui no castillo foram os mais felizes de minha vida... Exceto as últimas semanas, que foram o inferno — disse ele em voz baixa.
Javier ainda olhava o fogo, evitando encará-la, mas aquela declaração foi demais para Grace.
— Nesse caso, por que está me mandando embo­ra? — perguntou ela aproximando-se. — Ainda faltam quase quatro meses para acabar nosso contrato, e estou preparada para cumpri-lo. Pensei que precisava de mim aqui, para convencer o conselho do banco que não é mais um playboy, e sim um homem casado e feliz.
Por um instante ele nada disse e simplesmente entrelaçou os dedos nos cabelos dela e os soltou.
— Pedi demissão do meu cargo no banco Herrera e abri mão de todos os direitos sobre ele. A partir de agora meu primo Lorenzo Perez tem o controle total.
— Mas... — Grace engasgou, e ele colocou um dedo no queixo dela e fechou-lhe a boca. — O banco é tudo para você, a coisa mais importante no mundo — na ansiedade de compreender, ela agarrou-o pela camisa. — Você não deve desistir agora, quando está tão perto de ocupar seu lugar de direito no ban­co — ela fechou os olhos quando compreendeu o que acontecia. — É por isso que está me mandando de volta à Inglaterra, não é? Não pode esperar mais quatro meses para pedir o divórcio. Deve me odiar muito para se dispor a perder seu legado em vez de ficar casado comigo por mais alguns meses — disse ela roucamente, engasgada pelas lágrimas.
— Claro que não odeio você! — negou ele furio­so. Pegou-a pelos ombros e forçou-a a encará-lo. O olhar dele ficou mais suave ao ver a dor nos olhos dela. — Como pode pensar tal coisa?
— Foi por minha culpa que perdi o bebê — so­luçou Grace. — Se tivesse acreditado em você, em vez de ouvir as mentiras de Lucita, eu ainda estaria grávida do nosso filho.
— Um filho que você acreditava que eu queria apenas para cumprir as exigências do testamento de meu avô — ele deu uma risada seca. — Nem eu não sou tão cruel assim, tesoro, mas saber que você me achou capaz de tal crueldade é prova do que pensa de mim. Depois do modo como a tratei, mereço seu desprezo.
O rosto dele era uma máscara impenetrável, en­quanto lutava para manter o controle de seus senti­mentos. Haveria tempo suficiente, depois que ela partisse, para lidar com o desespero que o invadia.
— Não chore mais, Grace — pediu ele, puxando-a sobre o peito e sentindo as lágrimas encharcarem sua camisa. — É hora de acabar com essa loucura. Você está livre para ir para casa, encontrar seu pai. Tem minha palavra de que Angus está livre de um processo. Se eu estivesse no lugar dele, observando impotente o sofrimento da mulher amada, teria feito a mesma coisa — confessou em voz tão baixa, que Grace teve de se agarrar nele para ouvir. — Eu o perdôo, tesoro, e só posso desejar que um dia você possa me perdoar pelo modo como a magoei.
— Você nunca me magoou... Pelo menos, não de propósito — disse Grace com firmeza, encostando o rosto no peito de Javier e ouvindo as batidas de seu coração.
Fechou os olhos e absorveu a força dele. Ela po­deria ficar assim para sempre, mas era provável que o estivesse aborrecendo, reconheceu. Sabia que ele odiava demonstrações de afeto. Respirou fundo e se afastou um pouco, para encará-lo. Ficara comovida ao ouvi-lo admitir que compreendia seu pai, e era sua vez de ser honesta com ele. Durante toda a vida, ele pensara ter alguma falha. A mãe dele afirmara que era impossível amá-lo, e não era surpresa que ele construísse um muro de proteção em torno do co­ração. O orgulho a impelira a negar seus sentimentos por ele, e, cruelmente, deixara que ele acreditasse que ela jamais poderia amá-lo. Ele estava tão errado!
— Não é culpa sua se você não me ama — mur­murou ela, olhando-o de cabeça erguida. — Você deixou claro desde o começo que jamais me ama­ria, e é minha culpa que a idéia de deixar você... de nunca mais vê-lo... me deixe de coração partido — ela ignorou o olhar de descrença nos olhos dele e continuou, enquanto tinha coragem. — Não acre­dito que você seja frio e sem coração, Javier. Você tem coração, e tem tanto amor dentro de si quanto qualquer outro homem... Talvez mais... Mas sua in­fância o ensinou a reprimir seus sentimentos, e eles estão trancados dentro de você, esperando pela mu­lher que tenha a chave para libertá-los.
De repente, ela não pôde mais prosseguir e se virou de costas, com as lágrimas escorrendo pelo rosto.
— Eu queria ser essa mulher, porque amo você com todo o meu coração. Você estava certo quan­do adivinhou por que o procurei em Madri. Eu não pude resistir... Mas jamais teria dormido com você se não o amasse.
— Então, por que está me deixando? — numa frustrada agonia, Javier obrigou-a a se virar para ele e a sacudiu, antes de prendê-la junto ao peito. — Dios. Quando abri a porta do carro e a vi caída sobre o volante... — um tremor o percorreu, e ele fechou os olhos e engoliu as lágrimas.
A última vez que chorara tinha oito anos e estava escondido sob a carroça da mãe, depois que ela o trancou do lado de fora, sozinho e faminto. Des­de então ele aprendera a controlar suas emoções, um mecanismo de defesa contra a dor. Entretanto, Grace podia ver o fundo de sua alma, derrubara suas defesas uma por uma e o deixara exposto e vulnerável. A lembrança daqueles minutos após o acidente, ao pensar que a perdera, era intolerável, e ele enterrou o rosto nos cabelos dela, deixando que as lágrimas rolassem.
— A minha vida inteira fugi do amor, até que achei ser imune a ele — disse ele roucamente beijando-a no rosto e no pescoço. — Mas eu amo você, Grace... De uma forma que jamais pensei ser pos­sível amar outra pessoa. — ele entrelaçou os dedos nos cabelos dela e puxou-lhe o rosto, até que seus olhos se encontraram.
A emoção que ela viu nos olhos cor de âmbar fez com que ela se perguntasse como acreditara que ele era frio. Era como se ele estivesse compensando todos os anos em que reprimira seus sentimentos, e quando ela notou as lágrimas nos olhos dele, sen­tiu vontade de chorar, pelo menino solitário que ele fora.
Colocando-se na ponta dos pés, ela agarrou o ros­to de Javier e o beijou com todo o amor que havia escondido por tanto tempo, e sentiu que ele hesitou, antes de mover os lábios sobre os dela com suave reverência, lenta e docemente, numa carícia que a fez tremer.

Classificação:






7 comentários:

Grê disse...

Vi a avaliação que vc fez, e comecei a ler sua resenha... mas vc me empolgou tanto... que vou começar a ler agora... (ajuda um pouco a protagonista ter o mesmo nome que euzinha!).... acho que nunca li livro com personagem espanhol... vc me deixou curiosa... já já te conto o que achei! (aproveitando que cheguei cedo da faculdade!, vou ler =P)
bjuuu

Grê disse...

Lu!!!... Demorei pra escrever aqui.... pois bem... sabe que horas fui dormir??? 3h30! Se gostei do livroooo;.... SIM!SIMSIMSIMSIMSIM!... Adorei!. Amei... chorei *-* eu colocaria 5 estrelinhas hen!!!

Luciana Miranda disse...

Amigaaa! Que bom que vc gostou tbem!!! Viu, só, como o livro prende?!

hahahaha..

Bjks!

Apaixonada por Romances disse...

Boa Noite, Lu!

Eu adoro um espanhol e todos elas (pelo menos nos livros) são mandões, hein!

Beijos
Luciana(✿◠‿◠)
♪♥ Apaixonada por Romances♥ ♪

Luciana Miranda disse...

kkkkkkk.. Eu adoooooro, Lu! =)

thaila oliveira disse...

Menina que livro que parece bom, amo os espanhois eles são tão mandões e apaixonantes

Unknown disse...

Adorei sua resenha e pode confiar porque essa autora é boa demais. Já li vários livros dela e lembro que gostei de quase todos. Aliás te indico dela "Um amor grego", "Segredos perigosos" e "Paixão perigosa".
Mas quem quer ler este, http://portugues.free-ebooks.net/ebook/Herdeiros-do-Desejo

de nada! (:

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