segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Esposa Decidida - Lynne Graham

Título Original:
Christakis´s Rebellious Wife
Copyright © 2014 by Lynne Graham


Protagonistas:
Nik Christakis e Betsy Christakis

Sinopse:


Nove meses para salvar seu casamento!

Nik Christakis já tinha sido seu príncipe encantado. O indecentemente rico e belo magnata havia tirado Betsy de sua vida simples de garçonete e feito o inimaginável casou-se com ela! Mas a vida de casada não era bem o que ela fantasiava. Enquanto sua mão deslizava sobre os papeis do divórcio, Betsy viu algo nos olhos de seu marido... Um lampejo do homem pelo qual ela havia se apaixonado. Quando esse encontro termina em uma paixão impetuosa, Betsy se depara com duas consequências bastante inesperadas e que irão uni-la para sempre ao homem que estava determinada a esquecer.


Resenha:

Mais uma vez, eu escolho um livrinho para ler, de forma aleatória, baseada no resumo e caio diretinho no meio de uma série ou trilogia. E dificilmente, eu começo pelos primeiros.. rsrsrs.. Nesse caso, este é o segundo livro da trilogia Heranças do Poder da Lynne Graham e eu adorei. Claro que, como não poderia deixar de ser num livrinho da Lynne, nós começamos sentindo vontade de esganar o mocinho, de tão frio e arrogante que ele é. Fiquei com muita raiva quando durante a reunião de conciliação do divórcio, a advogada dele humilhou a Betsy devido a sua dislexia. Menos mal, que ele também se sentiu mal e mandou que ela parasse. Aí é quando começamos realmente a conhecer mais profundamente e amar Nik Christakis. Ele é um homem complexo, que só conhece dinheiro e poder e fica possesso, por Betsy saber exatamente seu ponto franco e pedir no processo de divórcio, metade de todos os seus bens. Mas ela não o faz por ganância. Ela o faz por despeito porque sabe que isso é a única coisa que pode realmente mexer com ele. Eu adorei a Betsy! Adorei quando ela explodiu e jogou todas as verdades na cara do Nik, na casa do irmão dele. Foi lindo de ver! Eu queria gritar! Hahahahahaha.. Eu não quero falar muito mais para não dar spoiler, mas eu super recomendo. Agora, vou começar o primeiro livro da trilogia, pois fiquei curiosa sobre um fato ocorrido quase no fim do livro, envolvendo Cristo e Betsy e quero entender melhor. Dei 4 estrelinhas.

Betsy e Nik se conhecem quando ela era garçonete em um café. Ela nunca imaginaria que um dia ele a pediria em casamento, mas assim foi. Eles se casaram, mas depois do casamento Nik só dá atenção aos negócios e sentindo-se muito sozinha, Betsy decide que quer ter um filho, coisa que Nik nunca desejou. Ele havia feito uma vasectomia e nunca contou para esposa. Enquanto isso, Betsy seguia tentando e tentando engravidar, causando um desgaste no casamento, sem Nik falar a verdade, até que sem querer, seu irmão lhe conta sobre a vasectomia e seu mundo vem abaixo. Ela o expulsa de casa e pede o divórcio, mas durante um "remember" e sem saber novamente que ele havia revertido a vasectomia, engravida. É quando Nik decide que quer manter o seu casamento e quer sua esposa de volta.

Trilogia Heranças do Poder:

- Noiva Rebelde - Belle e Cristo
- Esposa Decidida - Betsy e Nik
- Por um Ano Apenas - Ella e Zarif

Ponto Alto:

"– Ah, antes que eu me esqueça, você está convocada para vir à minha festa de aniversário, na sexta-feira da próxima semana. Eu até lhe arranjei uma carona... 
– Uma carona? – perguntou Betsy, surpresa. 
– Chris Morrison. Ele mora perto de você e disse que seria um prazer trazê-la. Assim, você não precisa passar a noite aqui, porque ele a levará de volta para casa – declarou Belle alegremente. 
– Eu dei a ele o número do seu telefone para vocês poderem combinar o horário. 
– Quem é ele? – perguntou Betsy, franzindo as sobrancelhas, e, percebendo que Belle a deixara sem saída, não poderia arrumar uma desculpa para não vir. Mas sua revolta momentânea por se sentir manipulada evaporou quando ela se imaginou ficando todas as noites em casa, sozinha e deprimida. Nik não estava deprimido. Seu futuro ex costumava sair com belezas da alta sociedade, levando-as a clubes, galerias de arte, teatros. Realmente, Nik, que mal saía com ela depois de se casarem, tornara-se um homem extremamente visado, e o seu sucesso era mapeado através da trilha de fotografias reveladoras que saíam nas colunas de fofocas e nas brilhantes páginas das revistas. 

Do outro lado do corredor, saindo do escritório de Cristo, onde aquecera o frio crescente que sentia no peito com algumas doses de uísque, Nik parou de repente ao ouvir o som inesperado da voz de Betsy. Bastou dar uma olhada para o irmão para perceber que, mesmo sendo tolerante, Cristo ficara tenso ao constatar que a romântica Belle já estava arranjando encontros para a ainda legalmente casada ex-esposa de Nik. E, ainda por cima, com um mulherengo como Chris Morrison! Só Betsy poderia estar perguntando quem ele era! Um dos banqueiros mais ricos da cidade! Diavelos! Os olhos de Nik brilhavam como duas esmeraldas enquanto ele tentava controlar a onda de raiva, porque, por pior que se sentisse, não poderia estrangular a esposa do irmão. 
– Ah, os rapazes também estavam conversando... – Belle brincou, sem se deixar abalar pelo encontro constrangedor. – Não é emocionante? 
– Betsy... – Cristo deu um sorriso constrangido, que dizia a Betsy que Nik lhe contara tudo. Ela se perguntou se Cristo teria percebido a honra que recebera, porque Nik era uma das pessoas mais reservadas que ela já conhecera. Betsy criou coragem para olhar para Nik. O impacto de vê-lo ali, parado, com a cabeça erguida arrogantemente e os ombros largos esticados, atingiu-a com a violência de um raio. O nível de estresse que ela atingira quando estivera no seu escritório a protegera contra o seu magnetismo sexual. Repentinamente, ela se sentia exposta aos elementos e revivia os momentos de paixão do encontro que tinham tido semanas antes. Lembrou-se da sensação de tê-lo dentro do seu corpo, da sensibilidade enlouquecida e incontrolável de todos os seus nervos e da excitação que a dominara. Ela sentiu o calor subir da sua pélvis, espalhar-se por seus seios e lhe queimar o rosto. Mas, por detrás daquela reação indesejada, havia uma raiva e um ressentimento que Betsy sempre reprimira, porque, quando criança, haviam lhe ensinado que tais sensações eram destrutivas, baixas e indesejáveis. 
– Betsy não precisa pegar carona com Morrison – declarou Nik, irritado. – Como eu também virei à festa, providenciarei para que ela tenha transporte. 

Betsy não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Nik falava como se ela fosse um caixote que precisava ser despachado. Ou uma propriedade pessoal que ele tivesse o direito de movimentar de acordo com a sua vontade. E isso, vindo de um homem que a enganara, abandonara, e que estava com pressa de se divorciar dela! Repentina e inesperadamente, uma fúria que ela jamais sentira se espalhou pelo seu corpo delicado como se fosse uma onda de lava incandescente, e ela se aproximou de Nik com os olhos azuis soltando faíscas. 
– Como você ousa...? – exclamou ela com o rosto vermelho de indignação, cutucando o peito dele com o dedo. – Como você tem coragem de achar que tem o direito de providenciar alguma coisa para mim? 
Surpreso com o ataque, Nik olhou perplexo para ela. Betsy era a pessoa mais conciliadora que ele conhecia e nunca demonstrara um pingo de agressividade, mas, agora, o enfrentava como se fosse uma guerreira em miniatura. 
– Eu... 
– Cale-se... Eu não quero ouvir a sua voz! – Betsy contra-atacou, jogando a cabeça para trás porque se recusava a fitar o peito de Nik, e era difícil manter contato visual com ele, que era muito mais alto. – Eu não quero ouvir nada que você tenha a me dizer! Você não é meu dono e não tem nada a ver com o que eu faço, para onde vou ou com quem vou! Na semana passada, você estava agarrado com uma loura exuberante em uma festa qualquer em Nova York. Eu não me meti e não disse nada. Por que não? Porque não era da minha conta! A minha vida também não é mais da sua conta! – completou ela, dando uma última cutucada no peito dele. – Você compreendeu, Nik? Ou será preciso que eu escreva em linguagem comercial para que você entenda isso? 
– Chega – advertiu Nik com o rosto contraído por debaixo do tom vermelho da sua pele. – O que houve com você? – perguntou ele, admirado com a ousadia que ela tivera ao atacá-lo. 
– Você me fez explodir, Nik... Literal e metaforicamente. Você foi um marido egoísta e ruim e saiu da minha vida de modo ainda pior... 
Cristo escancarou a porta do seu escritório e fez um gesto de convite quase cômico. 
– Você e Nik podem conversar lá dentro... 
– Mas eu não perderia um minuto desta briga tão animada – confessou Belle sem a menor vergonha. – Dá-lhe, garota! 
Nik trincou os dentes. 
– Você está grávida – disse ele secamente para Betsy. – Evidentemente, não vai querer ser forçada a sair com outro homem... 
– Por que a gravidez iria me impedir? E quem disse que eu estaria sendo forçada? – perguntou Betsy tão furiosa quanto começara, porque os vários pecados e omissões de Nik se acumulavam dentro de sua cabeça. Ela puxou o braço quando ele tentou segurá-la e levá-la para dentro do escritório. – Se você me tocar com um dedo, eu o acuso de agressão... 
– Você não vai brigar comigo publicamente na casa do meu irmão! – protestou Nik com veemência e com os olhos verdes tão cheios de raiva, que eles brilhavam como duas pedras preciosas. 
– Tudo bem. Eu não estava planejando ficar e gastar a minha saliva com uma causa perdida. – Ela encarou o olhar irado de Nik com uma coragem que o surpreendeu. – Mas nunca mais ouse me dizer o que fazer! Arranje outra pessoa para se submeter à sua mania de controle... Você não é mais meu marido. Eu passei três anos tentando ser a melhor esposa que podia, me submetendo às suas exigências e expectativas e tentando me encaixar no seu mundo. Graças a Deus, não preciso mais fazer isso! – declarou ela, sentindo uma sensação de liberdade enquanto se encaminhava para a porta da frente. 
– Você ainda está casada – lembrou-a Nik com teimosia, olhando-a como se pudesse prendê-la com a força do seu olhar. Betsy se virou rígida de raiva ao ouvir a declaração provocativa, pronta para começar o segundo round da briga. 
– É mesmo? Por onde você andou durante os últimos oito meses? Ah, sim: ocupado se divorciando de mim, levando o cachorro que sempre ignorou, tentando tirar o meu teto enquanto saía por aí com outras mulheres. Se eu tivesse resolvido dormir com outros, sair com vários homens e me comportar como uma ex-esposa extremamente constrangedora, bem que poderia, porque ter sido boa para você durante anos não me trouxe nenhum benefício! 
Você mentiu para mim... 
– Eu não menti... Nunca menti para você – falou Nik secamente, crispando os punhos, com a pele morena ficando muito pálida. Fez-se um silêncio pesado enquanto ela esperava para ver o que ele iria dizer, mas, como era previsível, ele fechou a boca e apertou os lábios. 
– Você me enganou por omissão – admitiu Betsy, corando de vergonha por estarem brigando na casa de Cristo e Belle e se encolhendo ao perceber até onde a sua explosão a levara. – A distinção fica ao seu cargo. Você sempre foi inteligente demais para o seu próprio bem, Nik, e eu nunca fui esperta a metade do que você é... Você partiu o meu coração, Nik, e eu nunca vou perdoá-lo por isso. – Ela sentiu um soluço lhe subir à garganta. Seus olhos começaram a arder. Mais que depressa, Betsy correu para a porta, desceu a escada e só parou ao sentir o peso de uma mão sobre o seu ombro. 
– Deixe-me levá-la para casa... 
– Isso seria ridículo – falou ela num tom abafado, olhando fixamente para a rua residencial, recusando-se a se virar. 
– De qualquer modo, o meu carro está estacionado perto da estação de trem. 
Nik disse algo em grego, e um homem passou por Betsy e abriu a porta da limusine estacionada junto à calçada. Ela pensou que deveria ser um dos seguranças de Nik, mas sua cabeça começava a divagar por causa do cansaço físico e emocional. Mesmo naquele estado, ela se perguntou se os seguranças de Nik também os teriam ouvido discutir. Ela lhe passara um sermão, explodira como fogo de artifício, sentira uma raiva que nunca sentira antes e perdera toda e qualquer inibição. Infelizmente, agora se sentia esgotada, envergonhada e dolorosamente constrangida. 
Apesar de ainda admirado com o comportamento de Betsy, Nik ficou preocupado ao ver que ela curvava os ombros e abaixava a cabeça. Ela lhe dera uma rápida visão do seu ponto de vista e ele estava chocado. 
Você partiu o meu coração, Nik. Jamais vou perdoá-lo por isso. 
Nik a fez virar para ele gentilmente. À luz da rua, Betsy encarou-o com os olhos marejados de lágrimas. Ele se inclinou e pressionou os lábios contra os dela, abraçou-a, ergueu-a do chão e fez com que ela entreabrisse a boca para saborear o seu gosto doce. 
Betsy sentiu a cabeça girar enquanto a temperatura do seu corpo subia, tinha vontade de se agarrar a ele como se escalasse uma árvore. Sentiu o desejo se espalhar e traí-la, alimentando a reação do seu corpo, aliviando-a da tensão insuportável. Ele tinha um gosto saboroso, mais picante que uma labareda. Nada poderia ser mais primitivo que aquele beijo ávido. Nada teria sido capaz de acalmar o seu sofrimento emocional com tanta eficiência e trazê-la de volta à normalidade. 
Nik colocou-a de volta no chão e segurou-a, porque ela cambaleava e estava tonta, num estado totalmente diferente do que estava antes de ele alcançá-la. 
– O meu carro vai levá-la até a estação... Eu vou ficar aqui – murmurou ele baixinho, em voz rouca. Este era o único sinal aparente de que o que acontecera o afetara de alguma maneira."
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