quinta-feira, 26 de julho de 2018

Cicatrizes da Alma - Caitlin Crews - A Coroa de Santina 4

Título Original:
The Man Behind The Scars
Copyright © 2012 by Harlequin Books S.A

Série: A Coroa de Santina

Protagonistas:
Rafe McFarland e Angel Tilson
Sinopse:

Parem as máquinas! Aristocrata recluso se casa!


Rafe McFarland, oitavo conde de Pembroke e galã do século XXI, casou-se secretamente com a ex-modelo Angel Tilson! Boatos dão conta de que ela estava passando por dificuldades financeiras e que a união com o atormentado bilionário tenha sido por pura conveniência... Agora, com os termos do acordo negociados, eles dificilmente sairão do quarto, já que sua nova mulher terá de pagá-lo em espécie...


Resenha:

Gente! Primeiramente, eu gostaria de comentar sobre o descaso ao escreverem esse resumo. Não sei se a pessoa leu algo do livro. Chamar o Rafe de "galã" não chega nem perto do que ele é. Rafe tem uma cicatriz em toda extensão do lado esquerdo de seu corpo. Inclusive no rosto e tudo o que ele não se sente é galã. Complicado. Se eu lesse apenas esse resumo, eu jamais me interessaria em ler esse livro, de tão superficial que está, mas ainda bem que recebi ótimas recomendações e decidi lê-lo. Que livro lindo! Quando terminei, fiquei com aquela sensação de vazio horrível e sentindo que eu leria mais umas 500 páginas da história do Rafe e da Angel. Eu me apaixonei por esse dois! Fiquei muito com a sensação de "quero mais". Eu dei muitas risadas com a Angel. Que mocinha leve e engraçada, apesar de sua situação. Apesar de se colocar em tal situação, sempre estava fazendo uma piada ou fazendo o Rafe rir, mesmo que por dentro. E o Rafe, mesmo com todos os seus traumas e fantasmas, conseguiu corresponder a todas as minhas expectativas. Amei a cena dele queimando o quadro da mãe que o fez sofrer tanto. Foi libertador! Eu poderia passar o dia inteiro escrevendo sobre esse livro, mas só vou descrevê-lo com uma palavra: Encantador! Recomendo Muito! Não deixem de ler!

Angel é uma ex-modelo de não muito sucesso, com uma mãe cabeça de vento que contrai sob o nome de Angel, uma dívida astronômica. Desesperada e indo para o noivado da meia-irmã, onde estará cheio de homens ricos em potencial, ela decide que tem que se casar com um deles. Na festa, ela conhece Rafe, um homem com uma enorme cicatriz em seu rosto e lhe faz uma proposta. Surpreendentemente, ele aceita. Créditos para o meu casalzão!

Este livro faz parte da Série A Coroa de Santina, que tem um total de oito livros e eu, como não poderia deixar de ser, comecei pelo número quatro! Rsrsrsrsrs.. Abaixo, segue a lista de todos os livrinhos desta série:

- Cicatrizes na Alma - Caitlin Crews
- Ilha do Amor - Lynn Raye Harris
- O Jogo da Realeza - Carol Marinelli

Pontos Altos:

"— Sim — respondeu ele. — Estamos de acordo. Podemos nos casar assim que você quiser. 

Um mau presságio a abalou. Deveria ter escolhido um homem mais velho e menos perigoso, pensou Angel numa onda de pânico, alguém a quem pudesse manipular com um sorriso. Este não seria Rafe. Ela sabia disso com certeza absoluta. Se tivesse algum senso de auto-preservação, cancelaria aquilo. Agora. 
Mas não se moveu. Não falou uma palavra. Não sabia por quê. 
— Você parece apavorada. 
— De forma alguma — negou Angel, reprimindo o mau presságio. Dadas as circunstâncias, ela precisava ser prática. Inclinando a cabeça de maneira convidativa, olhou-o. — Mas eu sinto que a ocasião pede alguma coisa, não acha? Algo para marcar a grande decisão. Que tal um beijo? 
— Um beijo. — A voz de Rafe era incrédula. Rouca. — Este não é um conto de fadas, Angel. 
Ela arqueou as sobrancelhas em desafio. — Então você não precisa ter medo de ser transformado num sapo — replicou Angel com sarcasmo, e os olhos acinzentados se tornaram ardentes."

***

"Eles tomavam o café da manhã juntos, na mesma sala de jantar pequena, que continha janelas altas e graciosas com vista para o lago e para as montanhas ao leste, de modo que o sol brilhante se infiltrava nas manhãs bonitas. Rafe tomava o tipo de café da manhã que Angel associava com fazendeiros e trabalhadores braçais, enquanto ela se fortalecia com diversas canecas do melhor café que já provara. 
Angel parou de se questionar por que acordava tão cedo, apenas para se sentar com aquele homem, enquanto ele se preparava para o dia, como se o casamento deles fosse real em algum aspecto. Ela descobriu que nunca gostava da resposta. Era apenas pelo café, decidiu. Preferia essa explicação. 
— Você parece ter alcançado algum tipo de êxtase religioso — comentou Rafe uma manhã, como se estivesse atônito. Angel então percebeu que tinha fechado os olhos, enquanto inalava o aroma delicioso do café. Sorriu para ele, então voltou a atenção à caneca de cerâmica entre as palmas. 
— Acredito que eu alcancei — disse ela com um suspiro feliz. — Acho que você deve importar este café diretamente do paraíso. Não pode haver outra explicação. 
— Do Quênia, na verdade. — Ele recostou-se na cadeira, e estava, Angel percebeu, analisando-a, um brilho decididamente masculino nos olhos, causando-lhe uma onda de calor. — Meu bisavô comprou uma pequena plantação de café lá, no começo do século passado. Eu sempre achei o café magnífico, mas sou suspeito para falar. 
Angel olhou para dentro da caneca, tentando lutar contra aquele fogo que sempre queimava entre os dois e nunca se extinguia por completo. 
— As coisas nunca são simples com você, verdade? — perguntou ela. — Você nunca entra num mercado e compra um pó de café comum, como uma pessoa normal. Este tem de ser de uma plantação de café no Quênia, para ser adequadamente exótico. — Mas ela sorriu para ele. — Algum outro detalhe que você se esqueceu de me contar? Um ou dois palácios escondidos em algum lugar? Um pequeno arquipélago no Caribe? 
Ele não sorriu. Mas a boca séria suavizou-se, e os olhos escuros brilharam."

***

"Rafe soube o momento exato que ela saiu naquela tarde. 
Não porque estivesse olhando em direção à porta da frente com muita freqüência. Mas porque podia sentir isso. Senti-la. Era como se Angel mudasse o próprio ar com a presença dela, fazendo a brisa da primavera soprar mais quente ou o ar cheirar mais doce. 
Ou talvez, ela apenas o inspire a pensar de maneira poética à menor provocação, pensou ele. O que devia ser assustador o bastante. 
Mas ele virou-se, e lá estava ela. 
Ele devia estar falando com o supervisor da obra da ala leste da propriedade, mas, em vez disso, pegou-se observando a mulher, enquanto ela atravessava o gramado, parecendo destoar encantadoramente naquele ambiente. 
Mulher dele. Rafe gostava de como as palavras soavam. Não podia entender por que a achava tão irresistível. Ela se sobressaía de todas as maneiras possíveis. De propósito, pensou ele. 
Era loucamente inadequada, encantadoramente desrespeitosa, inteligente demais para o próprio bem, e ele percebeu, com certo choque, que gostava dela. 
Mas Rafe se recusava a examinar seus sentimentos mais de perto."

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