sexta-feira, 13 de julho de 2018

As Revelações do Desejo - Diana Hamilton

Título Original:
The Mediterranean Billionaire´s Secret Baby
Copyright © 2008 by Diana Hamilton

Protagonistas:
Francesco Mastroianni e Anna Maybury

Sinopse:

Quando o bilionário Francesco Mastroianni e Anna Maybury se conhecem em uma bela e deserta praia na Itália, a atração é imediata e o casal inicia um romance apaixonado. Mas o pai de Anna tenta exigir dinheiro em troca da mão da filha. Francesco acredita estar sendo vítima de aproveitadores e termina o relacionamento... Sete meses depois o casal se reencontra, e ele percebe que ela está grávida! Agora Francesco precisa descobrir se o bebê é seu herdeiro, pois, caso sua suspeita se confirme, Anna terá de ser sua esposa!


Resenha:

Gostosinho de ler, mas não foi espetacular. Quando a gente pega esse tipo sinopse, a gente acaba esperando bem mais e foi meio decepcionante. Achei que a autora - ou a edição - pulou cenas importantes da narrativa e a gente acaba ficando meio assim "ué, mas cadê? Já?", como foi o caso do parto e da conversa dele com o pai dela. O parto porque, como o Francesco ajudou e tal e ele estava afastado antes de o bebê nascer, mostrar esse momento seria imprescindível para nos aproximar dos protagonistas. Deram apenas uma pincelada e a gente não consegue sentir nada com o nascimento do bebê. O final também achei muito "do nada". E a intriga também não era forte o bastante para segurar o enredo o livro inteiro. E cadê a amiga Cissie que foi mencionada o livro inteiro, mas nunca apareceu? Nem no casamento. Enfim, pelo romance em si, a gente até gosta, mas esses detalhes deixaram a desejar. Dei três estrelinhas.

Anna vai passar as férias na Itália com sua amiga Cissie e ao procurar por paz e tranquilidade numa prainha deserta, acaba conhecendo o dono do local, sem saber quem ele é de verdade. Ambos sentem uma forte atração e se envolvem, ela achando que ele era apenas um simples pescador e ele acreditando que ela não sabia de sua origem rica. Porém, um mal-entendido, faz ele acreditar que ela está apenas interessada em seu dinheiro e eles se separam. Meses depois, ele a encontra prestes a dar a luz e quer assumir a responsabilidade pelo seu filho sem se envolver com a mãe dele.

Pontos Altos:

"No CAMINHO de volta, dirigindo a uma velocidade que antes evitara em deferência à
passageira ao lado, Francesco se maldisse por não ter exigido a identidade do pai da
criança.
Uma vez resolvido a fazer alguma coisa, ele não permitiria que nada o impedisse.
Seria inflexível, até implacável se fosse preciso. Foi obrigado a ser assim. Quando
assumiu o império comercial quase moribundo dos Mastroianni após a morte do pai, dez
anos atrás, ele o arrastara à força para o século XXI, uma tarefa que não era para fracos
e indecisos.
E quanto a ter piedade por tolos e safados, pode esquecer!
Então, por que não tinha se aproveitado quando ela pediu para usar o telefone? Por
que permitiu que ela evitasse responder à pergunta tão importante? Ninguém mais no
mundo teria conseguido se safar!
Ele devia tê-la forçado a responder. A oportunidade tinha sido ideal.
Só que...
Ela parecia tão vulnerável. Exausta. Molhada e desgrenhada como um gatinho semi-
afogado. A emoção básica dele tinha sido a fúria por uma mulher no estado dela ser
forçada a trabalhar como uma escrava para pessoas privilegiadas, que nada faziam
senão dar ordens e esperar que fossem obedecidas. Logo em seguida, sentira a
necessidade de levá-la para onde ela encontraria conforto e descanso.
Bufou, exasperado. Estava ficando velho, perdendo o jeito!
E quem diabos era Nick?"

***

"PARADO na entrada do terraço, Francesco sentiu um baque no peito. Nunca tinha
visto coisa mais linda. À sombra de uma árvore, a mãe inclinada carinhosamente para o
filho que brincava no colo dela.
Um lindo enigma. Inocente ou trapaceira? Desde a conversa com o advogado
naquela tarde, nada estava tão claro como antes.
Concentrando-se nas instruções para um acordo pré-nupcial inviolável, ele tinha
ficado atônito quando o advogado o informou de que a noiva tinha se recusado a assinar
o contrato de manutenção, agora desnecessário, até que a mesada tivesse sido muito
reduzida, bastando apenas para cobrir o mínimo essencial.
O advogado desculpou-se por não tê-lo informado sobre isso. Pareceu-lhe
desnecessário. Se a moça tivesse exigido mais dinheiro, então seria diferente. Aí teria
pedido instruções ao cliente.
O que se passava? Francesco franziu a testa ao ver o filho agarrar um punhado
daquele cabelo glorioso. Nunca tinha acreditado quando ela dizia não querer nada dele,
achando tudo fingimento para esconder o desejo dela de lhe tirar tudo o que pudesse, ou
então unia tentativa vã de convencê-lo de que, quando lhe jurava amor lá na ilha, não
tinha a menor noção de quem ele era. E isso não era verdade. Ontem mesmo ela disse
que viu um artigo sobre ele e uma das amantes no jornal.
Ele não tinha sido visto com nenhuma mulher desde que o pai dela, instigado por
ela?, fingindo reconhecê-lo pelos jornais financeiros, tinha lhe pedido uma bolada para
investir num esquema qualquer. Na opinião dele, estava claro que ela sabia muito bem
qual era sua situação financeira.
Então, qual era a jogada dela? Fingir desinteresse na fortuna dele a ponto de alterar
o contrato? Mesmo sabendo que isso chegaria ao conhecimento dele, e contando com a
certeza de que, após ver o filho, ele não quereria perdê-lo e ofereceria uma forma de
casamento como a maneira mais fácil de conseguir isso?
Esperta!
Com um ar cínico, ele se aproximou e, delicadamente, tirou o filho do colo dela, não
se importando com o susto que ela levou."

***

"Anna fechou os olhos por um instante, prendendo as lágrimas. Quando os abriu, deu
com Francesco entrando pela porta para onde se dirigiam. Alto e bonitão, muito elegante,
fazia Nick, em seu terno marrom barato, parecer um matuto. Num tom de ameaça,
Francesco observou:
- Que cena tocante. Mas preferia não ver minha noiva agarrada por um mecânico
cujos serviços não são necessários aqui.
Anna arquejou, indignada, mas Nick apenas sorriu, dizendo:
- Estou de saída, companheiro. Só passei para saber se a minha ajuda era
necessária. E como não é... - Beijou Anna de leve na face e foi rapidamente para a porta,
que Francesco mantinha aberta ostensivamente. Bastante consciente da presença de um
macho intimidante e enraivecido, Nick saiu às pressas, deixando atrás dele um silêncio
fervilhante.
- Está com ciúmes! -Anna estava tonta de espanto. Nick devia ter percebido isso
também, daí o sorriso enorme, a reação brincalhona ao macho furioso.
Ela nunca, nunca, tinha visto Francesco, sempre arrogante e controlado, tão
perturbado. Ele bateu a porta com força desnecessária e virou-se para ela.
- Eu? Com ciúmes? - Como se tal idéia fosse inimaginável.
O rosto dele se afogueou quando ela comentou:
- Então por que foi tão grosseiro com ele? - Só um ciúme abrasador poderia fazê-lo
perder a classe impassível, e as implicações disso deixaram-na bamba.
A boca bonita dele endureceu, mas havia um brilho febril nos olhos quando Anna
continuou.
- O coitado só passou por aqui para dar um alô e me trazer flores. - Ela sabia que
isso o deixaria ainda mais perturbado. Porque Francesco não era de ter gestos
românticos. Exceto logo que o conheceu, quando ele tinha colhido flores silvestres para
enfeitar os cabelos dela. Porém, ela imediatamente botou essa lembrança de lado,
concentrando-se no aqui e agora.
- O "coitado" - ele imitou o tom dela - teve sorte de eu não lhe partir a cara. - O corpo
se retesou com o desejo que teve de arrebentar o sujeito, porque olhando para ela, para
aqueles cabelos gloriosos emoldurando o rosto corado, para aquele corpo delicioso
vestido em tons de verde que faziam sobressair a profundidade esmeraldina dos olhos
lindos, ele viu a confirmação do que já sabia: que nenhum homem poderia olhar para ela
sem ter vontade de levá-la para a cama.
- Você vai ser minha esposa. É a mãe do meu filho - disse Francesco com fúria
reprimida. - Não me agrada chegar em casa e encontrar minha futura esposa abraçada a
um imbecil qualquer.
Ele segurou a mão levantada dela, antes que lhe atingisse o rosto, e ouviu um grito
irado.
- Nick não é um imbecil. Você é um esnobe revoltante! Ele é o mais gentil e melhor
amigo que alguém poderia ter. Vale por uma dúzia de você!
- Quantas vezes já dormiu com ele? - Francesco perguntou friamente, com olhos
ameaçadores.
-Nunca! -Anna tentou, inutilmente, livrar o pulso. -Não ando dormindo com ninguém
por aí. Era virgem quando nos conhecemos, sabe disso!
- E depois? Depois que nos separamos? - Ele arquejava, reprimindo a onda de
desejo que sempre o inundava guando estava perto dela, forçando-o a verbalizar as
dúvidas cínicas que o atormentavam. - Quando descobriu que estava grávida, talvez?
Conseguiu fisgá-lo como uma saída, caso falhassem seus planos de me apresentar um
filho de carne e osso e conseguir uni belo pagamento de minha parte?
Anna empalideceu. Não sabia como podia continuar a amá-lo, no entanto,
continuava. E ele achava que ela era uma trapaceira monstruosa. O futuro era um
pesadelo. Lágrimas incontroláveis brilhavam nos olhos dela, e protestou com voz débil.
- Como pode pensar isso de mim?"

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