segunda-feira, 25 de maio de 2015

Legado & Paixão - Dívida Paga Com Paixão - Dani Collins

Título Original: 
A Debt Paid in Passion 
Copyright © 2014 by Dani Collins

Protagonistas:
Raoul Zesiger e Sirena Abbott

Sinopse:

O relacionamento profissional entre Raoul e Sirena muda quando eles passam juntos uma noite apaixonada... até ele descobrir que Sirena o roubara! Raoul quer o dinheiro de volta. Mas o que acontecerá quando a verdade por trás do furto for revelada?


Resenha:

Terminei de ler este livro agorinha! Confesso que não havia lido nada desta autora ainda, mas a sinopse é do meu tipo e eu me interessei. Eu gostei da narrativa dela, apesar de achar alguns diálogos um pouco confusos. Eu não sei se é um problema dela ou da tradução, ou de possíveis cortes da Harlequin... Mas tudo bem! Tirando isso, eu gostei bastante! Me prendeu. Gostei do drama. Eu adoro um drama! A questão da mocinha ser presa, ter uma gravidez de risco e quase morrer ao dar a luz. Gostei do fato de quando ele soube da gravidez, não ter falado de casamento. Acho chato quando fica aquela guerra: "O mocinho quer fazer o correto e a mocinha diz não, porque ele só quer casar pelo filho". Acho isso um porre! No caso de Raoul e Sirena, ela foi morar com ele simplesmente pelo fato de ela ter ficado em coma após o parto e não ter condições de cuidar da bebê sozinha. Ali, eles desenvolvem uma convivência e o casamento acaba sendo uma consequência natural da coisa. Para mim, só ficou devendo umas ceninhas fofas com a bebê e um epílogo, que eu não vivo sem! Mas, RECOMENDO!

Sirena é assistente pessoal de Raoul e num momento de desespero, transfere dinheiro da conta pessoal dele, achando que conseguiria repor antes que ele percebesse. Nesse ínterim, eles acabam tendo uma tarde de paixão. Logo depois, ele descobre o roubo e fica achando que ela dormiu com ele, apenas para "distraí-lo" sobre o roubo. Não dá outra, ele manda prendê-la e após o julgamento, ele descobre que ela está grávida. Apesar de ela negar, a princípio, ele sabe que o bebê pode ser dele e quer o filho. Créditos para Raoul e Sirena. Adorei os dois.

Ponto Alto:

Uma senhora abordou Raoul na recepção do hospital. De óculos vermelhos, usava 
um pulôver tricotado à mão e o cabelo preso em uma trança grossa. Sua expressão era 
séria.
— Raoul? Eu sou Molly. — Ela estendeu a mão e sorriu tensa. — Sirena me disse 
que eu o reconheceria quando o visse. O bebê é uma menina. Amostras de sangue 
foram colhidas na sala de parto e os resultados devem chegar em alguns dias. — A 
mulher parecia preocupada e desconcertada. Talvez porque não quisesse dar a ele muitas esperanças. O bebê nascera, o 
momento em que tudo se esclareceria estava próximo. A rapidez do procedimento o 
surpreendeu. E mesmo surpreso e um pouco confuso, Raoul reconhecia sua vontade de 
conhecer a criança e descobrir se era dele.
Uma menina. Não tinha percebido o quanto desejava uma. E o parto ocorrera sem 
problemas. A ligação abrupta e a falta de detalhes o aborreciam, porém, mãe e filha 
estavam ótimas.
— Fico satisfeito em saber que passam bem — Fez um gesto para que a mulher apontasse o caminho para o quarto de Sirena e da Molly não se moveu.
— Os prematuros são sempre mais frágeis, mas o pediatra está confiante de que 
ela apresentará progressos. — Molly pareceu hesitar.
— E Sirena? — perguntou Raoul. Uma vozinha dentro da cabeça dele o avisou para que se preparasse para a resposta nem bem terminou de fazer a pergunta. Um medo inusitado tomou conta dele e se espalhou como se fosse veneno, uma coisa não desejada e que enrijecia seu corpo com negação e recusa, antes mesmo de saber o que Molly diria.
Os olhos de Molly se encheram de lágrimas.
— Eles estão fazendo tudo que podem.
Por um bom tempo, nada aconteceu.
Nenhum movimento, som, nada. Em seguida, vindo de longe, Raoul ouviu um suspiro rasgado, como se fosse um último sopro de vida.
Não. As palavras dela não faziam sentido.
— O que aconteceu?
— Pergunto-me se Sirena lhe contou sobre sua condição. Foi uma gravidez de 
risco desde o começo. Pressão alta, depois pré-eclâmpsia. Sirena estava conseguindo 
levar todos os problemas nas últimas semanas, tentando dar mais tempo ao bebê para 
que ele se desenvolvesse. Hoje não foi possível esperar mais sem colocar em risco a 
vida da mãe e da criança, e por isso os médicos induziram o parto. Depois de Sirena ter 
uma convulsão, optaram por uma cesariana. Ela perdeu muito sangue. Sinto muito. 
Posso ver que é duro para você ouvir isto.
Se era duro? Toda a sua força se esvaíra, deixando-o com frio e vazio. Sufocado 
pelo medo. A vida de Sirena estava por um fio e ela nem se preocupara em contar. Ela 
também poderia ter engolido uma cartela de comprimidos e se deixado ficar para ser 
encontrada por ele, quando Raoul voltasse da escola. De repente, tinha 9 anos de novo, 
mal compreendendo o que estava vendo, incapaz de conseguir qualquer resposta do 
corpo que ele chacoalhava com toda a sua força. Não chegara a tempo. Sentira-se 
impotente diante daquilo.
— Por que diabos ela não disse nada?
Molly balançou a cabeça, perplexa.
— Sirena não falou sobre o acordo de custódia, mas tive a impressão de que as 
coisas haviam se tornado um tanto hostis.
A ponto de esconder dele que sua vida estava em perigo?
— Não quero que ela morra! — A palavra saiu de forma irregular e inesperada. 
Raoul falou aquilo de todo o coração, olhando de um jeito para Molly que a fez 
estremecer.
— Ninguém quer — assegurou-lhe serenamente Molly, com a voz típica de quem 
está acostumada a lidar com vítimas. Era o mesmo tom prudente e distante que a 
assistente social tinha usado depois de examinar o corpo jovem do pai de Raoul.
— Leve-me até ela! — ordenou. Uma onda horrível de medo, como nunca sentira, 
tomou conta de seu corpo.
Queria correr, gritar por Sirena. Aquilo não era real. Não poderia ser.
— Não posso. Mas... bem, talvez possamos entrar no berçário.
Raoul forçou-se a caminhar, como se atravessasse uma parede gelatinosa, densa e 
sufocante, ao seguir Molly até a UTI neonatal. 
Ele era o responsável pelo estado atual de Sirena? Raoul realmente queria o bebê, 
mas a ideia de que aquela vida poderia custar outra o atormentava.
Aproximou-se da incubadora onde estava a menina, quase nua. Era um bebê 
pequeno, usava apenas uma fralda, bem maior do que ela. Havia fios conectados ao seu 
corpo frágil e seus lábios, cópia em miniatura da boca da mãe, estavam fechados na 
forma de um beijo.
Não conseguiu ver nada de seu na menina, embora a necessidade de cuidar e de 
proteger aquele bebê nascesse dentro dele. Colocando as mãos geladas no vidro 
quente da incubadora, implorou em silêncio para que a garotinha aguentasse firme. Era 
tudo que sobraria caso Sirena...
Recusou-se firmemente a continuar pensando naquela possibilidade. Em vez 
disso, empenhou-se em transmitir um pensamento profundo e imperativo através das 
paredes até o local desconhecido onde estava a mãe daquela criança. Aguente firme, 


Sirena. Aguente.

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