sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Seduzida Por Vingança - Miranda Lee

Título Original:
The Billionaire´s Bride of Vengeance
Copyright © 2008 by Miranda Lee


Protagonistas:
Russell McClain e Nicole Power
Sinopse:

Uma Noiva Escolhida Por Vingança...

Mesmo sendo milionário e um excelente partido, Russel McClain jamais pensara em casamento. Em vez disso, o belo magnata australiano se concentrava em sua vingança, e Nicole Power, filha de seu inimigo jurado, era fundamental para seu plano. Ela pagaria pelos pecados do pai. Seria seduzida, possuída e abandonada impiedosamente ... Contudo, seu desejo por Nicole se tornava cada vez mais forte, e uma noite já não era o bastante. E tê-la como esposa ainda poderia satisfazer seu desejo de vingança ...


Resenha:

Eu adoro os livros da Miranda Lee. Adoro porque fogem um pouco da usual Londres e nos mostra um pouco de Sidney e isso é, de certa forma refrescante. Mas eu sempre acho que os romances dos livros dela acontecem rápido demais. Da noite para o dia, os mocinhos já estão loucamente apaixonados, falando em casamento e tudo isso é um pouco inverossímil para mim. Fica me parecendo pouco real. A história da Nicole e do Russell é muito boa, com um tema que eu adoro. Vingança. O pai de Russell foi arruinado pelo pai de Nicole e acabou suicidando-se. Ele jura se vingar e durante anos se dedica a acabar com os negócios Power. Quando ele por fim consegue fazê-lo perder até a casa em que vivem e fugir, ele conhece Nicole e se sente muito atraído ela. Imediatamente ele decide que deve seduzi-la na cama de seu pai para sua vingança ser completa. Vale dizer que ele tem uma equivocadíssima de Nicole. Ele acha que ela era uma herdeira mimada e que estava a par dos negócios sujos de seu pai e não poderia estar mais longe da verdade. Depois de se desiludir com seu noivo, Nicole é um outra pessoa, mais preocupada com crianças órfãs do que com festas da sociedade e quando Russell vai conhecendo melhor, vai se apaixonando mais e mais por ela. Dei três estrelinhas porque achei a história um pouco corrida, embora boa.

Série "3 Maridos Ricos":

- Seduzida Por Vingança - Russell e Nicole
- Um Amor Ideal - Hugh e Kathryn
- Noiva da Inocência - James e Megan

Pontos Altos:

"Quando Russell abriu as pesadas portas e entrou no enorme foyer da mansão, um
som surpreendente lhe chegou aos ouvidos. Canto.
Assustado, parou e ouviu. Sim, alguém estava cantando no andar superior... uma
mulher.
Russell franziu o cenho. Poderia ser um rádio, talvez deixado ligado pelo pessoal do
serviço de limpeza que o banco enviara no dia anterior?
Não, não era um rádio, percebeu rapidamente, a voz não era acompanhada por
instrumentos. Alguém estava em sua casa, alguém que não devia estar lá. E estava no
andar superior, cantando.
Russell sabia exatamente quem era: um invasor de casas vazias.
Era uma situação que conhecia bem. Era impressionante a freqüência com que as
casas vazias eram invadidas, mesmo casas tão luxuosas como aquela. Não importava
quanta segurança a casa tinha, a altura dos muros ou a quantidade de trancas... Esses sem-
teto, cheios de truques, sempre encontravam um jeito de entrar.
Russell planejou seu curso de ação enquanto subia a escadaria em curva para o
segundo andar. Freqüentemente havia um bando inteiro deles, geralmente vagabundos.
Algumas vezes, porém, era apenas um jovem ou uma jovem que fugira de casa e procurava
um lugar para dormir. Ou para tomar um banho de chuveiro.
Suspeitava que a invasora de sua casa fosse uma dessas últimas.
Quando Russell chegou ao segundo pavimento, ouviu o distante ruído de água
corrente, além do canto. Parecia que ela estava no chuveiro. Ele andou pelo largo corredor
atapetado em direção à porta diretamente em frente a ele. Com muito cuidado, virou a
maçaneta e abriu um pouco a porta, o suficiente para passar a cabeça e olhar.
Não, não era aqui, deduziu Russell rapidamente. Então balançou a cabeça ao
estudar o que era evidentemente a suíte máster. Power certamente não economizara na
decoração. Mesmo que a mobília de estilo francês fosse uma reprodução, devia ter custado
muito dinheiro. Assim como a televisão do tamanho de uma tela de cinema pendurada na
parede em frente aos pés da cama.
Russell ergueu as sobrancelhas. Talvez vinte milhões de dólares fosse uma barganha
por aquela mansão. Só o conteúdo valia uma pequena fortuna. Power deve ter sofrido por
ter sido obrigado a deixar tudo para trás.
Certamente esperava que sim.
Aborrecia-se ao pensar que Power talvez nunca soubesse quem comprara sua
mansão. Aborrecia-se ainda mais por não ser capaz de se vingar pessoalmente do homem.
Talvez se sentisse mais satisfeito depois que se mudasse, o que pretendia fazer no
dia seguinte. Mas antes tinha que expulsar sua hóspede indesejável.


Fechando a porta da suíte máster, moveu-se pelo corredor à sua esquerda, onde
abriu outra porta e enfiou a cabeça. Também era um quarto, muito bonito e muito
feminino. Alguém havia dormido na cama queen size, a colcha de cetim dourado atirada
para trás, os travesseiros amarrotados.
O som de água corrente era mais alto ali, embora o canto houvesse parado de
repente. Entrando no quarto, Russell atravessou-o silenciosamente, percebendo roupas
baratas espalhadas sem cuidado no chão ao lado da cama.
Sacudiu a cabeça ao ver aquilo. A audácia daquela mulher!
Quando chegou ao que presumia ser a porta do banheiro, pensou primeiro em
bater, mas decidiu não dar à intrusa insolente nenhum aviso.
Azar dela se estivesse completamente nua, pensou enquanto girava a maçaneta da
porta. Invasores de casa não mereciam consideração ou respeito.
Sem pensar nas possíveis conseqüências de suas ações, Russell girou a maçaneta e
abriu a porta completamente.


Ela estava nua, e tinha um corpo de tirar o fôlego de um homem: alta e esguia, com
pernas longas, seios perfeitos e um pequeno traseiro empinado e curvilíneo.
Ela não o viu parado lá, os olhos fechados com força enquanto lavava vigorosamente
os cabelos longos e louros.
Russell não fez o menor movimento para tornar conhecida sua presença. Estava
ocupado demais admirando a vista. No entanto, nunca fora o tipo de homem de comer
uma mulher com os olhos ou salivar por ela.
Mas estava perto de salivar agora, sem mencionar a fantasia incrivelmente lasciva
que crescia em sua mente."

***

"Nicole estava sentada à sombra de uma árvore, balançando a cabeça,
impressionada, observando um grupo de meninos jogando futebol. O dia estava muito
quente e úmido, como são inevitavelmente os dias de dezembro em Bangcoc.
— Crianças têm uma energia assombrosa, não têm?
Nicole olhou para cima e viu Mie em pé a alguns metros de distância, um enorme
sorriso estampado no rosto cheio de sardas.
Julie era inglesa, a idade indeterminada, talvez 50 anos. Tinha sido enfermeira em
Londres. Solteira e sem filhos, fora à Tailândia de férias 15 anos antes e nunca mais voltara
a seu país de origem.
Os moradores locais a chamavam de anjo.


— Se tivesse mais dinheiro, poderia ter comprado redes e estruturas melhores para
os gols — disse Nicole —, mas achei que meus recursos limitados seriam mais bem
empregados em itens mais essenciais.
Embora Kara tivesse insistido em lhe dar generosos cinco mil dólares por suas jóias
falsas, o dinheiro não fora suficiente para muita coisa, não quando havia tanto a fazer. Os
prédios estavam quase em ruínas.
Você fez maravilhas — disse Julie. — Epa, acho que seu telefone tocando. Vou deixar
você conversar em particular com seu namorado. Está na hora de cuidar do almoço.
Nicole tirou o celular da bolsa, esperando que fosse Russell. Ele ligava para ela todos
os dias, mas não era o único. Kara telefonava com freqüência e também a mãe de Nicole.
— Alô?
— Oi, você, linda.
— Oh, Russell, estou tão contente por ser você e não minha mãe.
Que nada mais fazia do que aborrecer Nicole sobre sua decisão de voltar para
Bangcoc e desperdiçar sua vida.
— Eu também — disse Russell secamente.
— Não brinque comigo.
— E eu faria isso?
— Sim — disse ela, rindo.
Tinham desenvolvido um relacionamento maravilhosamente relaxado durante as
três semanas que ela passara na Tailândia.
Tivera tanta razão de em ir sozinha, permitindo-se conhecer Russell melhor nas
conversas pelo telefone, sem toda aquela química sexual entre eles que os impedia de falar
sobre si mesmos.
Ainda se sentia deprimida de vez em quando ao pensar no comportamento
estarrecedor do padrasto e tivera dificuldades em não falar sobre as jóias falsas com a mãe.
Fora Russell que a convencera a não contar a ela.
Que bem lhe causaria ao lhe partir o coração? Dissera ele, mostrando um lado gentil
e sensível de seu caráter que ela achara muito atraente. Podia ser um homem rico, mas não
se parecia em nada com David, ou com seu maldito padrasto.
— O que está fazendo hoje? — perguntou Russell. — Pintando mais algumas
paredes?
— Não, hoje não, está quente demais para este tipo de trabalho. Estou apenas
sentada à sombra de uma árvore, assistindo a um jogo de futebol dos meninos. E você, o
que esta fazendo?
— Não muito mais do que você. Também está terrivelmente quente onde estou.
— Não tão quente como aqui, aposto. Como vai o negócio de vender casas?
— A McClain Real Estate está florescendo, apesar da queda no mercado imobiliário.
Não sei o que aconteceu com meus funcionários do setor de vendas. Talvez seja a nova
regra da empresa, que estabeleceu a semana de 35 horas de trabalho. Também reestruturei
os grupos de vendas para que os vendedores casados jamais trabalhem sábado e domingo.
De qualquer maneira, os números do mês passado foram fabulosos, tanto que meus
contadores sugeriram que eu faça doações de alguns milhares para uma instituição de
caridade séria. Sei que não quer meu dinheiro, mas pensei que sua Julie possa gostar de
uma doação. Pelo que você me contou, o orfanato se beneficiaria muito com algumas
reformas nos prédios, feitas por profissionais. Então estava imaginando quanto seria
necessário. Acha que um quarto de milhão seria suficiente?
Nicole arquejou. — Um quarto de milhão? Duzentos e cinqüenta mil dólares?
— Não é suficiente? Está bem, você é uma negociadora dura. Então, que seja meio
milhão. Hugh pode doar os outros duzentos e cinqüenta mil. Ele adora doar dinheiro para
causas que valem a pena.
— Você está falando sério?
— É claro que estou falando sério. Jamais brinco quando o assunto é dinheiro.
Nicole se ergueu num pulo. — Tenho que ir e contar a Julie.
— Na verdade, não, não precisa. Ela já sabe.
— O quê? Como?
— Porque eu mesmo contei a ela há alguns minutos.
Nicole virou a cabeça de repente quando percebeu que a voz de Russell não chegava
a ela apenas pelo telefone, mas também ao vivo, ali, de algum lugar perto.
Ele estava atravessando o pátio, parecendo sexy e calmo em short cargo e camiseta
branca.
— O mês ainda não acabou — disse ela.
— Eu sei.
Ele chegou bem junto dela, o telefone ainda na orelha, assim como o dela.
— Apenas tinha que ver você — os olhos dele prendiam os dela. — Quer que eu vá
embora?"

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