sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O Herdeiro do Sheik - Sharon Kendrick - A Coroa de Santina 2

Título Original:
The Sheikh´s Heir
Copyright © 2012 by Harlequin Books S.A.

Série: A Coroa de Santina

Protagonistas:
Hassan Al Abbas e Ella Jackson
Sinopse:

Parem as máquinas: Bebê inesperado surpreende sheik e célebre baladeira!

Fontes não confirmadas contam que a organizadora de casamentos de celebridades Ella Jackson está grávida! Solteira, a senhorita Jackson causou um alvoroço na festa de noivado de sua irmã, e futura princesa, quando jogou uma taça do mais fino champanhe no sheik Hassan Al Abbas depois de uma discussão na frente de todos. O que aconteceu em seguida ninguém sabe dizer...


Resenha:

Como todo mundo que acompanha o blog deve saber, eu amo sheiks. Mas o Hassan, nossa! Eu detestei muito ele. Todos os sheiks, gregos, italianos, espanhóis que lemos, geralmente são arrogantes. São mesmo e a gente costuma até gostar. Mas o Hassan não é somente arrogante, ele é grosseiro! Se acha no topo do mundo, com direito a julgar os restante dos mortais. Eu já peguei implicância na primeira página. Eu gostei tanto da Ella. Forte e decidida. Capaz de tacar champanhe bem na cara desse porco arrogante na frente de todos os convidados da festa da irmã. Fiquei bem chateada pelo rumo que a Ella tomou, se afastando de sua família, de seu negócio, de tudo que lhe era importante, para se tornar meio que capacho dele. O livro não é ruim. Realmente não é. Fui eu que não conseguiu simpatizar com Hassan de forma nenhuma, então não consegui apreciar a leitura devidamente. Ele tinha os traumas dele e tal, mas para mim, não justifica esse preconceito deles com as demais pessoas. O julgamento, como se ele fosse perfeito e o resto do mundo, não. Dei três estrelinhas.

Este livro faz parte da Série A Coroa de Santina, que tem um total de oito livros.
Abaixo, segue a lista de todos os livrinhos desta série:

- O Herdeiro do Sheik - Sharon Kendrick
- Ilha do Amor - Lynn Raye Harris
- O Jogo da Realeza - Carol Marinelli

Ponto Alto:

"Ella viu o brilho de aviso nos olhos pretos, e uma sensação de poder a envolveu. Ele era tão mimado que estava acostumado com pessoas atendendo aos seus desejos cada vez que estalava os dedos? Sim, provavelmente. Ela inclinou-se para a frente, sua raiva fazendo-a aumentar o tom de voz: — Mas então você já deve ter esgotado o assunto, uma vez que já falou muitas coisas horríveis sobre Allegra, não é?
Ele enrijeceu.
— Perdão?
Ele afrouxara o aperto nela, e Ella aproveitou a oportunidade para dar um passo atrás, encarando os olhos escuros sem o menor temor.
— Você me ouviu. Mas talvez esteja sofrendo de algum tipo de perda de memória, e precise que eu lhe relembre das coisas que disse?
— Do que você está falando?
Ella começou a enumerar os fatos nos dedos da mão.
— Vamos ver, você acha que Allegra é totalmente inadequada e que Alex não deveria se casar com ela. Não a descreveu como uma “vadia”... exatamente como a mãe e as irmãs? E não disse que considera a família inteira Jackson muito “vulgar” para se relacionar com o príncipe herdeiro de Santina?
— Onde você ouviu tudo isso? — demandou ele.
— Noto que você não nega! — acusou ela, a voz mais alta fazendo com que outros dançarinos se virassem para ver o que estava acontecendo. — Você deu seu veredicto condenatório sobre pessoas que nunca conheceu, não é? E então saiu para ir encontrar alguém “toleravelmente atraente” com quem dançar. E esta pessoa por acaso sou eu!
Houve uma breve pausa, antes que os olhos pretos se estreitassem sobre ela.
— Você é uma das Jackson? — adivinhou Hassan.
— Oh, bravo, sheik Hassan! Príncipe do deserto! Você demorou um pouco a perceber isso, não é? Sim, eu sou uma das Jackson!
— Você estava ouvindo às escondidas, na antessala! — acusou ele.
— E se eu estivesse?
— Ouvindo às escondidas! — repetiu ele com desprezo. Uma raiva lenta começou a se construir no interior de Hassan, quando ele encontrou o brilho desafiador nos olhos azuis. Mas, na verdade, estava furioso consigo mesmo por não ter seguido seus próprios instintos. Pensara ter ouvido alguma coisa, entretanto permitira-se ser convencido do contrário. E aquele não era um comportamento preguiçoso e perigoso para um rei, especialmente para um que acabara de sair de uma zona de guerra? Estaria se tornando complacente, agora que estava longe dos campos de batalha?
Baixou o tom de voz para um sussurro zangado:
— Esse é exatamente o tipo de atitude vulgar que eu teria esperado de uma família como a sua, e um que justifica minha crença sobre sua inadequação geral para se misturar nos círculos da realeza. Sem mais argumentos.
Não eram tanto as coisas detestáveis que ele estava dizendo que fizeram o sangue de Ella ferver, mas o modo hipócrita com que falava aquilo. Como se ele estivesse certo, e ela errada! Como se ele tivesse o direito de falar o que bem entendesse, e ela não pudesse fazer nada a respeito. Ella sentiu sua raiva crescer, e um tipo estranho de mágoa querendo subir à superfície.
Pessoas os observavam abertamente agora, mas ela não se importou.
— Inadequação? — declarou Ella. — Eu lhe mostrarei inadequação! — Quase sem pensar, pegou uma taça de champanhe de um garçom que passava e jogou o conteúdo no rosto zombeteiro de Hassan, antes de virar-se e abrir caminho entre os espectadores boquiabertos."

***

"— Quem se importa com uma cena? — questionou ela com teimosia. 
Ele encontrou o desafio nos olhos azuis gelados. 
— Claramente não você, mas não tem uma reputação para manter, tem? 
Na verdade, ela tinha. Trabalhara duro para construir seu próprio negócio e sobreviver da renda do mesmo. Mas a ironia era que, causando uma cena com o sheik, ela provavelmente ganharia novos clientes, em vez de perdê-los. O fato de que estava se misturando com membros da realeza seria uma excelente publicidade. Um pouco de escândalo nunca parecera afetar sua clientela. Ela não notava um crescimento nos negócios sempre que o rosto de seu pai aparecia em todos os jornais, independentemente do quanto a história fosse negativa? 
— E você tem, eu suponho? 
— É claro que tenho! Eu sou o governante de um reino do deserto, e minha palavra é lei. Na verdade, eu faço as leis. 
— Uau! Senhor Poderoso — zombou ela. 
A insolência dela o excitava quase tanto quanto o enfurecia. Hassan sentiu um músculo saltando em seu rosto, e uma pulsação ainda mais insistente em seu sexo. 
— E tenho pessoas que me admiram, e que não irão gostar de ler que o rei deles levou um banho de champanhe de uma inglesa insolente, que não é ninguém. 
— Eu pensei que as pessoas já estivessem acostumadas com suas aventuras, a essas alturas! — retornou ela, e, por um breve momento, pensou ter visto o começo de um sorriso no rosto dele. — Mas, então, você deveria ter pensado sobre isso antes de ofender a minha família. 
— Falado a verdade, você quer dizer? 
— Não é. 
— Oh, por favor, poupe-me da defesa vazia! — Os olhos negros adquiriram um brilho de desafio. — Vai negar que seu pai é corrupto? Ou que o canto horrível de sua irmã chama a atenção, mas não de uma maneira positiva? Ou que o príncipe da coroa rompeu com sua noiva de longo tempo para se casar com sua outra irmã? 
Ella cerrou os dentes. 
— Se houvesse outro garçom por aqui, eu ficaria feliz de jogar outro drink em você! 
— Verdade? — Ele inclinou a cabeça para um lado e estudou-a. — E é seu hábito recorrer às táticas de um playground? 
— Somente se eu sou forçada a lidar com intimidadores! — Ella o fitou com confusão crescente. Por que experimentava essa frustração que a fazia querer cerrar os punhos e socar-lhe o peito? — Na verdade, eu nunca fiz nada desse tipo antes. 
— Não? Achou que deveria abrir uma exceção no meu caso, certo? — Hassan a olhou, querendo beijar aqueles lábios vermelhos. Querendo mais que isso. Querendo sentir o corpo suave se rendendo ao seu domínio. — Por que será? 
O olhar arrogante dele fez a pele de Ella esquentar. 
— Porque você é prepotente, preconceituoso e ridiculamente tradicional? Fez comentários tão antiquados e tão machistas que me levaram a reagir de uma maneira primitiva não característica. — Passando os dedos pelos cachos, ela o encarou. — E você obviamente não tem ideia de como o mundo moderno é. 
Ele estreitou os olhos. 
— Você acha que o mundo moderno me é estranho? 
Subitamente, Ella não tinha mais certeza do que achava. Não quando ele a olhava de um jeito tão intenso, e cada célula de seu corpo respondia a tal olhar. Seus sentidos pareciam estar dominando seu cérebro, porque havia algo do que ela estava certa. Hassan acabara de agregá-la ao resto de sua família, e não parecia arrependido sobre isso. Talvez fosse hora de ele descobrir como era ser tratado como se fosse um estereótipo, em vez de um indivíduo. 
Ela encontrou o desafio nos olhos escuros com seu próprio desafio. 
— Sim, eu acho que o mundo moderno lhe é estranho! Como pode saber como a maioria das pessoas vive, se está enfiado em algum deserto distante, onde provavelmente viaja de camelo e dorme numa tenda? 
Por um momento, Hassan mal pôde acreditar no que estava ouvindo. Camelo? Era verdade que seus meses recentes tinham sido passados sobre um cavalo, enquanto ele lutava para acalmar a disputa de longo tempo entre as fronteiras de seu país. Mas, embora muito em sua vida envolvesse o antigo e o tradicional, ele também insistira em abraçar cada nova tecnologia, pois reconhecia que não poderia haver progresso sem isso. Pensou sobre sua frota de carros, no avião moderno e nos engenheiros que contratara para pesquisar alternativas de transporte que não prejudicassem o meio ambiente. 
— Agora você insulta minha terra — observou ele, com fúria. — E, consequentemente, minha honra. 
— Assim como você insultou a minha! 
Hassan estudou o brilho rebelde nos olhos azuis. 
— Eu não falei nenhuma mentira. Enquanto você está julgando minha terra natal, sem o menor conhecimento sobre a mesma. 
— Bem, lide com isso. E agora, se não se importa em sair do caminho, eu gostaria de ir embora."

***

"— Você falou que queria ir para casa — começou Hassan, as palavras parecendo quase acusatórias. — Refletiu melhor sobre isso? 
Ella tremeu quando aquelas palavras trouxeram realidade para o momento. Durante os dias alegres após o nascimento de Rihana, tinha sido fácil esquecer sobre suas inseguranças, mas a pergunta de Hassan era direta demais para que ela continuasse ignorando a realidade. Continuava insegura em seu relacionamento com ele. E nada mudara. 
Sim, durante aqueles momentos mágicos no deserto, Ella se sentira tão perto de Hassan como nunca imaginara que um homem e uma mulher pudessem se sentir. Quando o helicóptero aterrissara, e a equipe médica assumira o controle, antes de deixar os dois... não, os três... sozinhos novamente por alguns minutos, parecera um momento muito precioso. 
Eles haviam se entreolhado sobre a cabecinha escura do bebê, e Ella pensara ter lido alguma coisa além de orgulho na expressão de Hassan. Agarrara-se à esperança de que ele agora pudesse querer formar um novo elo, e construir um futuro para todos eles. 
Mas tais esperanças haviam evaporado quando eles voltaram para o palácio, onde a conduta comum foi retomada quase imediatamente. Hassan fizera o que fazia melhor, e se ocupara com praticidades. Certificando-se de que ela recebesse os melhores cuidados. Dando declarações para a mídia e recusando-se a lhes contar a história completa e dramática do nascimento de Rihana. Enchendo o quarto do bebê de brinquedos e bichos de pelúcia. 
Todavia, a transição suave de rainha grávida para nova mãe deixara Ella se sentindo tão deslocada quanto antes. E nada mudaria enquanto estivesse com Hassan, percebeu. Por que mudaria, quando ele parecia não querer nada mais do que isso? 
Agora, focou-se nas palavras dele e percebeu que a situação era pior do que pensara. Que ele queria que ela fosse embora. 
— Eu pensei em esperar. 
— Esperar pelo quê, Ella? — interrompeu ele, amargamente. — Que eu fique ainda mais apegado a Rihana, de modo que acharei insuportável quando você levá-la embora de mim? 
— Você quer que eu vá embora — afirmou ela com tristeza. 
Hassan suspirou. Ela estava determinada a lhe causar ainda mais dor do que ele já estava sentindo? E ele poderia culpá-la, se esse fosse o caso? 
— Eu não posso ver nenhuma alternativa. — A voz dele era dura. — Certamente, você não vê a hora de se livrar de um homem que a forçou a vir para cá, embora você quisesse ficar em Londres. Um homem que não tem coração ou compaixão. Porque agora eu olhei para mim mesmo através de seus olhos, Ella, e não gosto do que vejo. 
— Do que você está falando? — sussurrou ela. 
Ele meneou a cabeça quando a memória lhe veio à mente, como fumaça destorcida. 
— Aquele retrato! Eu estive no estúdio há pouco, e vi o homem que você pintou. Um homem devastado. 
— Hassan."

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Um comentário:

Unknown disse...

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